segunda-feira, 9 de maio de 2011

Iluminação


Iluminação
A luz faz parte da nossa vida. Por esta razão é uma das necessidades energéticas mais importantes nos nossos lares, representando cerca de 20% da electricidade que consumimos em casa.
Para conseguir uma boa iluminação, há que analisar as necessidades de luz de cada uma das zonas da casa, já que nem todos os espaços requerem a mesma luminosidade, nem durante o mesmo tempo, nem com a mesma intensidade. Torna-se fundamental esclarecer a ideia errada, mas muito comum, de associar a luz que uma lâmpada difunde com a quantidade de electricidade necessária para a produzir. Falamos assim de uma lâmpada de 60 a 100 watts como sinónimo de lâmpadas que produzem uma certa luminosidade, quando na realidade, o "watt" é uma medida de potência e a luz tem a sua própria unidade de medida: "o lúmen".

Existem diferentes tipologias de lâmpadas
1. Lâmpadas incandescentes: A luz produz-se pela passagem da corrente eléctrica através de um filamento metálico, com grande resistência. São as que apresentam maior consumo eléctrico, as mais baratas e as de menor duração (1.000 horas).
2. Lâmpadas de halogéneo: Têm o mesmo princípio das anteriores. Caracterizam-se por uma maior duração e pela qualidade especial da sua luz. Existem lâmpadas de halogéneo que necessitam de um transformador. Os do tipo electrónico diminuem as perdas de energia, quando comparados com os tradicionais, e o consumo final de electricidade (lâmpada mais transformador) pode ser até 30% inferior ao das lâmpadas convencionais.
3. Lâmpadas fluorescentes tubulares: Baseiam-se na emissão luminosa que alguns gases como o flúor emitem quando submetidos a uma corrente eléctrica. A eficácia luminosa é assim muito maior do que no caso das lâmpadas incandescentes, pois neste processo produz-se menos calor e a electricidade destina-se, em maior proporção, à obtenção da própria luz. São mais caras do que as lâmpadas incandescentes, mas consomem até menos 80% de electricidade que estas para a mesma emissão luminosa e têm uma duração entre 8 a 10 vezes superior.
4. Lâmpadas de baixo consumo: São pequenos tubos fluorescentes que têm sido progressivamente adaptados a vários tamanhos, formas e suportes (casquilhos) das lâmpadas a que estamos normalmente habituados. Por esta razão, as lâmpadas de baixo consumo são também conhecidas por compactas. São mais caras que as tradicionais, se bem que a sua poupança em electricidade permite amortizar um maior investimento muito antes de terminar o seu tempo de vida útil (entre 8.000 e
10.000 Horas). Duram oito vezes mais que as lâmpadas tradicionais e proporcionam a mesma luz, poupando cerca de 80% de energia quando comparado com as incandescentes. Por isso, o seu uso é recomendável. Em locais onde o acender e apagar seja muito frequente, não é recomendável o uso de lâmpadas de baixo consumo convencionais, isto porque a sua vida útil será reduzida de forma significativa.

As lâmpadas convencionais incandescentes só aproveitam em iluminação cerca de 5% da energia eléctrica que consomem. Os restantes 95% são transformados em calor, sem aproveitamento luminoso

A eficácia luminosa de uma lâmpada é a quantidade de luz emitida por unidade de potência eléctrica (W) consumida. Mede-se em “lúmenes por watt” e permite comparar a eficiência de diferentes fontes de luz. A eficácia luminosa das lâmpadas incandescentes situa-se entre os 12 lm/W e os 20 lm/W, sendo que, para as lâmpadas fluorescentes, a eficácia situa-se entre os 40 lm/W e os 100 lm/W.

Um caso prático
Lâmpada convencional a substituir
Lâmpada de baixo consumo com a mesma intensidade de luz
Poupança em kWh durante a vida de  uma lâmpada
Poupança em custo de electricidade durante a vida de uma lâmpada (€)
25w
5w
160
18
40w
9w
248
27
60w
11w
392
43
75w
15w
480
53
100w
20w
640
70
Fonte: Guia Prático de Energia - Consumo Eficiente y responsable.                       Custo considerado por kWh: 0,11€

Instalações em condomínios
Podem-se conseguir poupanças energéticas, criando-se sectores de iluminação de forma a que se acendam somente as luzes do espaço onde se encontra.
Nas zonas de passagem, como escadas ou halls, é importante utilizar sistemas temporizados ou detectores de presença que accionem automaticamente as luzes.
Conselhos práticos
1. Sempre que possível, utilize luz natural.
2. Prefira cores claras nas paredes e tectos. Aproveitará melhor a iluminação natural e poderá reduzir a artificial.
3. Não deixe luzes acesas em divisões que não estão a ser utilizadas.
4. Reduza ao mínimo a iluminação ornamental em zonas exteriores (jardins, etc.).
5. Mantenha limpas as lâmpadas e respectivas protecções ou ornamentos. Terá mais luminosidade, sem aumentar a potência.
6. Substitua as lâmpadas incandescentes pelas de baixo consumo. Para um nível idêntico de iluminação, poupam até 80% de energia e duram 8 vezes mais. Na substituição, dê prioridade às que têm mais uso.
7. Adapte a iluminação às suas necessidades e dê preferência à que é localizada. Para além de poupar, conseguirá ambientes mais confortáveis.
8. Coloque reguladores de intensidade luminosa electrónicos. Poupará energia.
9. Use lâmpadas tubulares fluorescentes onde necessite de luz por muitas horas, como por exemplo, na cozinha.
10. Nos halls, garagens ou zonas comuns, coloque detectores de presença para que as luzes se acendam e apaguem automaticamente.
 Fonte: ADENE – agência para a energia.

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