quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Folha artificial criada pelo homem faz fotossíntese

Quinta-feira, 31 de Julho de 2014
Folha artificial criada pelo homem faz fotossíntese
© Julian Melchiorri - Veja abaixo um vídeo com uma entrevista onde o engenheiro explica como funciona esta planta artificial
Uma folha artificial que, tal como as plantas, transforma dióxido de carbono em oxigénio foi desenvolvida por um ex-estudante da Royal College of Art (Inglaterra). Tudo o que esta 'planta' precisa é de luz e água. O seu inventor acredita que esta folha pode revolucionar a exploração espacial.

A folha artificial é formada por cloroplastos (uma organela presente nas células de plantas e de outros organismos fotossintetizadores) suspensos numa matrix de proteína de seda.

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"Retiro os cloroplastos das células da planta paradepois colocá-los dentro da proteína da seda. Como resultado, consigo o primeiro material artificial que vive e respira como uma folha natural", revela Julian.

Folha artificial pode dar oxigénio a missões espaciais
Julian Melchiorri considera que a sua invenção poderá ser essencial para a descoberta do espaço. "As plantas não crescem em gravidade zero," explica o criador à revista Dezeen. "A NASA está à procura de diferentes formas de produzir oxigénio em viagens espaciais de longa distância. Esta folha pode permitir que a exploração do espaço vá muito mais além do que foi até agora". 
O criador afirma que a folha artificial tem também uma funcionalidade no planeta Terra. A partir da mesma será possível criar filtros biológicos nas fachadas que promovam um oxigénio mais limpo no interior dos edifícios.

O projeto foi desenvolvido pelo engenheiro no âmbito do curso de Innovation Design Engineering do Royal College of Art's em colaboração com o University Silk Lab.



Notícia sugerida por Vítor Fernandes
Fonte: boas noticias.pt

domingo, 27 de julho de 2014

O que são névoa, neblina e nevoeiro?

Descubra como o nevoeiro lhe permite andar pelas nuvens sem sair do chão.
Nevoeiro e neblina são nuvens ao nível do solo: são compostos por gotículas de água no ar.
O nevoeiro é mais denso e só lhe permite ver até 1Km. A neblina permite ver de um a dois quilómetros.
A névoa também torna o ar menos límpido, mas é composta por partículas de fuligem, pó ou sal.
O nevoeiro e a neblina formam-se quando o ar húmido perto do solo arrefece o suficiente para criar condensação.
A condensação é o mecanismo que embacia um espelho quando respira sobre ele. O ar contém vapor de água, e, quanto mais quente for mais vapor contém. O ar quente quente do seu bafo arrefece quando atinge o espelho mais frio. O vapor que o ar já não consegue conter condensa, formando gotículas no espelho.
A névoa pode ser precursora do nevoeiro, já que as gotículas deste se formam nas partículas no ar.
Sabia que…
A Nuvem Castanha Asiática, visível do espaço, é uma névoa de poluição sazonal sobre parte do Sul da Ásia?

Fonte: quero saber Dezembro – 2011 

Gruta dos cristais

A mina de Naica, em Chihuahua, no México, é uma mina operacional que se tornou famosa pelos seus enormes cristais.
A 120 metros abaixo da superficíe  situa-se a Cueva de las Espadas (Gruta das Espadas), descoberta em 1912 e assim chamada devido aos seus cristais de gipsite em forma de haste com até dois metros de comprimento. Esta outrora incrivel descoberta foi, contudo, eclipsada por um achado mais recente que jaz sob ela:
a Cueva de los Cristales (Gruta dos Cristais), com cristais de onze metros de comprimento.
Crê-se que estes feixes gigantes, formados na gruta de 290 metros de profundidade, devam o seu tamanho e estatura ao facto de se terem constituído ao longo de centenas de milhares de anos, numa amplitude térmica bastante reduzida e estável. Terão sido criados originariamente como sulfato de cálcio que se encontrava em água subterrânea filtrada através das grutas.
Magma sob as grutas aqueceu a água a uma temperatuda estabilizada de cerca de 57ᵒC, ponto em que os materiais se converteram em moléculas de selenita, que se foram aglomerando e formando cristais.  
Fonte: quero saber Dezembro – 2011 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Publicado 4º número da revista de ciência elementar

Por Fundação Calouste Gulbenkian

http://www.casadasciencias.org/

domingo, 6 de julho de 2014

Formação de cristais

Os cristais podem assumir diversas formas, mas a sua origem é um mistério para muitos. Descubra como se constituem.

O termo “cristal” é usado para descrever um objeto sólido criado por um padrão estruturado repetido dos mesmos átomos ou moléculas.
Os cristais formam-se pelo processo conhecido como nucleação, que envolve a atração de moléculas para um local, formando um aglomerado. Tal pode ocorrer de forma autónoma – quando o soluto (moléculas) dissolvido no solvente se junta por si só, atraindo e amontoando mais moléculas de forma gradual e, assim, crescendo de forma e tamanho. Na nucleação heterogénea as moléculas acumulam-se usando um material sólido, como rocha, como uma espécie de ponto de acumulação.
Se as moléculas permanecerem unidas e intactas, e não voltarem a dissolver-se na solução envolvente, formar-se-ão núcleos estáveis, o que atrai mais dos mesmos átomos. Com a continuidade deste processo, o cristal acabará por atingir o seu “tamanho de aglomeração crítico” e já não se dissolverá na solução de onde proveio.
Fatores ambientais, como pressão, espaço, temperatura e os químicos presentes nos minerais podem influenciar a forma do cristal, mas, em última análise, esta resulta do facto de as moléculas se acumularem num padrão específico que se repete vezes sem conta. Os átomos que se unem a todos os seus lados no mesmo padrão criam formas geométricas.
Os cristais formam-se sob vários elementos e condições, mas uma das áreas mais prolíficas é o rescaldo de um vulcão…
Como se formam – Os cristais formam-se com a separação de sólidos e líquidos; moçéculas dispersas na solução formulada aglomeram-se num padrão repetido ao longo do tempo, tornando-se um sólido estável.
O tamanho importa – Se rocha fundida arrefecer depressa, serão criados apenas cristais pequenos, o que costuma ocorrer quando lava é expelida de um vulcão. Já o arrefecimento lentocria cristais muito maiores.
Regularidade de erupção 1 – Segundo os cientistas, o número de cristais contidos no magma pode determinar a frequência com que ocorrerão as erupções.
Regularidade de erupção 2 – Os vulcões com magma mais viscoso entram em erupção com menos frequência, mas com uma maior energia.
Arrefecimento – Após uma erupção vulcânica, o magma arrefece e os minerais nele contidos começam a cristalizar, formando fenocristais.
Geodes – Os geodes parecem rochas feias por fora, mas o seu interior é totalmente composto por cristais. Levam milhões de anos a formar-se e surgem habitualmente quando uma bolha de magma arrefece. Minerais dissolvidos de água corrente penetram nesta “concha” e prendem-se á parede interna. Por nucleação heterogénea, o cristal cresce em direção ao centro. O quartzo é o cristal mais comum sobre esta forma, mas também se encontram ametistas e outros minerais.
Gemas – São pedras semipreciosas ou preciosas, frequentemente usadas como jóias depois de cortadas e polidas. Podem formar-se inorganicamente (por métodos descritos neste artigo) ou organicamente, por um ser vivo; o âmbar é feito de seiva formada por árvores e as pérolas são criadas por ostras.

Fonte: quero saber Dezembro – 2011 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Empresa vai transformar garrafas de plástico em roupa

Quarta-feira, 02 de Julho de 2014
Empresa vai transformar garrafas de plástico em roupa
A marca holandesa G-Star lançou recentemente uma campanha de limpeza dos oceanos. O objetivo é recolher garrafas de plástico do mar, reciclá-las e transformá-las em peças de roupa. A coleção Raw for the Ocean estará disponível nas lojas da marca a partir de Setembro.
 
Associado à campanha aparece o músico norte-americano Pharrell Williams, que desenhou os modelos da nova coleção da G-Star. Além de músico, Pharrel é também diretor criativo da empresa Bionic Yarn que produz fios e tecidos feitos a partir de garrafas de plástico recicladas.

O processo de fabrico envolve a selecção das garrafas, que são depois moídas e transformadas em fibras. Por sua vez, as fibras são trançadas com poliéster e usadas para fazer os fios dos tecidos.
 

10 mil toneladas de plástico transformadas em roupa

A campanha Raw for the Ocean recebeu este ano um dos principais prémios do Festival de Cannes, o mais conceituado certame do mundo que premeia a criatividade em marketing e comunicação.
 
De acordo com a marca, todos os anos, das 100 milhões de toneladas de plástico produzidas anualmente, cerca de 10% acabam nos oceanos, o que afecta a vida marinha.

“A ideia permite que pessoas de todo o mundo possam expressar as suas preocupações em relação à poluição dos oceanos, vestindo-as”, explica a G-Star no site do projeto. 

Ao todo, a coleção usou 10 mil toneladas de pástico, contribuido desta forma para a preservação do ambiente.

Veja, em baixo, o vídeo que explica como a  Bionic Yard transforma garrafas de plástico em fios:
 

Clique AQUI para saber mais.

Notícia sugerida por Maria da Luz
Fonte: boas noticias.pt

Fruta-pão é o novo superalimento

Quinta-feira, 03 de Julho de 2014
Fruta-pão é o novo superalimento
Embora não seja muito conhecida no mundo ocidental, a fruta-pão é bastante consumida nos países tropicais, onde é cultivada. E agora, uma investigadora do Havai, acaba de publicar um artigo que confirma este fruto como um superalimento.

É um fruto verde de grande dimensão que pode chegar a pesar três quilos. De acordo com o estudo que a investigadora Diane Ragone publicou esta semana na New Scientist, uma única fruta-pão tem nutrientes suficientes para alimentar uma família de cinco pessoas. E uma árvore deste fruto pode alimentar uma família durante 50 anos.

Diane Ragone, investigadora do Jardim Botânico Tropical do Havai, estuda esta fruta desde os anos 80 e criou, inclusivamente, um instituto especialmente dedicado à fruta-pão. Diane já estudou centenas de variedades desta fruta, provenientes de 34 países.

Rica em nutrientes e livre de glúten

Além de ser rica em vitaminas e minerais, esta fruta é uma importante fonte de hidratos de carbono e proteínas, sendo que não contém glúten - considerado um dos inimigos da alimentação do século XXI.

De acordo com o site do instituto da fruta-pão, este alimento é uma excelente fonte de antioxidantes, cálcio, carotenoides, fibras, ferro, magnésio, omega 3, omega 6, fósforo, potássio, proteínas, vitamina A e vitamina C.

Uma outra vantagem da fruta-pão é que pode ser consumida em todos os estágios de crescimento: desde a fase em que se encontra verde (funcionando mais como uma espécie de vegetal semelhante a batata) até à fase madura.

Além de se poder ingerir crua, a fruta-pão pode ser cozinha das mais variadas maneiras: cozida, assada ou mesmo seca para que se conserve mais tempo. É ainda possível produzir uma farinha sem glúten a partir da sua polpa.

Fruta pode erradicar 80% da fome mundial

Um dos objetivos do instituto criado por Diane é incentivar a produção de fruta-pão nos países mais atingidos pela fome. “Antigamente, na Polinésia, havia a tradição de plantar uma árvore de fruta-pão cada vez que nascia uma criança, porque já se sabia que essa árvore garantiria alimento para a criança durante o resto da sua vida”, conta a especialista na New Scientist.

A equipa de Diane Ragone está agora a investigar quais as variedades que melhor se adaptam a determinados climas e também a identificar qual o tipo de fruta-pão que contém mais nutrientes.

Os investigadores estão ainda a tentar encontrar forma de fazer com que a árvore comece a dar mais frutos e mais cedo e já foram bem-sucedidos: conseguiram criar uma variedade de árvores que além de serem mais robustas começam a florescer dois anos depois de serem plantadas, ou seja, três anos mais cedo do que é habitual.

Segundo dados do site oficial do instituto, mais de 80 por centro das 925 milhões de pessoas afetadas pela fome vivem em regiões adequadas ao cultivo desta fruta.

Notícia sugerida por Maria da Luz
Fonte: boas noticias.pt

terça-feira, 24 de junho de 2014

O nível do mar

O que é o nível do mar e como se mede?
Um marcador do nível do mar, em Israel, na estrada de Jerusalém.
Quando os cientistas mencionam o nível do mar, referem-se à altitude média da superfície oceânica, uma cifra que é útil para determinar a altitude do terreno e tendências de alterações climáticas. Esta média é difícil de calcular, devido ás forças mutáveis exercidas na Terra pelo sistema solar (gravidade, radiação,etc.), que criam ondas e marés, além de alterarem a temperatura do oceano e, logo, a sua densidade e volume. Assim, o oceano está constantemente a subir e a descer, a aquecer e a arrefecer. A sua altitude média deve, portanto, ser medida num ponto fixo, durante um largo período de tempo.
Para obter estas medições, os cientistas usam indicadores de marés (grandes tubos cilíndricos com pequenos orifícios na parte de baixo através dos quais a água passa, sendo registada por sensores eletrónicos). Graças ao seu formato simples mas engenhoso, permitem medir o nível da água, minimizando, porém, os efeitos das marés e ondas. Apesar da utilização de indicadores de marés, a força e a natureza imprevisível do oceano dificultam bastante a obtenção de medições milimétricas, pelo que, agora se recorre ainda à utilização de topologia via satélite.
O atual consenso no meio científico, com base em décadas de previsões, é que o nível do oceano está a subir a uma taxa de dois milímetros por ano.

Fonte: quero saber Dezembro – 2011 

Anemómetros de copos: velocidade dos ventos

Os anemómetros encontram-se com frequência em estações meteorológicas, mas como fornecem informações acerca da velocidade do vento?
Vários tipos de anemómetros são utilizados para medir a velocidade do vento mas o mais conhecido de todos é, talvez, o anemómetro de copos. Integra três copos, colocados a distâncias iguais nos braços perpendiculares ao eixo central. Os copos apanham o ar á medida que este passa, fazendo rodar o eixo. Ao contar o número de voltas num segundo, é possível calcular a velocidade média do vento.
Alguns anemómetros de copos integram ainda minúsculos geradores elétricos que calculam a velocidade do vento analisando a quantidade de energia criada pela rotação, em vez de contarem o número de voltas.

Fonte: quero saber Dezembro – 2011 

Tornados explicados

Porque descem os ciclones do céu e traçam um rasto de destruição
Os tornados nascem em grandes nuvens de tempestade chamadas supercélulas. Se as nuvens de tempestade normais se formam e dissipam em 30 minutos, já as supercélulas podem durar horas e espalhar mau tempo por centenas de quilómetros. Porém, a sua principal característica é a sua potente rotação no sentido contrário aos ponteiros do relógio. As supercélulas começam como trvoadas normais: o ar quente e húmido junto á superfície é empurrado para cima por uma força física, como uma frente fria. O ar condensa-se em gotas de água, ao atingir altitudes mais elevadas, formando nuvens verticais. As supercélulas crescem devido a um abundância de ar quente e húmido em baixo e de ar frio e seco em cima. Já a sua rotação deve-se a um fenómeno chamado cisalhamento do vento, uma mudança repentina da velocidade e direção. Geralmente quanto maior a altitude, mais depressa sopram os ventos. Isto cria um efeito de rodas de pás na atmosfera, gerando colunas de ar que giram em eixos horizontais. Com as supercélulas, o ar quente e baixo é sugado para cima para a tempestade, com tal força que “pega” numa destas colunas horizontais e a faz girar na vertical. O resultado é um mesociclone: uma coluna de rápida rotação no âmago da supercélula. Entretanto, a chuva e granizo que caem da supercélula são apanhados por estes ventos rotativos. Muita da precipitação evapora-se, libertando bolsas de ar frio que puxam para baixo o vórtice rodopiante. !!! À medida que estes rápidos ventos atingem o solo, o atrito abranda os efeitos da força centrífuga, estreitando o funil. A pressão de ar extremamente baixa no interior do funil age como um vácuo. Quanto mais ar é sugado para o vórtice, mais a velocidade da rotação aumenta . O tornado resultante pode gerar ventos superiores a 480Km/h, rasgar estruturas reforçadas como uma motosserra, elevar veículos pesados e arrasar casas.

Fonte: quero saber Janeiro 2011

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Florestas húmidas, alterações climáticas e desflorestação

A desflorestação das florestas húmidas está a alastrar a um ritmo alarmante, com efeitos devastadores



Os efeitos da desflorestação da Terra são graves: climas regional e global em alteração descontrolada, cheias mais frequentes e extinção de milhares de espécies de plantas e animais. As causas desta destruição são muitas, mas as mais graves são a exploração florestal e a criação de gado.
A exploração florestal resulta no derrube sistemático de árvores para serem usadas em mercados locais e internacionais. Os ambientalistas estimam que mais de 75% das florestas mundiais já foram destruidas ou degradadas devido à exploração florestal.
A criação de gado esbate os limites das florestas e aumenta cada vez mais as zonas propensas a inundações: quando as árvores são abatidas para criar pastagens, o efeito de esponja proporcionado pela floresta desaparece. Assim, em vez de absorver e distribuir aos poucos a grande quantidade de chuva que a floresta recebe, a nova zona área inunda e canaliza água para os rios próximos, que acabam por transbordar.
A redução do número de árvores também afeta os climas locais e o global: quando se perde parte da floresta, o oxigénio aí produzido, devido á fotossíntese, diminui. O sequestro (captura e armazenamento) de CO2 também é reduzido, tal como a biomassa florestal e o respetivo potencial energético, importantes para o futuro bem-estar da Terra.
Florestas húmidas
Frente a frente
Grande – Gondwana
Não é de todo a maior, mas com 3.665 Km², há muito que proteger na longa faixa de florestas tropicais húmidas da Austrália.
Maior – África

Com 3,6 milhões de Km², as florestas húmidas de África poderiam ser muito maiores, não fosse a sua intensa exploração e desflorestação.
A maior – Amazónia
Com 7 milhões de Km², a floresta húmida amazónica é a maior de todas e estende-se por vários países, incluindo o Brasil e a Venezuela.

Fonte: quero saber Novembro 2010 

terça-feira, 10 de junho de 2014

Florestas húmidas

Com uma precipitação anual de dois mil milimetros, as florestas húmidas são um ambiente único e riquissímo em vida. Lar de mais de 50 por cento das espécies da Terra, continuam a ser largamente desconhecidas.
As florestas húmidas localizam-se fundamentalmente em regiões tropicais, onde o clima é quente e húmido, permitindo a rápida e prolífera expansão de todas as formas de vida, seja flora ou fauna. Desde o coração da América do Sul, passando pelas selvas de África e da Índia, até à costa norte da Austrália, as florestas húmidas são um cenário de reprodução fantástico para processos evolutivos e desempenham um papel crucial na manutenção dos ciclos naturais a nível mundial, sendo responsáveis por mais de 28% da produção de oxigénio.
Apesar da enorme diversidade de de formas de vida que albergam e da sua importância na produção de oxigénio, as florestas húmidas ocupam menos de 6% da superfície da Terra – e devido à constante desflorestação, esta percentagem diminui todos os dias, contribuindo para a extinção de muitas espécies e provocando alterações radicais no clima de muitas regiões. Pode não ser evidente à primeira vista, mas as florestas húmidas são sistemas altamente complexos e intricados, constituídos por múltiplos estratos que escondem um fervilhar de actividade. De fato, foi só graças a recentes avanços na ciência e tecnologia que biólogos e outros investigadores puderam estudar as florestas húmidas em todo o seu esplendor, registando imagens e resultados que revelaram o quanto ainda não sabemos sobre elas.
Felizmente, já muitas descobertas foram feitas, abrindo uma janela para este mundo desconhecido. Saiba como funciona a floresta húmida, com especial foco na sua composição, nas diversas espécies de plantas e animais, nos processos naturais e na ameaça da desflorestação.
Cinco fatos sobre florestas húmidas
1 – Biodiversidade – Os cientistas estimam que até 75% das espécies da Terra possam viver nas florestas húmidas – um dado espantoso – e que milhões estarão ainda por descobrir.
2 – Medicinal – As florestas húmidas são o habitat da um elevado número de plantas das quais derivam medicamentos modernos para a febre e as queimaduras, por exemplo.
3 – Entre trópicos – As florestas húmidas tropicais situam-se sobretudo entre os trópicos de Câncer (23ᵒ 27’ de latitude Norte) e o de Capricórnio (23ᵒ 27’ de latitude Sul).
4 – Está aí alguém?... – Apesar do avanço do Homem, pensa-se que vivam mais de 40 tribos indígenas incontactadas nas florestas húmidas, sobretudo no Brasil e na Papua Nova-Guiné.
5 – Destruição massiva – Devido á violenta desflorestação, muitas das florestas húmidas estão a desaparecer. Destruiu-se mais de 90% da floresta húmida da África Ocidental!

Fonte: quero saber Novembro 2010 
Qual será o valor destas florestas no que diz respeito aos serviços prestados na manutenção dos ciclos naturais a nível mundial?

domingo, 1 de junho de 2014

Como se forma o… petróleo

A fonte energética mais preciosa e precária da Terra, o petróleo tem uma enorme procura mundial e vários países lutam ferozmente pelo direito de explorar as suas reservas.
O crude (petróleo bruto) forma-se quando organismos ricos em carbono morrem e são comprimidos num ambiente pobre em oxigénio, durante milhões de anos. A zona mais comum para o início da formação do crude é o fundo do mar, quando o plâncton e outros microrganismos morrem e se afundam no oceano. Estes organismos são depois comprimidos por novas camadas de sedimentos, que se acumulam por cima deles, bem como pela enorme pressão da água que ocorre a tais profundidades.
Ao longo de milhões de anos, inúmeras reações químicas decompõem os organismos em várias moléculas de hidrocarboneto, formando, as mais leves, gás natural, e as mais pesadas, petróleo bruto. Depois de criado, o crude sobe através da rocha,  medida que esta se desfaz e cede so a pressão extrema (ao contrário da rocha o liquido não pode ser comprimido), antes de acumular-se numa rocha porosa. Chamada reservatório, esta rocha é tapada por outra, não porosa, que impede que o crude continue a sua viagem. A perfuração da rocha selante é condição para aceder ao crude e bombeá-lo para a superficíe, de forma a que seja processado e refinado.
Os números
Composição do petróleo
Carbono: 83% a 87%
Hidrogénio: 10% a 14%
Azoto: 0,1% a 2%
Oxigénio: 0,1% a 1,5%
Enxofre: 0,5% a 6%
Metais: <0,1%

Fonte: quero saber Novembro 2010 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Évora vai albergar parque solar pioneiro na Europa

Quinta-feira, 29 de Maio de 2014
Évora vai albergar parque solar pioneiro na Europa
Nasceu, na cidade alentejana de Évora, um parque solar com tecnologia fotovoltaica de concentração inovadora na Europa, um investimento de cerca de cinco milhões de euros feito pela empresa Glintt Energy. A inauguração acontece esta quinta-feira, pretendendo-se que o parque se torne uma "montra" para captar negócios internacionais.
 
Em declarações à Lusa, Manuel Mira Godinho, diretor executivo da Glintt - Global Intelligent Technologies, detentora da Glintt Energy, afirmou que o parque "tem uma componente de 'showroom' internacional para mostrar ao cliente, a quem não basta a teoria, a quem quer ver para crer".
 
Segundo o responsável, a tecnológica portuguesa ambiciona "mostrar a sua competência para conceber e implementar um parque fotovoltaico de concentração". "Acreditamos tanto nesta tecnologia que arriscámos dinheiro da empresa para montar o parque", realçou Mira Godinho.
 
A central, localizada num antigo aterro sanitário próximo de Évora, envolveu um investimento de perto de cinco milhões de euros feito nos últimos quatro anos pela Glintt Energy, com sede no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (da qual a empresa é acionista), naquela cidade.  
 
De acordo com o diretor executivo da Glintt, a estrutura fotovoltaica de quarta geração, com 2.800 painéis solares e que começou a funcionar em Abril, tem 1,26 megawatts (MW) de capacidade instalada para uma produção anual estimada de dois gigawatts/hora (GWh) de energia.
 
"É o suficiente para abastecer 800 habitações, mais de 3.200 pessoas, e permite evitar anualmente cerca de 1.000 toneladas de emissões de gases com efeito de estufa (CO2)", estimou Mira Godinho.
 
O CEO da Glintt adiantou que o parque fotovoltaico eborense é "o primeiro da Europa" a utilizar um determinado tipo de células fotovoltaicas com base em tecnologia aplicada nas estações espaciais da NASA com o apoio dos norte-americanos da EmCore Corporation (propriedade da chinesa Suncore).
 
"O painel fotovoltaico acompanha a trajetória do sol e é muito fundo, como uma caixa. No interior, tem um prisma que concentra os raios solares para um ponto específico, para uma pequena célula fotovoltaica", especificou.

Graças a este sistema, é possível obter "uma produtividade muito maior dos raios solares captados" em comparação com um "painel tradicional".
Além disso, o parque é também "muito menos exigente em termos dos componentes nobres para o fabrico das células". "E, como tenho menos células instaladas nos painéis, gasto menos energia para o funcionamento da central", acrescentou Mira Godinho.
 
Através deste investimento, que permitiu "a reabilitação ambiental de uma zona degradada", a Glintt espera conseguir "um 'showroom' para desenvolver projetos internacionais", encontrando-se, atualmente, "a procurar expandir" os seus negócios para países de África e da América Latina.
 
"[A construção do parque] é, igualmente, uma forma de atrair gestores de topo para Évora e de promover o Alentejo e Portugal, porque temos levado ao parque presidentes de empresas e gestores internacionais", conclui o empresário.

Notícia sugerida por Elsa Fonseca
fonte: boasnoticias.pt