Consumo de energia em Portugal:
Segundo a DGEG (direcção geral de energia e geologia) em 2008, a dependência de Portugal em termos de importação de energia foi de 82%. A produção interna baseou-se, exclusivamente, em fontes de energia renováveis, fundamentalmente hídrica e eólica. Esta produção cresceu 45% desde 1990.
O abastecimento de energia primária no nosso país também cresceu visivelmente desde 1990 em cerca de 55%. Este valor deve-se, principalmente, ao aumento do abastecimento de petróleo (29% desde 1990) e de combustíveis sólidos (31% desde 1990).
O gás natural foi introduzido no abastecimento de energia primária de Portugal, pela primeira vez em 1997 e atingiu os 17% de quota de abastecimento total de energia em 2008. Em termos de fontes renováveis a quota foi de 18%.
A nível internacional existem os seguintes compromissos até 2020:
· Redução do consumo de energia primária em 20% (meta da eficiência energética);
· Aumento do recurso a energias renováveis para 20% do mix europeu (meta indicativa para Portugal 31%);
· Incorporação de 20% dos biocombustíveis nos carburantes até 2020.
Por sectores:
De acordo com a DGEG, desde o início da década de 90, o consumo de energia final cresceu 3,2% ao ano, cerca de 7 décimas acima da taxa de crescimento média do PIB registada nesse período.
A pressionar o crescimento energético estiveram os transportes, que cresceram consistentemente acima dos 5% ao ano. Especial destaque para o sector de serviços que, na segunda metade da década, apresentou taxas de crescimento médias anuais de dois dígitos (11%). No balanço de 2008, os transportes eram responsáveis por 36,3% da energia consumida, a indústria por 29,5%, o sector doméstico por 16,8%, os serviços por 11,5% e os restantes 5,8% em outras actividades como a agricultura, pesca construção e obras públicas.
Peso dos sectores no consumo de energia %
| ||
1990
|
2008
| |
Indústria
|
35,4
|
29,5
|
Transportes
|
30,7
|
36,3
|
Sector doméstico
|
20,8
|
16,8
|
Serviços
|
6,7
|
11,5
|
Agricultura
|
4,9
|
2,4
|
Construção e obras públicas
|
1,5
|
3,4
|
Total
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100%
|
100%
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Fonte: DGEG – Direcção geral de energia e geologia
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