sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Foto indiscretíssima ganha prêmio de “fotografia científica”


A primeira foto de baleias corcundas copulando foi feita por Edwards na costa de Tonga (um arquipélago e um reino na Oceania), em 2010. Ele conta que primeiro viu um bando de machos competindo em uma batalha de força e resistência.Jason Edwards ganhou pela segunda vez o Prêmio Eureka de Fotografia Científica, com esta fotografia de um par de baleias jubarte (Megaptera novaeangliae) copulando.
O macho vitorioso então copulou com a fêmea, cutucando seus flancos com suas nadadeiras peitorais e prendendo-a a si durante o ato.
Ainda segundo Edwards, em reportagem ao The Daily Telegraph (Austrália), o abraço foi breve: durou só 30 segundos, e depois a fêmea soltou bolhas pela boca, em vez doespiráculo. Ainda não se sabe por que ela fez tal gesto incomum, mas pode ter sido um sinal para o macho de que sua tarefa estava cumprida e era hora de se mandar.
O Prêmio Eureka é concedido anualmente pelo Museu Australiano para o reconhecimento da excelência em ciência e comunicação científica na Austrália.[NewScientist]
Fonte: Hypescience

Concurso fotográfico revela surpreendentes e emocionantes imagens da natureza


As imagens selecionadas são algumas das mais belas fotografias inscritas no concurso Veolia Environnement Wildlife Photographer of the Yeardeste ano.Algumas das fotos abaixo irão te emocionar. Outras, chocar. Sentimentos diversos podem surgir quando nos deparamos com imagens incríveis que mostram a beleza – e brutalidade – da natureza.

O concurso é aberto a fotógrafos profissionais e amadores. Basta vontade de clicar momentos raros e deslumbrantes da natureza.
Um tigre e seus filhotes entre os turistas em um mosteiro budista na Tailândia. O local é conhecido como Tiger Temple
Uma águia estava comendo uma carcaça quando uma raposa roubou seu lanche. O momento inusitado aconteceu no Sinite Kamani National Park, na Bulgária
Um grupo de crianças no nordeste do Moçambique, na África, prende um babuíno amarelo aterrorizado, que tenta se libertar de suas amarras
Esse morcego resolveu se refrescar no lago. A fotografia está sendo muito elogiada e faz parte da categoria “espécies ameaçadas de extinção”
As 100 fotos mais incríveis foram selecionadas entre mais de 48 mil inscrições de 98 países. Nelas, momentos secretos da natureza são combinados com o olhar talentoso dos fotógrafos.
A imagem incrivelmente simétrica mostra duas guepardos olhando o horizonte
Dois insetos parecem se beijar. Mas não se engane: na realidade eles estão em um combate antes de voar para acasalar com as fêmeas vizinhas
Já imaginou encontrar uma família dessas na praia?
Esse ratinho resolveu fazer um lanchinho no meio da noite
A belíssima Ilha Eigg, na Escócia, é uma pequena joia no meio do mar
Cerca de 30 imagens farão parte de uma exposição no Museu de História Natural e Mundial da BBC, em Londres. Os vencedores serão nomeados em outubro. Vai ser difícil escolher qual é a foto mais fantástica! [DailyMailThe Guardian]
Fonte: Hypescience

Investigadores propõem técnica para diminuir intensidade de furacões


Aumentar quantidade de nuvens aumenta reflexo da luz solar e 

arrefece superfície dos oceanos

2012-08-28

Os furacões formam-se nos oceanos
Os furacões formam-se nos oceanos
Uma equipa de cientistas propõe-se pulverizar nuvens (cloud seeding) para diminuir a temperatura superficial do mar onde se formam os furacões. Num artigo publicado na«Atmospheric Science Letters», os investigadores afirmam que a técnica poderá reduzir a intensidade dos furacões.
A equipa centrou-se na relação entre a temperatura à superfície do mar e a energia associada com o potencial destrutivo dos furacões. Em vez de se pulverizar as nuvens da tempestade ou do furacão directamente, a ideia é pulverizar as nuvens Stratocumulus marinhas (que cobrem uma quarta parte dos oceanos do mundo) para evitar a formação dos furacões.  

Os furacões obtêm a sua energia a partir do calor que existe nas águas superficiais do oceano”, explica Alan Gadian, da Universidade de Leeds. “Se formos capazes de aumentar a quantidade de luz solar que é reflectida pelas nuvens acima da região onde se desenvolvem os furacões, então haverá menos energia para os alimentar”.
Os autores propõem a utilização de uma técnica conhecida como Marine Cloud Brightening (MCB). A ideia é pulverizar com veículos não tripulados gotas de água do mar, uma boa parte das quais se transformaria em nuvens, aumentando assim a humidade e, portanto, também a reflectividade. Desta forma, é luz é reflectida de volta ao espaço o que reduz a temperatura da superfície marinha.
Pelos cálculos efectuados, que se baseiam no modelo de clima HadGEM1, a técnica poderá reduzir o poder dos furacões em desenvolvimento numa categoria.
Os dados mostram que nas últimas três décadas a intensidade dos furacões no Atlântico Norte, na Índia e no Oceano Pacífico aumentou. “Simulámos o impacto da pulverização nestas três áreas, com ênfase nos meses de Agosto, Setembro e Outubro, época em que se concentram os furacões no Atlântico”.
Uma desvantagem desta técnica é o impacto que pode em termos de precipitação nas regiões vizinhas. A equipa admite que a pulverização no Atlântico poderia dar lugar a uma redução significativa das precipitações na bacia do Amazonas e em outros lugares.
É necessário fazer mais investigação e sabemos que a pulverização de nuvens não deve implementar-se até estarmos seguros de que não haverá consequências adversas em relação à precipitação”, conclui Gadian. Se os nossos cálculos estiverem correctos, a técnica poderá ser de grande valor para reduzir o poder destrutivo dos furacões.
Fonte: ciência hoje

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

GNR treina cães para detetar espécies protegidas


Quarta-feira, 29 de Agosto de 2012

GNR treina cães para detetar espécies protegidas

© GIC GNR
O Grupo de Intervenção Cinotécnico (GIC) da GNR tem um novo programa de treino que ensina os cães a detetar espécies protegidas, nomeadamente répteis e aves exóticas. O objetivo da iniciativa é fazer face ao tráfico ilegal, contribuindo para a proteção destas espécies.

Em entrevista ao Boas Notícias, o Major Gonçalo de Carvalho explica que o tráfico ilegal de espécies protegidas é cada vez mais recorrente, embora se tenha comprovado, por outro lado, que o empenho dos meios cinotécnicos na sua deteção tem sido eficaz noutros programas da União Europeia.

Assim sendo, e face “à necessidade de dotar a Guarda com meios cinotécnicos para o desempenho de missões de combate ao tráfico”, justifica o Major, foi iniciado o programa de treino.

Através de ações semelhantes que decorrem noutros países europeus ficou demonstrado que os cães podem ser treinados para detetar diferentes odores, nomeadamente marfim de elefante, pontas de rinoceronte, répteis e aves vivas, carapaças de tartarugas marinhas, corais e caviar de esturjão, e ovos de répteis e aves.

Para dotar os cães das aptidões em questão são utilizadas amostras com o odor dos animais que se pretende detetar, tal como é feito com os programas de treino relativos a explosivos ou estupefacientes.

Numa primeira fase, são ‘ensinados’ os odores certos aos animais. Depois, os cães têm de encontrar, entre vários, os odores que lhes foram previamente mostrados e, caso consigam, têm direito a “brincar” com os seus tratadores, ação que funciona como reforço positivo.

Cães podem tornar o combate ao tráfico mais eficiente

Neste momento, o programa de treinos português visa apenas odores de répteis, aves e os seus ovos. Ainda assim, numa próxima fase, prevê-se que a ação seja alargada para a deteção de outros animais selvagens, bem como os seus produtos, designadamente peles e marfim.

Ao longo deste período inicial são somente dois os cães a serem treinados, mas está aberta a possibilidade de entrada de outros animais no processo em função dos resultados a obter. O curso tem a duração aproximada de 16 semanas, com os treinos a decorrerem diariamente de modo a “potenciar as capacidades adquiridas”.

O Major Gonçalo de Carvalho salienta que, através do desenvolvimento deste tipo de capacidades, os cães podem tornar o combate ao tráfico mais eficiente, “garantindo um controlo mais eficaz da fronteira externa e da circulação interna”.

Contudo, em declarações ao Boas Notícias, o Major reconhece que, mesmo após as 16 semanas, continuarão a ser necessárias sessões diárias e persistentes para manter as capacidades já totalmente potenciadas.

Para aceder à página de Facebook do Grupo de Intervenção Cinotécnico clique AQUI.

Fonte: boas noticias.pt

Mar: Robôs subaquáticos vão ajudar a reparar corais


Terça-feira, 28 de Agosto de 2012

Mar: Robôs subaquáticos vão ajudar a reparar corais

Os recifes de coral que se escondem nos recantos profundos dos nossos oceanos estão cada vez mais ameaçados. Porém, um grupo de investigadores da Heriot-Watt University, na Escócia, está a trabalhar para contrariar esta realidade através do desenvolvimento de um "bando" de robôs inteligentes capazes de os reparar, permitindo que voltem a crescer.
 
A ideia foi inspirada pelo comportamento e trabalho coletivo de vários grupos de animais, como as abelhas, as vespas e as térmitas, que se unem para a construção de estruturas complexas. O objetivo é que a equipa de robôs, os "coralbots", trabalhando, cada um, de acordo com diretivas simples, consiga voltar a juntar os fragmentos soltos de coral, reparando-os.
 
Nas águas profundas da Escócia ocorrem várias espécies de coral remelhantes às que se encontram nos trópicos, que fornecem um "lar" para milhares de outros animais, como peixes e tubarões. No entanto, a pesca tem danificando em muito estas estruturas, que, por vezes, sobrevivem, mas levam centenas de anos a recuperar.
 
Atualmente, a reparação dos corais tem sido levada a cabo por mergulhadores voluntários, que voltam a encaixar os pedaços de coral arrancados no seu lugar, mas o método apresenta muitas limitações, visto que os seres humanos não podem passar períodos muito longos debaixo de água e alcançar profundidades acima dos 200 metros, onde crescem algumas espécies.

"Coralbots" são uma "solução inovadora"
 
Por este motivo, os "coralbots", parte de um projeto coordenado por Lea-Anne Henry, da Faculdade de Ciências da Vida da universidade escocesa, em parceria com David Corne, Neil Robertson e David Lane, surgem como uma "solução inovadora" para restaurar a função dos corais.
 
O sistema inclui vários robôs individuais de pequenas dimensões, que seguem uma série de regras básicas, procurando os fragmentos e recolocando-os no coral, sendo, primeiro, treinados por computador para os reconhecerem e não os confundirem com pedras ou criaturas marinhas.

Além disso, caso um dos robôs seja danificado, os outros continuarão a ter capacidade de completar as suas próprias tarefas, e a reparação do coral poderá ser concluída num período que vai de alguns dias a algumas semanas, ao contrário dos longos anos que normalmente são necessários.
 
"Este projeto explora um dos mais interessantes elementos da inteligência coletiva da natureza, onde conjuntos de indivíduos autónomos colaboram" para um objetivo comum, explica David Corne, em comunicado divulgado pela universidade.
 
"O que mais nos entusiasma neste projeto é que nos oferece o potencial de restaurar a função dos corais por todo o mundo, que nos oferecem benefícios a todos, de uma ou de outra forma", conclui o investigador.
 
Os corais têm um papel importantíssimo na economia da Escócia, contribuindo para a manutenção dos stocks pesqueiros, a proteção costeira e as receitas turísticas e correspondendo a ganhos de cerca de 40 milhões de libras (aproximadamente 50 milhões de euros).  

Fonte: boas noticias.pt

Combustível limpo tornará cruzeiros mais ecológicos


Segunda-feira, 27 de Agosto de 2012

Combustível limpo tornará cruzeiros mais ecológicos

Um grupo de cientistas norte-americanos desenvolveu um novo tipo de combustível que permitirá aliviar a poluição atmosférica e os custos dos barcos de cruzeiro, barcos de transporte de contentores e outras embarcações de grande porte. A criação foi apresentada a semana passada no 244º encontro da American Chemical Society, que decorreu em Filadélfia, nos EUA.
 
Durante a conferência, George Harakas, coordenador do projeto, explicou que os grandes navios se alimentam de combustíveis que contém substâncias muito poluentes, o que causa impactos graves no ambiente e na saúde quando atracam em portos, em especial em áreas urbanas com grande densidade populacional.
 
Para solucionar o problema, Harakas e os colegas, da Maine Maritime Academy e do SeaChange Group LLC, desenvolveram um combustível "verde" que incorpora glicerol, um subproduto da produção do biodiesel que é amplamente utilizado na indústria alimentar e farmacêutica.
 
O glicerol é eficiente, neutro em emissões de carbono e, consequentemente, sustentável, o que o tornou a escolha ideal. A mistura entre o glicerol e o diesel foi possibilitada através de um químico especial, já que, por norma, é tão difícil como a mistura de água e azeite, esclareceu Harakas.
 
De acordo com o especialista, os testes efetuados com o novo combustível, levados a cabo no laboratório da Maine Maritime Academy, demonstraram que o "Bunker Green", como foi batizado, produz 15% menos partículas de cinza e 26% menos dióxido de azoto, o que lhe dá, acreditam os criadores, grande potencial para a utilização futura na indústria náutica.

[Notícia sugerida por Diana Rodrigues]
Fonte: boas noticias.pt

Nova bola de vidro mais eficiente que painéis solares

Segunda-feira, 27 de Agosto de 2012

Nova bola de vidro mais eficiente que painéis solares


© Rawlemon
Um arquiteto alemão criou uma bola de vidro "gigante" capaz de produzir 35% mais energia do que os painéis solares convencionais. A invenção, batizada de "ß torics", consegue, também, transformar a luz da lua em energia.

André Broessel, arquiteto alemão sediado em Barcelona, criou, através da sua empresa, a "Rawlemon",, uma lente esférica de vidro que produz uma quantidade de energia solar 35% superior à gerada pelos painéis fotovoltaicos. Em declarações à revista Designboom, Broessel explicou que a forma do objeto e o facto de ser produzido a partir de vidro potenciam uma maior absorção dos raios solares.

O equipamento é à prova de água, refere o arquiteto, uma característica vantajosa, uma vez que poderá trabalhar mesmo em condições atmosféricas mais adversas. As capacidades de concentração de energia estendem-se ao período noturno, uma vez que o produto foi concebido de modo a captar a luz solar refletida pela lua.

A esfera já foi produzida em vários modelos, sendo que a espessura das lentes e o preenchimento variam consoante o local a que se destinam. Broessel frisa que o objeto pode ser adaptado a várias superfícies, nomeadamente paredes inclinadas, muros e grandes janelas. Devido ao "design" e ao formato, o equipamento consegue ser instalado em vários locais sem ocupar muito espaço.

A coleção de protótipos “ß torics”, da autoria de André Broessel, encontra-se, atualmente, em fase de testes, já tendo sido pedida a patente. Os projetos do arquiteto pautam pela simbiose entre "design" e ecologia.

Clique AQUI para aceder ao artigo da Designboom (em inglês) e AQUI para aceder ao site oficial da Rawlemon.
Fonte: boas noticias.pt

domingo, 26 de agosto de 2012

Caranguejo-dos-coqueiros


Ladrão de cocos
Um crustáceo travesso que trepa árvores, rouba as tocas dos caranguejos terrestres e, ainda assim, enfrenta a extinção.
O caranguejo-dos-coqueiros é um poderoso crustáceo de pinças impressionantes [foto].
Um espécime enorme, pesando até 5kg e um comprimento até 40cm, o Birgus latro, é o maior artrópode terrestre do mundo. É conhecido como ladrão de cocos (latro é latim para ladrão), pela sua capacidade de trepar palmeiras e abrir aquele fruto com as pinças, para se alimentar – o que os insulares vêem como um roubo. É também chamado caranguejo-dos-coqueiros, apesar de ser aquilo a que os biólogos chamam de falso caranguejo.
Habita sobretudo áreas florestais costeiras das ilhas do Pacífico Sul e do oceano Índico e pode viver até 30 anos. Sendo maioritariamente noctívago, durante o dia esconde-se em tocas subterrâneas. Acasala em terra seca mas, assim que os ovos estão prestes a eclodir, a fêmea liberta-os no oceano. Mal nasce, a cria dirige-se para o fundo do mar em busca de uma concha, antes de regressar a terra seca. Já em terra, este crustáceo adapta-se de forma permanente a uma vida terrestre – tanto que se afogaria na água, já que desenvolveu um sistema respiratório adaptado á extracção do oxigénio do ar (e não da água).
O facto de desovar no mar é a principal razão para a sua ampla distribuição, com as correntes a arrastarem as larvas para longe. Ainda assim, esta é uma espécie em vias de extinção, porque é considerada uma iguaria, sendo apanhada para alimentação.
Fonte: quero saber Outubro 2010

sábado, 25 de agosto de 2012

Bonobos fabricam ferramentas para diferentes usos

A espécie 'Pan paniscus' é, juntamente com os chimpanzés a mais próxima do ser humano
2012-08-22



Os bonobos (Pan paniscus) são, juntamente com os chimpanzés (Pan troglodytes), os mamíferos geneticamente mais próximos do ser humano. Um estudo publicado agora na «Proceedings of the National Academy of Sciences» (PNAS) revela a capacidade destes símios fabricarem ferramentas em pedra para as utilizarem com um objectivo próprio. O autor da proeza foi Kanzi, um bonobo de 32 anos, famoso pela sua inteligência: conhece a linguagem gestual, é capaz de entender e expressar ideias relativamente complexas e até de inventar novas palavras. Além de fabricar ferramentas utiliza-as de todas as formas possíveis.

A equipa de investigadores da Universidade de Haifa (Israel) pôs em prova as capacidades de Kanzi. Deram-lhe troncos de madeira com comida enterrada no seu interior e uma série de pedras sílex. O bonobo fabricou várias ferramentas diferentes para abrir os troncos e deu-lhes diferentes usos.
Kanzi utilizou múltiplas estratégias para a abrir os 24 troncos com as ferramentas que criou – machados, martelos e alavancas – e conseguiu abrir todos.
Os investigadores especulam que a utilização que o bonobo faz das ferramentas não é muito diferente da que faziam os primeiros hominídeos há mais de dois milhões de anos.
Ainda assim há diferenças importantes. A primeira é que este bonobo foi criado num ambiente muito distinto dos outros membros da sua espécie. A segunda é que o fabrico de ferramentas foi-lhe ensinado, não descobriu sozinho. A bonoba Pan-Banisha, de 28 anos, também participou na experiência. Conseguiu abrir os troncos mas apenas atirando-os contra o chão, apesar de também saber fabricar ferramentas.
Alta competência intelectual”
Os investigadores enterraram a comida dentro do tronco pois queriam perceber como os bonobos chegavam até ela. Quando a areia estava mais solta, tiravam com as mãos; quando estava mais compactada usavam ferramentas. O Kanzi chegou mesmo a fabricar, por duas vezes, uma lâmina de sílex para facilitar o trabalho.
Apesar de existirem outras espécies que utilizam ferramentas, a sofisticação com que os chimpanzés e os bonobos o fazem não tem comparação. Segundo os investigadores, este estudo demonstra a “alta competência intelectual e o engenho” destes símios.
Fonte: Ciência hoje

UMinho: Resíduos dos laticínios ganham utilidade


Sexta-feira, 24 de Agosto de 2012

UMinho: Resíduos dos laticínios ganham utilidade

Uma tecnologia pioneira que permite a recuperação e valorização dos resíduos da indústria dos laticínios é a nova aposta do Departamento de Engenharia Biológica (DEB) da Universidade do Minho (UMinho), que se encontra a trabalhar em parceria com a spin-off Biotempo - Consultoria em Biotecnologia. Esta biorrefinaria permitirá que os subprodutos sejam totalmente recuperados e convertidos noutros produtos de valor acrescentado.
 
Em comunicado, a UMinho explica que esta unidade, que já está em testes, transforma o soro do queijo em mais de uma dezena de produtos a serem utilizados em vários setores de produção, desde a alimentação à saúde, passando pela coméstica.
 
A biorrefinaria terá capacidade para tratar diariamente um milhão de litros de resíduos, não apenas o soro do queijo mas também o leite e iogurte estragado ou fora do prazo.Os subprodutos tratados darão origem por exemplo, a concentrados proteicos para o setor alimentar, prébioóticos, bioetanol, lactose refinada e água ultrapura para a indústria farmacêutica, bem como sais para a agricultura.
 
As águas residuais resultantes da lavagem de máquinas e camiões e a biomassa produzida serão também reencaminhadas para uma "unidade de digestão anaeróbia" e transformadas em biogás para a posterior produção de energia elétrica. 
 
"O processo desenvolvido vai ter um impacto económico relevante nesta região, uma vez que permitirá acrescentar valor a um subproduto que, atualmente, é um problema ambiental grave", acredita José Teixeira, professor catedrático do DEB e coordenador científico do projeto.
 
"A capacidade instalada, a tecnologia pioneira e as caraterísticas dos produtos obtidos, bem como a ausência de efluentes, garantem o sucesso desta biorrefinaria que se espera que venha a constituir uma unidade industrial de referência no setor lácteo", antevê o responsável.
 
Desde o início dos anos 90 que o DEB tem apostado na valorização do soro do queijo, estando previsto um investimento de cerca de 35 milhões de euros e, numa fase mais adiantada, o alargamento da tipologia de resíduos a tratar e a instalação desta biorrefinaria, em fase de testes, em Portugal e noutros países do mundo. Uma destas unidades, construída à escala industrial, deverá ser, ainda este ano, instalada no Brasil.
Fonte: Boas noticias

Brasil: Cientistas criam plantas resistentes à seca


Segunda-feira, 20 de Agosto de 2012

Brasil: Cientistas criam plantas resistentes à seca

Um grupo de investigadores brasileiros está a estudar, em laboratório, plantas transgénicas capazes de resistir a longos períodos de seca. O objetivo é encontrar uma resposta para as crescentes preocupações motivadas pelas alterações climáticas.
 
Em declarações à Lusa, um dos investigadores, Eduardo Romano, explicou que o projeto começou a partir da pesquisa do genoma da planta do café. "Nesse estudo, que contou com mais de 100 investigadores, identificámos os 30 mil genes do café e, a partir daí, cada grupo passou a pesquisar uma caraterística específica", contou, acrescentando que o seu grupo ficou incumbido de estudar os genes associados à resistência à seca.
 
Depois de identificado o gene responsável, os cientistas isolaram-no e testaram-no numa planta-modelo, a Arabidopsis thaliana, uma espécie idêntica à mostarda. "As plantas que receberam o gene sobreviveram 40 dias sem água, enquanto as que não o receberam morreram após 15 dias sem água", revelou o investigador, integrado na equipa científica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (Embrapa), que está a desenvolver o projeto.
 
Uma vez que os resultados obtidos nas primeiras experiências foram animadores, a equipa vai agora testar a descoberta em cinco culturas comerciais, entre as quais as dos principais produtos de exportação brasileira: cana-de-açúcar, soja, arroz, trigo e algodão.

Plantas não deverão causar alergias
 
Segundo Eduardo Romano, o gene especial já foi administrado a exemplares dessas cinco espécies, que estão atualmente a ser observadas em laboratório. Após o nascimento das primeiras plantas transgénicas, as sementes serão novamente testadas em laboratório para, posteriormente, a partir de uma seleção das melhores amostras, se dar início aos testes no terreno.
 
"Acreditamos que num ano e meio já teremos os resultados da experiência em todas as culturas", avança o investigador, que desvendou que, a par dos estudos de viabilidade do gene da resistência à seca, a equipa está igualmente a realizar testes toxicológicos para garantir que os produtos resultantes das culturas transgénicas serão seguros para consumo.
 
Eduardo Romano garantiu que já foi possível comprovar que as variedades geneticamente modificadas em estudo não serão propensas a causar alergias. "Ao longo do desenvolvimento do produto vamos fazendo vários testes. Por exemplo, já vimos que essa proteína não é propensa a causar alergia", afirmou, esclarecendo que a conclusão foi retirada por meio de comparação com um banco de dados da Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO).
 
Atualmente a seca é um dos maiores problemas da agricultura em todo o mundo tendo levado até, há pouco tempo, a que a FAO dirigisse aos EUA um pedido oficial no sentido de abandonar temporariamente a sua produção de biocombustível a partir do milho, cujas culturas estão muito ameaçadas.
Fonte: Boas noticias.pt

Escaravelho das palmeiras


Pó mágico. O Beauveria bassiana prolifera de forma natural no solo e é usado como biopesticida contra os parasitas das plantas.


Fonte: Super interessante - Agosto 2012
[publicado por urgência] mais adiante irei publicar o artigo na íntegra!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Em busca das grandes lulas


Lula 500
Submarino irá às profundezas dos Açores.
A fundação Rebikoff – Niggeler (FRN), instituição dedicada á investigação do meio marinho sediada no Faial, Açores está a construir um submarino tripulado capaz de descer até aos mil metros de profundidade para procurar as grandes lulas que servem de alimento às baleias. Com 7,5 metros de comprimento e 2,65 metros de altura, o “Lula 1000” terá capacidade para três tripulantes e estará equipado com tecnologia de ponta. “Vamos mergulhar mais para sul do Faial e do Pico para tentar encontrar as lulas grandes”, afirmou o responsável pela fundação, Joachim Jacobsen, citado pela agência Lusa. O submarino que deverá estar pronto em 2011, será ainda utilizado em projectos de estudo de corais de água fria, na observação de zonas protegidas subaquáticas, na produção de mapas acústicos de alta resolução e no estudo de fontes hidrotermais e de vulcanismo, entre outros.
Fonte: quero saber Outubro 2010

domingo, 19 de agosto de 2012

Como cães e gatos



Conheça Salati (o leopardo) e Tommy (o cão), um bizarro par de melhores amigos que actualmente são o alvo de todas as atenções no Glen Afric Country Lodge, perto de Pretória, na África do Sul. O tratador Richard Brooker, treinou-os e deixa-os exercitar-se juntos. “Onde quer que encontre um dos dois, o outro estará logo atrás”, afirma Brooker. Salati foi resgatado quando era uma cria órfã e doado por um veterinário local a este retiro de gestão familiar, que ajuda a reabilitar animais. O trabalho dos Brookers e os seus programas de criação de elefantes, leões e girafas têm contribuído para um crescimento da vida animal na região.   
Fonte: quero saber Outubro 2010

Do outro mundo?



Estes estranhos vulcões nevados parecem vindos de outro planeta.
Na verdade, encontram-se na Ilha das Quatro Montanhas, no arquipélago dos Aleutas, no Alasca, e foram “apanhados” pela câmara ASTER (Advanced Spaceborn Thermal Emission and Reflection Radiometer), a bordo do satélite Terra da NASA. É nesta ilha que se encontra o inquieto Monte Cleveland, um vulcão actualmente activo e que está sob observação, para se perceber se emite cinzas que possam afectar os voos do norte dos EUA.
Fonte: quero saber Outubro 2010

sábado, 18 de agosto de 2012

Como sobreviver a um ataque de tubarão


O que fazer se vir uma barbatana pontiaguda ir na sua direcção
Em 2000, 14% dos 79 ataques registados a nível mundial pelo International Shark Attack File (ISAF), mantido pelo Museu de História Natural da Flórida, EUA, foram fatais – uma percentagem que baixou para 8% em 2009.
A sobrevivência depende muitas vezes dos meios de socorro existentes nas praias. Em muitos casos, contudo, pode dever-se á perda de interesse por parte do tubarão; e também há casos de pessoas que conseguiram afugentar o animal. O ISAF aconselha a bater no focinho do tubarão com toda a força, usando um objecto – é demasiado fácil ficar sem os punhos ou pés. Apontar aos olhos é de eficácia duvidável: são um alvo diminuto e o tubarão recolhe-os como protecção, mesmo antes de atacar. As guelras são um alvo melhor, já que as interiores são muito sensíveis. Não se finja de morto: é mais provável ser mordido se parecer indefeso. Mas chapinhar e fazer barulho também só serve para os atrair ainda mais. Se conseguir afugentar o tubarão, não sossegue. Os tubarões são muito curiosos e tandem a regressar. Se possível, saia da água. Se estiver a mergulhar em mar alto, nade costas com costas com o seu parceiro de mergulho.
Fonte: quero saber Outubro 2010

Tubarões ameaçados


Os principais perigos para os tubarões a nível mundial
Cem milhões de tubarões são mortos todos os anos pelo Homem para fins alimentares. Como se reproduzem lentamente e demoram a atingir a idade adulta, a maioria dos stocks pesqueiros estão em rápido declínio: estudos revelam reduções populacionais de 70 a 90% entre as espécies comercializáveis, nos últimos 30 anos.
A par da carne, os tubarões são pescados pelas suas barbatanas, usadas na Ásia para a confecção de sopa. Estas costumam ser removidas com uma faca quente e o tubarão é depois libertado, mas, incapaz de se mover, acaba por morrer. A cartilagem é também utilizada na preparação de mezinhas, pela crença nos seus poderes de cura/prevenção do cancro – por provar cientificamente.
Entre outras ameaças contam-se a poluição marinha, o desenvolvimento costeiro e a pesca excessiva das presas do próprio tubarão, para além da pesca desportiva. Mas o impacto destas é muito inferior ao da pesca comercial. Só três espécies – tubarão-elefante, baleia e branco – estão sujeitas a restrições de comércio internacionais. Um terço das espécies de tubarões europeias está actualmente ameaçado.
Fonte: quero saber Outubro 2010

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O que comem os tubarões?


                           
Na prática, todos os tubarões são carnívoros, mas as diferentes espécies adaptaram-se em função de quase todos os nichos marinhos. O tubarão-anjo aguarda camuflado no fundo do mar e suga pequenos peixes repentinamente. O tubarão-martelo usa os seus receptores eléctricos para apanhar solhas e crustáceos escondidos sob a areia. O tubarão-de-Port-Jackson [foto] possui dentes semelhantes a molares para esmagar e abrir moluscos. Alguns tubarões alimentam-se sobretudo de plâncton e pequenos peixes. Para coar os vastos volumes de água necessários para obter alimento suficiente, podem engolir grandes goles e sugar a água, como faz o tubarão baleia, ou nadar através de grandes quantidades de plâncton com as bocas abertas, como faz o tubarão-elefante. A água é expelida pelas guelras laterais, mas a comida fica presa em guelras fibrosas, sendo depois engolida. O tubarão-tigre é um caçador indiscriminado e já foram encontrados espécimes como focas, aves, golfinhos, tartarugas, pneus e placas de matrícula no seu estômago. A maioria das espécies caça, porém, apenas um determinado tipo de presa. O cação, por exemplo, possui dentes que apontam para fora da boca e usa-os para trespassar pequenas lulas, antes de as engolir inteiras. O tubarão-raposo usa a sua longa cauda para chicotear cardumes, juntando-os em grupos menores, até conseguir abocanhá-los todos. O estereótipo do tubarão como um predador solitário do mar alto só se verifica num reduzido número de espécies, incluindo o tubarão-touro, o tubarão-tigre e o tubarão-branco. Sendo estes também os mais passíveis de atacar humanos, são os que atraem mais atenção. Estas espécies são altamente territoriais e costumam rondar a superfície. Desta forma as presas ficam por baixo dos tubarões, tendo dificuldade em detectar as suas barrigas brancas contra o céu. O tubarão-touro tem rins adaptados que lhe permitem lidar com a água doce, podendo assim nadar até grandes rios em busca de alimento.  
Fonte: quero saber Outubro 2010

Como se reproduzem os tubarões


Ovos de tubarão
Os tubarões protegem bem as crias, tal como muitos carnívoros de topo
Em vez de produzirem enormes quantidades de ovos, cada qual com pouquíssimas possibilidades de sobrevivência, os tubarões produzem entre 2 a 100 crias de cada vez. Este número é muito inferior ao da maioria dos peixes. A fertilização é interna, com o macho a usar um par de clásperes, de forma semelhante a um pénis.
Algumas espécies mais pequenas põem ovos protegidos por um revestimento semelhante a couro e frequentemente depositados em fendas. A maioria dos tubarões, porém, retém os ovos no interior da fêmea; são portanto, ovovíparos, ou seja, todos os nutrientes de que o embrião necessita provêm da gema do ovo. Apenas em algumas espécies, incluindo o tubarão martelo e o tubarão tigre, os embriões são alimentados através de uma placenta ligada á mãe.
Em muitas espécies, o primeiro tubarão a eclodir come os restantes ovos no oviduto; o cação mangona recém-nascido come até outros embriões em desenvolvimento. Os tubarões têm grandes períodos gestacionais – até 24 meses, em algumas espécies.
Fonte: quero saber Outubro 2010