quinta-feira, 23 de junho de 2011

O preço do crescimento económico na China

22-06-2011 14:42:00
O preço do crescimento económico na China
Um pescador segura a sua rede de pesca na foz de um rio em Wuhan, na província de Hubei. Mais de metade das cidades chinesas estão afectadas pelas chuvas ácidas e um sexto dos maiores rios estão tão poluídos que a água nem sequer pode ser utilizada para a agricultura, informou um responsável do Governo referindo-se ao preço ambiental do "boom" económico do país. Foto: Darley Wong/Reuters
Publico

Reflorestar «não resolverá» problema do aquecimento global



Apesar de as florestas serem importantes nos níveis de carbono, os projectos de reflorestamento só terão um impacto limitado no aquecimento global, destacou um estudo publicado na revista científica Nature Geoscience.
Vivek Arora, da Universidade de Victoria, no Canadá, e Alvaro Montenegro, da Universidade de St. Francis Xavier, também no Canadá, desenvolveram cinco modelos de reflorestamento durante 50 anos, de 2011 a 2060.
Os cientistas examinaram os seus efeitos no solo, na água e no ar se a temperatura da superfície terrestre aumentasse 3º C em 2100 com relação aos níveis pré-industriais de 1850.
O resultado demonstra que mesmo se todas as terras cultivadas do mundo fossem reflorestadas, isto só bastaria para reduzir o aquecimento global em 0,45º C no período 2081-2100.
Isto explica-se em particular porque são necessárias décadas para que os bosques sejam suficientemente velhos para captar o CO2 que fica «armazenado» durante séculos na atmosfera.
Um reflorestamento de 50% das terras cultivadas só limitaria a elevação da temperatura em 0,25º C.
Evidentemente, nenhuma destas projecções é realista, uma vez que as terras cultivadas são essenciais para alimentar a população do planeta, onde em 2050 viverão 9 mil milhões de pessoas.
Segundo os outros três modelos, reflorestar as regiões tropicais é três vezes mais eficaz para «evitar o aquecimento» do que fazê-lo em latitudes mais elevadas ou em regiões temperadas.
Os bosques são mais escuros do que as terras cultivadas e, portanto, absorvem mais calor. Plantar florestas num solo coberto de neve ou de cereais de cor clara diminui o denominado «efeito albedo», que é a quantidade de luz solar reflectida do solo para o espaço.
«O reflorestamento em si não é um problema, é positivo, mas as nossas conclusões indicam que não é uma ferramenta para controlar a temperatura se gases com efeito de estufa continuarem a ser emitidos como se faz actualmente», disse Montenegro.
«O reflorestamento não pode substituir a redução de emissões de gases de efeito estufa», concluiu o estudo.
O abate de árvores, sobretudo nas selvas tropicais, é causador de 10% a 20% das emissões de gases com efeito de estufa do planeta. 
Diário digital

Humanos podem causar sexta extinção em massa




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Por Natasha Romanzoti em 21.06.2011 as 18:17RSS RSS Feeds
Segundo especialistas, os oceanos estão em pior estado do que se suspeitava. Em um novo relatório, eles alertam que a vida nos oceanos está em alto risco de entrar numa fase de extinção de espécies marinhas sem precedentes.
Questões como a sobrepesca, a poluição e a mudança climática são as culpadas pela situação. Os impactos já estão afetando a humanidade.
As mudanças “aceleradas” pelo homem incluem derretimento de gelo na Groelândia e na Antártida, aumento do nível do mar e liberação de metano no leito do mar. A taxa de “destruição” é muito superior a que os especialistas previam mesmo dois anos atrás.
Desde pesca em zonas temperadas, recifes de coral ou gelo do mar Ártico, tudo está passando por mudanças a um ritmo muito mais rápido do que o esperado. Mas mais preocupante do que isso são as maneiras pelas quais as diferentes questões agem sinergicamente para aumentar as ameaças à vida marinha.
Alguns poluentes, por exemplo, grudam nas superfícies de pequenas partículas de plástico que flutuam pelos oceanos. Isso aumenta a quantidade desses poluentes serem consumidos por peixes que são a base da alimentação de algumas populações.
Partículas de plástico também auxiliam o transporte de algas, aumentando a ocorrência de proliferação de algas tóxicas (também causada pelo fluxo de poluição proveniente de terras agrícolas).
Em um sentido mais amplo, a acidificação dos oceanos, o aquecimento da poluição e a pesca predatória estão agindo em conjunto para aumentar a ameaça aos recifes de coral, tanto que três quartos dos recifes do mundo já estão em grave risco de declínio.
A vida na Terra já passou por cinco “eventos de extinção em massa” causados por situações como impactos de asteroides. O impacto combinado da humanidade, segundo os especialistas, pode causar um sexto evento desse tipo.
Embora seja cedo para dizer definitivamente, as tendências são de tal ordem que é provável que aconteça – e muito mais rápido do que qualquer um dos cinco anteriores.
O relatório também observa que os eventos de extinção em massa anteriores foram associados com tendências que são observadas agora: distúrbios do ciclo do carbono, acidificação e hipoxia (diminuição de oxigênio) na água do mar.
Por exemplo, os níveis de CO2 absorvidos pelos oceanos já são muito maiores do que durante a grande extinção de espécies marinhas 55 milhões de anos atrás (durante o Paleoceno-Eoceno Máximo Termal).
As recomendações imediatas dos especialistas incluem o impedimento da pesca de exploração, com ênfase especial em alto-mar, onde atualmente há pouca regulação; o mapeamento e, em seguida, a redução de entrada de poluentes, incluindo plásticos, fertilizantes agrícolas e dejetos humanos e reduções drásticas nas emissões de gases de efeito estufa.
Os níveis de dióxido de carbono estão tão altos que formas de tirar o gás da atmosfera precisam ser pesquisadas urgentemente. Os especialistas estimam que as emissões de CO2 precisam alcançar zero dentro de cerca de 20 anos.
Segundo eles, está claro o que vai acontecer; basta saber se faremos algo para mudar.[BBC]
Por: Hypescience

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Portugueses dispostos a pagar mais para comprar produtos amigos do ambiente


Actualizar: 20-06-2011
Portugueses dispostos a pagar mais para comprar produtos amigos do ambiente
Bruxelas, 20 jun (Lusa) - A maioria dos portugueses está disposta a comprar produtos amigos do ambiente mesmo que estes custem mais caro e apesar da c...
Bruxelas, 20 jun (Lusa) - A maioria dos portugueses está disposta a comprar produtos amigos do ambiente mesmo que estes custem mais caro e apesar da crise económica, de acordo com um inquérito da Comissão Europeia publicado hoje em Bruxelas.
O último inquérito realizado pela Comissão Europeia revela que o Ambiente constitui uma importante preocupação pessoal para mais de 90 por cento dos inquiridos em todos os Estados-Membros.
Quando questionados sobre se estão prontos a comprar produtos amigos do ambiente mesmo que estes custem um pouco mais caro, 59 por cento dos portugueses entrevistados reponderam afirmativamente, uma percentagem que sobe para 72 por cento no conjunto da UE (União Europeia).
Uma grande maioria dos europeus concorda que uma utilização mais eficiente dos recursos naturais e a proteção do ambiente podem promover o crescimento económico na UE.
Apenas 46 por cento dos portugueses afirma estar "bem informado" sobre questões ambientais, uma percentagem que sobe para os 60 na UE.
Não obstante a crise económica, quase nove em cada 10 europeus consideram que a UE deveria financiar a promoção de actividades respeitadoras do ambiente.
Este inquérito foi realizado nos 27 Estados-Membros da União Europeia entre 13 de abril e 8 de maio de 2011.
Foram entrevistadas frente-a-frente e na sua língua materna, em nome da Direção-Geral Ambiente da Comissão Europeia, cerca de 26.825 pessoas de grupos sociais e demográficos distintos em toda a UE dos quais 1.026 em Portugal.
FPB.
Lusa/Fim

segunda-feira, 20 de junho de 2011



5 formas de reduzir exposição à toxinas em casa


5 formas de reduzir exposição à toxinas em casa

Por Natasha Romanzoti em 16.06.2011 as 18:13RSS RSS Feeds

É pai ou mãe de primeira viagem? Não se preocupe. Sabemos que você precisa de conselhos práticos para ajudá-lo a proteger seus filhos dos riscos de saúde desse mundo, muitas vezes ligados a substâncias químicas tóxicas encontradas dentro e ao redor de sua casa.
Especialistas ambientais e de saúde canadenses emitiram hoje uma lista das melhores maneiras de reduzir cinco fontes comuns de toxinas associadas com riscos para a saúde de crianças. Confira:
1 – SE LIVRE DO PÓ
“A poeira doméstica é a principal fonte de exposição da criança a substâncias tóxicas como chumbo, que, mesmo em níveis muito baixos, é conhecido por ser prejudicial ao cérebro em desenvolvimento”, disse Bruce Lanphear, especialista em saúde ambiental.
A poeira doméstica pode ser mantida à distância com um aspirador ou pano úmido, que têm que ser passados semanalmente na casa. É recomendado limpeza duas vezes por semana se você tiver uma criança engatinhando. Apenas varrer não é muito aconselhável porque circula o pó de volta para o ar.
Além disso, tirar seus sapatos na porta irá minimizar a quantidade de sujeira e produtos químicos potencialmente perigosos que você traz da rua. Livrar-se da desorganização e armazenar brinquedos em recipientes fechados também ajuda a reduzir os níveis de poeira.
2 – PRODUTOS DE LIMPEZA ECOLÓGICOS
Os especialistas recomendam que você mude para produtos de limpeza simples e não tóxicos. Bicarbonato de sódio pode ser usado para esfregar pias e banheiras, enquanto vinagre misturado com água funciona bem para a maioria das superfícies, incluindo janelas e pisos.
Os pesquisadores afirmam que água sanitária não é necessária para a maioria das tarefas de limpeza, e que purificadores de ar devem ser evitados. Para roupa, escolha detergentes sem perfume e evite usar secador, porque as fragrâncias dos produtos podem conter substâncias químicas potencialmente prejudiciais. Se quiser fazer “lavagem a seco”, procure um local que use métodos não tóxicos.
3 – MANTENHA REFORMAS SOB CONTROLE
Projetos de renovação representam uma ameaça para crianças e mulheres grávidas, com poeira contaminante e vapores tóxicos de tintas, colas e etc., que podem causar danos neurológicos.
Todas as áreas de reforma devem ser isoladas do resto da casa através de plástico e fita adesiva, e aberturas de aquecimento e arrefecimento devem ser fechadas. Controlar a poeira é especialmente importante em casas construídas antes de 1978, porque sua poeira de reforma pode conter níveis elevados de chumbo.
As crianças e mulheres grávidas devem ficar longe de qualquer área de reforma para evitar a exposição a substâncias potencialmente nocivas. Se você está pintando, selecione tintas menos tóxicas, o mesmo para acabamentos e colas, comprando produtos rotulados como “sem VOC” ou com “baixo VOC”.
4 – CUIDADO COM PLÁSTICO
Ignore rótulos que dizem que eles podem ir para o micro-ondas. Nunca coloque recipientes de plástico ou filme plástico no micro-ondas, pois eles podem passar substâncias químicas nocivas para alimentos e bebidas.
Os alimentos devem ser armazenados em recipientes de vidro ou de cerâmica ao invés de plástico, e os consumidores devem tentar comer alimentos frescos e congelados sempre que possível, para reduzir sua exposição ao bisfenol-A (BPA), produto químico usado em latas de comida e bebida. O BPA tem sido associado a uma ampla gama de potenciais efeitos na saúde, incluindo efeitos sobre o cérebro em desenvolvimento e perturbações das funções hormonais.
Também evite a compra de brinquedos, babadores, cortinas de chuveiro e outros itens que contenham PVC, um tipo de plástico macio comumente conhecido como vinil. Esses itens podem conter substâncias químicas nocivas, que foram proibidas de serem utilizadas em brinquedos em junho desse ano. Os especialistas aconselham o descarte de brinquedos velhos e mordedores feitos desse plástico.
5 – DIMINUA O MERCÚRIO
O mercúrio, um metal que é tóxico para o cérebro, é encontrado em determinados tipos de peixe e marisco, incluindo atum e espadarte. Especialistas recomendam a escolha de peixes com pouco mercúrio, tais como cavala, arenque, truta-arco-íris, salmão (tanto selvagem quanto enlatado) e tilápia. As variedades de atum em conserva são mais baixas em mercúrio do que albacora ou atum-branco.
O Departamento de Agricultura dos EUA afirma que mulheres grávidas, mulheres que podem ficar grávidas, mulheres amamentando e crianças pequenas podem comer até 373 gramas de peixes com pouco mercúrio por semana.
Especialistas recomendam que você pergunte as autoridades locais se é seguro comer peixes capturados pela sua família e amigos em lagos, rios e zonas costeiras.[LiveScience]
Por: Hypescience.

Brasil: Amazónia vai ter 'wikipédia' de botânica


Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil e a IBM assinaram protocolo


O Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil e a IBM assinaram na quarta-feira um protocolo de parceria para a criação de um portal colaborativo que partilhará informações e estudos sobre a biodiversidade da Amazónia.
·                            16 Junho 2011 

O ministério brasileiro pretende que a plataforma, com o nome de Wikiflora, fique pronta até Junho de 2012, para ser apresentada na conferência Rio+ 20 (Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável).
O sistema permitirá a investigadores e internautas compartilharem descrições e localizações de espécies de plantas da Amazónia. Todas as informações serão validadas por um grupo de especialistas.
O acervo científico poderá ser consultado pela comunidade através do portal, que contará também com ferramentas de redes sociais e referências geográficas.
Os responsáveis pela iniciativa esperam desenvolver o protótipo da "Wikiflora" em três meses, focado inicialmente apenas na Amazónia. Será avaliada a possibilidade de expandir a plataforma para outras regiões brasileiras.
Um dos objectivos da plataforma é ampliar o conhecimento sobre a flora amazónica, considerando que conhecer a importância das espécies agregaria valor à biodiversidade e ajudaria a promover a sua preservação.
A inspiração para a criação da plataforma surgiu de uma visita do ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, à Reserva Experimental Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia (Inpa).
Localizada em Manaus, no Estado do Amazonas, a reserva funciona como um grande laboratório, mas possui apenas sete botânicos para avaliar a área.
Actualmente existem 2.500 espécies catalogadas na Amazónia, que representam apenas um quinto da área total, segundo o investigador do Inpa, Alberto Vincentini.

CM

Alternativa ecológica para tratamento de águas residuais

Fito-etar instalada pela primeira vez em unidade de turismo
2011-06-16
Por Carla Sofia Flores
 
Fito-etar está completamente integrada na paisagem envolvente
O tratamento de águas residuais através de sistemas que utilizam vegetação e microrganismos é uma alternativa que tem vindo a ser implementada em Portugal ao longo dos últimos anos.
Mas agora, através de um projecto da Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica no Porto (UCP), este tipo de solução ganhou uma nova abordagem ao ser aplicado numa unidade de turismo localizada em Ponte de Lima, devido às características típicas destas instalações, como a sazonalidade dos resíduos.
Este sistema, denominado de fito-etar, é uma alternativa ecológica às etares convencionais e caracteriza-se por recorrer ao leitos de plantas e a microrganismos como meio de tratamento de águas residuais, recriando assim as condições depurativas encontradas nas zonas húmidas naturais.
“É um tratamento biológico feito através de plantas e de microorganismos que as colonizam e que promove a degradação natural dos poluentes", explicou ao «Ciência Hoje», Paula Castro, investigadora da ESB-UCP, destacando que esta alternativa promove a biodiversidade e também tem uma boa integração na paisagem.
Embora as fito-etares não sejam “uma novidade”, a sua implementação em unidades de turismo é pioneira. “Neste caso em particular, foi estudada a sua aplicação tendo em conta as características típicas das casas de turismo, como a sazonalidade das águas residuais”, referiu a investigadora. Além disso, apesar de não se pretender “substituir as estações convencionais”, em alguns casos, as fito-etares podem ser a alternativa a não se ter qualquer estação de tratamento.
Com este projecto, a ESB-UCP pretende recolher um conjunto de dados que possa ser usado noutros modelos. Paula Castro frisou que a implementação desta fito-etar em Ponte de Lima  - já há dez meses – “está a ter resultados promissores, visto que se tem verificado a degradação dos poluentes” e que “as águas tratadas têm sido aproveitadas para efeitos de rega”.

Paula Castro
Segundo a investigadora, este processo conjunto da universidade portuguesa e da unidade de turismo, que contou com a parceria com a Universidade de Aahrus, na Dinamarca,  é uma solução mais económica relativamente aos sistemas convencionais de tratamento, para além de promover a reutilização da água.
“Não há muita tecnologia de ponta envolvida nem muita necessidade de manutenção, pelo que os seus custos são mais reduzidos. É uma solução mais simples e, em muitas situações, mais apetecível”, sublinhou.
A ESB também já testou esta tecnologia em tipologias diferentes de águas residuais, como na indústria dos curtumes. Nesta situação a escolha de plantas teve de recair sobre espécies mais resistentes aos resíduos poluentes, ao contrário do que aconteceu na unidade de turismo de Ponte de Lima, em que as plantas foram "criteriosamente seleccionadas", sobretudo, tendo em conta questões ornamentais e a integração na paisagem.
Fonte: Ciência Hoje

Bruxelas alerta Portugal para incumprimento de regras sobre crimes ambientais



17.06.2011
Helena Geraldes

A Comissão Europeia deu ontem um prazo de dois meses a vários Estados membros, incluindo Portugal, para transporem as normas ambientais relativas ao direito penal e à poluição por navios.
De momento, são dez os países que falharam o prazo para transpor a Directiva que estabelece as sanções penais para as infracções ambientais (2008/99/CE). Portugal, Chipre, República Checa, Alemanha, Grécia, Itália, Lituânia, Malta, Roménia e Eslovénia deveriam tê-lo feito até 26 de Dezembro de 2010 mas não o fizeram.
Esta directiva foi criada para “assegurar que existem em todos os Estados-Membros medidas de direito penal para reagir contra violações graves das regras da UE em matéria de protecção ambiental”, explica Bruxelas, em comunicado. “A directiva inclui uma lista de violações que têm de ser consideradas infracções penais em todos os Estados-Membros, como a transferência ilícita de resíduos ou o comércio de espécies ameaçadas de extinção”.
Bruxelas chama ainda a atenção para o incumprimento da Directiva 2009/123/CE, relativa à poluição por navios por Portugal, República Checa, Finlândia, Grécia, Itália, Lituânia, Roménia e Eslováquia. “A directiva [que exige que os Estados-Membros considerem as descargas graves e ilícitas de substâncias poluentes por navios como infracções penais] devia ter sido transposta até 16 de Novembro de 2010”, salienta a Comissão. 
Ambas as directivas exigem que os Estados-Membros assegurem que as infracções penais “sejam puníveis com sanções penais efectivas, proporcionais e dissuasivas”. A Comissão Europeia considera que estas directivas “são essenciais para evitar lacunas jurídicas que, de outro modo, poderão ser exploradas pelos autores dos crimes ambientais”.
Na eventualidade de os Estados-Membros não notificarem à Comissão as medidas de execução no prazo de dois meses, a Comissão pode remeter estes processos para o Tribunal de Justiça da União Europeia. Os “pareceres fundamentados” emitidos ontem constituem a segunda das três fases do processo de infracção.
Publico

Novos mega-sismos podem ocorrer em zonas sem antecedentes históricos


Estudo japonês afirma

Um estudo japonês publicado quarta-feira revela que podem ocorrer novos sismos de grande intensidade, semelhantes ao registado no Japão a 11 de Março, em várias partes do Mundo mesmo onde não existam antecedentes históricos.
·                            16 Junho 2011 

Até ao terramoto de 11 de Março, os registos de mega-sismos, de magnitude 9,0, estavam circunscritos às regiões do Chile, Alasca, Kamtchatka e Sumatra.
"Não havia qualquer indício da ocorrência de um sismo de tamanha violência na costa do Japão, salvo talvez uma ocorrência mal documentada do ano 869", revela o estudo dos sismólogos japoneses publicado na revista científica ‘Natura’.  
Os investigadores recordam que "o nordeste do Japão já sofreu vários abalos de magnitude 7,9, mas nenhum ultrapassou os 7,5 desde o ano de 1923", além de que "não há nenhum registo histórico de um abalo superior aos 8,5 na escala de Ritcher, desde o século XVII".   
O sismo de 11 de Março "lembra-nos a possibilidade dos abalos de magnitude 9,0 ou superior poderem ocorrer ao longo de outras falhas, mesmo na ausência de antecedentes históricos", sublinhou Shinzaburo Ozawa, do grupo de investigadores da Autoridade de Informação Geoespacial do Japão.  
"As avaliações realizadas a partir dos dados históricos são insuficientes, é absolutamente necessário supervisionar a acumulação de tensões telúricas", com a ajuda de instrumentos GPS para uma melhor estimativa do risco sísmico, concluíram os cientistas.

CM

Radiação ultravioleta com níveis extremos no Funchal


Previsões do Instituto de Meteorologia


A região do Funchal, na Madeira, apresenta esta sexta-feira (17/6/2011) um nível de radiação ultravioleta (UV) extremo e outras 10 regiões contam com níveis muito altos.
·                            10h59


De acordo com o Instituto de Meteorologia, a incidência de radiação no Funchal, onde vai ser atingido o índice 11, será maior entre as 12h00 e as 17h00.   
  
O Instituto considera que o nível extremo representa perigo e pede às pessoas para evitarem o mais possível a exposição ao sol e aproveitarem para ficar em casa.  
Ao mesmo tempo, 10 regiões apresentam níveis de radiação ultravioleta muito alto, entre os índices 8 e 10, casos de Bragança, Coimbra, Évora, Faro, Lisboa, Penhas Douradas, Sines, Santa Cruz, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, as três últimas nos Açores. 
  
No caso de índice muito alto, é aconselhada a utilização de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, protector solar e guarda-sol, bem como evitar a exposição das crianças ao Sol.  
A radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível de radiação exceder os limites de segurança, de acordo com informação disponível no site do Instituto de Meteorologia.  
O índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo, consoante o índice que chega ao 11.  
As previsões para esta sexta-feira, em Portugal continental, são de céu pouco nublado, tornando-se  em geral muito nublado no litoral a norte do Cabo Raso com ocorrência de  períodos de chuva fraca ou chuvisco mais provável a partir da tarde e no Minho e Douro Litoral e aumento temporário de nebulosidade nas regiões do interior Norte e Centro a partir da tarde.  
Para o arquipélago da Madeira estão previstos períodos de céu muito nublado e possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte.  
Nos Açores, o Instituto de Meteorologia prevê, nos grupos ocidental, central e oriental períodos de céu muito nublado com boas abertas.  
Em Lisboa a temperatura máxima deve chegar aos 24 graus Celsius, em Faro de 32 e no Porto aos 20.

CM

sexta-feira, 17 de junho de 2011

13 Por cento das aves estão em perigo de extinção

Lista Vermelha foi actualizada e publicada pela União Internacional de Conservação da Natureza
2011-06-09
Pombo trocaz é espécie endémica da Madeira (Foto: Carlos Cabral/Spea)
De acordo com a Lista Vermelha de 2011, da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN), divulgada esta semana, encontra-se em perigo de extinção o maior número de espécies de aves de sempre.
Este ano o número subiu para 1253, representando 13 por cento do total das espécies de todo o mundo. Há no entanto algumas as espécies que viram o seu estatuto melhorado, entre elas consta o pombo-trocaz, da ilha da Madeira.
A Abetarda-da-índia (Ardeotis nigriceps) subiu na lista para «Criticamente em Perigo», o maior nível de ameaça. A caça, a perturbação e a perda de habitat e a sua fragmentação são as razões que contribuíram para reduzir a população desta espécie para 250 indivíduos. Com um metro de altura, pesando quase 15 quilogramas, esta ave já teve uma larga dispersão na Índia e no Paquistão, mas agora está restrita a fragmentos pequenos e isolados do restante do habitat.  
Stuart Butchart, o Coordenador Global de Pesquisa da BirdLife International afirma que “as aves são uma janela para o resto da natureza. São indicadores muito úteis da saúde do ecossistema: se estão mal, então o mesmo acontece à fauna em geral”.
“Num mundo cada vez mais lotado, as espécies que precisam de muito espaço, como a abetarda-da-índia, estão a desaparecer. No entanto, o ser humano é o que sai mais a perder a longo prazo, com a perda dos serviços que a natureza lhe proporciona”, considera Leon Bennum director da Ciência e da Política da BirdLife International.
Caso português
Para o pombo-trocaz (Columba trocaz) as notícias não são tão más, já que não se encontra num nível de perigo tão elevado e foi promovido do estatuto de «Quase Ameaçado» para a categoria de «Pouco Preocupante», na sequência das medidas de conservação e da protecção que a espécie tem no Parque Natural da Madeira.
Luís Costa, director executivo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) salienta que “este resultado é um prémio para a continuação do trabalho de conservação, e não um sinal que o trabalho terminou. A floresta de laurissilva é um sistema frágil que deve ser valorizado e alvo de medidas de conservação para que possamos manter o objectivo da salvaguarda do nosso património e biodiversidade.”
Em São Tomé e Príncipe, algumas das aves que surgem na Lista Vermelha, apresentam, segundo alguns investigadores portugueses, um risco de extinção mais acentuado do que aquele que aparece mencionado nesta publicação. O pombo-de-são-tomé, por exemplo, aparece como uma espécie “Quase Ameaçado”. Segundo Mariana Carvalho, que está a realizar um estudo de doutoramento sobre a caça em São Tomé, este devia ser reclassificado como «Em perigo», uma vez que há claros indícios do declínio da população.
Ciência Hoje

Metade do peixe consumido no mundo é criada em viveiros



15.06.2011
Helena Geraldes

Cerca de metade do peixe e crustáceos consumidos no mundo, 47 por cento, é criada em viveiros, conclui um estudo divulgado ontem em Washington e em Banguecoque. A aquacultura, diz ainda, é menos nociva para o Ambiente do que a criação de gado.
Em 2008, a Ásia forneceu 91 por cento do pescado criado em aquacultura nos lagos, rios e águas costeiras em todo o mundo, revela o relatório “Blue Frontiers: Managing the environmental costs of aquaculture”, das organizações não governamentais Conservation International e WorldFish Center. A Europa produz 4,4 por cento.
De acordo com o relatório, a carpa é a espécie mais produzida na Ásia, o salmão na Europa e na América Latina.
A enguia, salmão e camarão estão entre as espécies de aquacultura com maior impacto ambiental, devido “ao alto consumo de energia e à grande quantidade de peixe usado como ração”; do lado oposto está a criação de moluscos (mexilhões e ostras), mariscos, algas marinhas (aquelas mais abaixo na cadeia alimentar e que não necessitam de alimentação adicional).
"Com o pescado disponível na natureza a atingir níveis alarmantes e sem precedentes de esgotamento, a produção cultivada precisa ser considerada como uma alternativa”, alertou, em comunicado, Sebastian Troeng, vice-presidente de conservação marinha da Conservation International. De facto, as Nações Unidas estimam que mais de 84 por cento dos stockspiscícolas do planeta estão esgotados ou sobre-explorados.
Ainda assim, “há inúmeras preocupações bem fundamentadas sobre a aquacultura em relação aos seus impactos nos ecossistemas marinhos e na pesca extractiva”, salienta Troeng.
Aquacultura com menos impactos ambientais que pecuária
Depois de dois anos de estudos, o relatório conclui que, ainda tenha um impacto ambiental, “a aquacultura é mais eficiente do que outras formas de produção de proteína animal, como a pecuária”, nomeadamente a criação de gado bovino e suíno. “Os produtos da aquacultura contribuem menos para as emissões globais de nitrogénio e fósforo do que a carne suína e bovina, o que reduz o impacto nas alterações climáticas por quilo de alimento produzido”, explicam os autores, em comunicado.
Tendo em conta que a procura por produtos de aquacultura “continuará a crescer ao longo das próximas duas décadas”, os autores do relatório pedem uma gestão mais sustentável dos viveiros e de redução dos impactos ambientais.
"Deve haver uma troca mais ampla de conhecimento e tecnologia, com directrizes políticas e acções para promover a sustentabilidade e o investimento na pesquisa para preencher as lacunas de conhecimento”, comentou, Stephen Hall, director-geral do WorldFish Center e principal autor do relatório. “Esses esforços podem levar a uma indústria mais sustentável ecologicamente, um objectivo importante, caso queiramos responder à futura procura mundial de pescado".
Publico

Os solos do planeta estão sob ameaça



Por Bruno Calzavara em 13.06.2011 as 14:45RSS RSS Feeds

Não são apenas as geleiras e as florestas tropicais que estão em perigo em nosso planeta. Além do fantasma do aquecimento global e dos desmatamentos fora de controle, os solos da Terra estão sob maior ameaça do que nunca.
Segundo cientistas, em algumas partes do mundo as perdas por erosão ultrapassam a taxa natural de formação do solo. A intensidade da atividade humana está afetando a capacidade do solo de produzir alimentos, armazenar o carbono da atmosfera, filtrar a contaminação do abastecimento de água e manter a biodiversidade.
Devido à crescente demanda por alimentos, a intensificação da agricultura por si só vai colocar uma enorme pressão sobre os solos ao longo das próximas décadas – e as alterações climáticas aumentam ainda mais o desafio.
Os solos são o cerne da “zona crítica” da Terra: a camada que dá suporte à vida de grande parte da humanidade e vai do topo da copa das árvores ao fundo dos aquíferos.
Steve Banwart, professor do Instituto Kroto de Pesquisa da Universidade de Sheffeld, lidera um novo programa de pesquisa internacional, denominado Observatórios de Zonas Críticas, que busca ajuda para enfrentar o desafio de manter a qualidade de nossos solos.
Existem agora mais de 30 observatórios em muitos países diferentes e eles estão começando a trabalhar juntos. Um dos objetivos desse esforço internacional é desenvolver modelos matemáticos para prever como o solo e as funções que ele desempenha vão ser afetados com a intensificação das atividades humanas. A ideia é também desenvolver solução para aumentar a produtividade de plantações, por exemplo, sem comprometer as outras funções do solo.[ScienceDaily]
Por: Hypescience