sábado, 28 de janeiro de 2012

Um possível desastre ecológico que ninguém comenta: a acidificação dos oceanos


Por Natasha Romanzoti em 24.01.2012 as 11:14RSS RSS Feeds
Chaminés, fornos e tubos de escape de carros são algumas fontes que liberam dióxido de carbono para o ar. Parte desse dióxido acaba dissolvido na água do mar, como ácido carbônico.
Como o dióxido de carbono na atmosfera hoje em dia chega a 380 partes por milhão (ppm), enquanto os últimos milhões de anos viram oscilações entre cerca de 180 e 280 ppm, não é nenhuma surpresa que a água do mar esteja mais ácida do que durante este período recente da história da Terra.
Como sempre, não é só a dimensão dessa mudança que é importante, mas sua velocidade.
Um novo estudo tentou medir a taxa atual dessa mudança, contra o que aconteceu em épocas pré-industriais, mas ficou dependente de modelos de computador para fornecer estimativas históricas.
Apesar dessa ressalva, os números da pesquisa são surpreendentes, sugerindo que a atual taxa de acidificação é duas ordens de magnitude maior do que o que aconteceu no final da última Era Glacial.
Será que animais marinhos, plantas e ecossistemas podem viver com isso? Como os oceanos ficarão no futuro? Será que ainda vão ser capazes de nos fornecer os alimentos que precisamos?
Alguns experimentos em laboratório sugerem problemas. Por exemplo, na semana passada, uma equipe de pesquisadores australianos descobriu que níveis aumentados de CO2 na água do mar afetam a química do cérebro de peixes alterando seu comportamente.
Algumas pessoas podem dizer que o que está acontecendo não é um aumento da acidez, e sim uma queda na alcalinidade, portanto, não se pode chamar isso de acidificação.
De uma certa forma, isso está correto. Com o pH de 8,1 e caindo, a água do mar está a caminho de alcalina para neutra.
Mas isso é irrelevante. Os organismos e ecossistemas se adaptam a qualquer acidez ou alcalinidade que encontram, mas precisam de tempo para fazê-lo e, em alguns casos, por exemplo, para animais que precisam formar conchas, essa adaptação pode ser impossível.
De qualquer forma, há uma riqueza de evidências de que a acidificação dos oceanos é motivo de preocupação – talvez até mais do que os efeitos climáticos das emissões de CO2.
Algumas convenções climáticas já mencionam os problemas da acidificação. A Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável) oferece uma maneira de colocar a questão sobre as mesas de presidentes e primeiros-ministros, e é um movimento a ser ativamente prosseguido.
A Comissão Oceanográfica Internacional da Unesco é um dos organismos das Nações Unidas dedicado a falar sobre a acidificação na agenda Rio.
Tal como acontece com os impactos do clima, há uma agenda preocupada com lidar com os impactos da acidificação, bem como uma agenda preocupada com a redução da tendência em si.
Alguns anos atrás, por exemplo, os cientistas mostraram que manter a população de peixes equilibrada e saudável em um recife oferece proteção contra impactos de temperatura e acidez.
Uma solução pode ser encontrada, mas o problema precisa ser reconhecido. [BBC]
Por: Hypescience

O vídeo mais belo que você verá hoje


Por Marcelo Ribeiro em 24.01.2012 as 17:40RSS RSS Feeds
Sempre digo que explorar o fundo do mar é o mais próximo que chegarei em visitar um mundo alienígena. Todos aqueles que um dia desejaram ser astronautas vão realizar suas fantasias de exploradores de mundos desconhecidos nesta atividade.
Estas cenas espetaculares foram capturadas durante mergulhos nas ilha Fiji e Tonga. Ele mostra inebriantes corais, animais multicoloridos e exibe alguns bichos titânicos com os quais quero me encontrar um dia.
Se você tem interesse em mergulhar procure uma operadora de mergulho séria na sua região. Se não quiser investir ainda em um curso pergunte sobre a ‘aventura de mergulho’, também conhecido pelo jargão ‘batismo’. É um mergulho de pouca profundidade e baixo risco guiado por um instrutor certificado.
Se informe previamente se a escola está filiada a uma certificadora, ou seja, uma empresa internacional que fornece o método de ensino de mergulho e emite certificado aceito em qualquer outra operadora que você visitar no mundo. Eu recomendo a SSI por causa da preocupação extra com segurança e treinamento, mas há várias outras que também são adequadas. Por: Hypescience

Amazónia está a perder ‘batalha’ contra aquecimento global

Floresta tropical pode mesmo vir a ser fonte de emissão de gases poluentes
2012-01-20
As árvores da Amazónia absorvem dióxido de carbono da atmosfera
A floresta tropical da Amazónia, tradicionalmente considerada como um escudo contra o aquecimento global, poderá vir a ser uma fonte de emissão de gases poluentes devido à desflorestação, alertam investigadores num artigo publicado na revista Nature.

Segundo a Lusa, os cientistas explicam que a floresta amazónica está “em transição” devido à atividade humana, podendo ser um emissor de dióxido de carbono e aumentar o efeito de estufa na atmosfera.
Em meio século, a população da região da Amazónia no Brasil passou de seis para 25 milhões de pessoas, o que levou a uma redução da superfície florestal em benefício da agricultura e da extração de madeira, assinala o artigo.

Os investigadores sustentam que o saldo carbónico da Amazónia, isto é, a quantidade de carbono retida na atmosfera, está prestes a alterar-se.

Florestas antigas como a Amazónia são peças-chave para enfrentar o aquecimento global, já que as suas árvores absorvem dióxido de carbono da atmosfera durante o processo natural de fotossíntese.

Contudo, quando as árvores apodrecem, são queimadas ou derrubadas para dar lugar a áreas agrícolas, o carbono regressa à atmosfera, aumentando o efeito de estufa.

“A biomassa da floresta amazónica contém cerca de cem mil milhões de toneladas de carbono, o que equivale a mais de dez anos de emissões mundiais de combustíveis fósseis”, realçam os investigadores, defendendo que o aquecimento global, “ao modificar os parâmetros meteorológicos”, poderá levar à perda desta reserva.

De acordo com os cientistas, o risco de perda de carbono cresce se a seca aumentar com as alterações climáticas.
 Fonte: Ciência hoje

Intervenção prevê recuperar bosque na Serra do Alvão

Seleccionadas doze espécies autóctones num total de 780 árvores/ arbustos
2012-01-19
Serra do Alvão no projeto “Criar Bosques”. (Imagem: wikipédia)
Com o apoio da Tafibra, a Quercus vai recuperar um bosque na Serra do Alvão, concelho de Vila Pouca de Aguiar, numa área com 2,6 hectares do Sítio de Importância Comunitária Alvão/ Marão onde existem de forma dispersa pequenos carvalhais de carvalho-negral (Quercus pyrenaica).

Dos trabalhos de intervenção, a realizar até Março de 2012, destacam-se o controlo selectivo da vegetação herbácea/ arbustiva, a realização de podas, a remoção de exemplares mortos, doentes ou dominados, a plantação de espécies autóctones nas clareiras para revitalização do espaço e promoção da biodiversidade, tendo sido seleccionadas doze espécies autóctones num total de 780 árvores/ arbustos, entre outros trabalhos que vão permitir conservar este bosque.
A recuperação desta zona da Serra do Alvão dá assim continuidade a um trabalho que teve início em Setembro de 2010 com a preservação de um bosquete de carvalhos e azevinhos na Serra do Caramulo. O projeto Criar Bosques visa a sensibilização para a gestão sustentável das florestas e para a importância da madeira enquanto recurso eco-eficiente.

Segundo José Paulo Martins, da Quercus,
 “estas iniciativas são importantes para a conservação e recuperação da nossa floresta autóctone e, no caso presente, correspondem também a medidas ativas para ajudar à gestão da rede natura 2000 onde a Serra do Alvão se inclui"
Fonte: Ciência hoje

EUA: Grupo de proteção animal salvou 300 golfinhos


Sábado, 21 de Janeiro de 2012
Um grupo de proteção animal norte-americano salvou 300 golfinhos ao ajudá-los a sair do porto de Wellfeet, em Cape Cod, perto de Boston, nos EUA, onde se encontravam encalhados e corriam sérios riscos de vida.
 
Os especialistas do International Fund for Animal Welfare (IFAW) recorreram a equipamentos subaquáticos munidos de sonares e a barcos para direcionar o percurso dos golfinhos para fora do porto.
 
"Felizmente conseguimos guiá-los para fora do porto", disse Michael Booth, que coordenou as operações levadas a cabo esta semana, ao jornal The Boston Globe.
 
Quando chegaram ao local, Booth e a sua equipa aperceberam-se de que sete golfinhos se encontravam presos. Dois deles acabaram por morrer, mas o grupo conseguiu tratar os outros cinco animais e devolvê-los ao mar, além de encaminhar centenas de golfinhos para um local seguro.
 
Os cinco golfinhos resgatados foram tratados por membros do IFAW e por 20 voluntários, que avaliaram o estado de saúde dos animais através da realização de múltiplos testes, como análises sanguíneas e exames cardíacos. Posteriormente, voltaram a colocá-los no oceano, em Provincetown.
 
Cape Cod é um dos três locais do mundo, a par da Nova Zelândia e da Austrália, onde os golfinhos mais costumam encalhar. Segundo o IFAW, entre Janeiro e Abril, as ocorrências tendem a ser massivas.
 
"Ninguém sabe por que motivo acontece, mas baleias e golfinhos têm ficado encalhados em grande número em Cape Cod desde há centenas de anos", afirmou Katie Moore, responsável pelo salvamento de mamíferos marinhos do IFAW. "A topografia de Cape Cod é provavelmente uma das justificações", acrescentou.
 
Após a libertação dos golfinhos salvos, Michael Booth disse à imprensa que o grupo espera fazer mais resgates nos próximos dias. "Estamos a preparar-nos", contou Booth. "Vamos limpar todo o nosso equipamento e esperamos ter outro dia ocupado amanhã", finalizou.
Fonte: BOAS NOTICIAS

Primeiro tubarão híbrido é descoberto na Austrália


Por Stephanie D’Ornelas em 12.01.2012 as 10:15RSS RSS Feeds
Foram descobertos os primeiros tubarões híbridos já observados no mundo, na costa leste da Austrália.
A hibridação se deu com a reprodução entre o tubarão-de-ponta-negra australiano (Carcharhinus tilstoni), que é encontrado no litoral do país, com a do tubarão-de-ponta-negra (Carcharhinus limbatus) de outros lugares do mundo.
Embora a distribuição de espécies geneticamente distintas seja grande ao longo da costa leste e norte australiana, a constatação de que essas duas espécies de tubarões acasalaram e produziram descendentes é sem precedentes, de acordo com a equipe de pesquisadores da Universidade de Queensland, que fizeram a descoberta.
Foram identificados 57 híbridos em cinco lugares, abrangendo mais de dois mil quilômetros ao longo da costa australiana.
Cientistas afirmam que isso pode ter sido impulsionado pela mudança climática, e animais desse tipo podem ser mais comuns no futuro. [MSN]
Fonte: Hypescience

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cogumelos ajudam a decompor fraldas descartáveis


Quarta-feira, 04 de Janeiro de 2012
Os cogumelos reduzem o longo período de decomposição das fraldas descartáveis, cuja difícil eliminação é um problema para a sociedade moderna, de acordo com uma descoberta de investigadores da Universidade Metropolitana da Cidade do México.

Por norma, a decomposição pode demorar séculos e, para tentar combater esta realidade, a equipa de Alethia Vázquez-Morillas testou uma nova hipótese com resultados surpreendentes publicados na revista científica Waste Management.

De acordo com o portal Tree Hugger, os cientistas cultivaram nas fraldas depositadas em aterros sanitários uma espécie particular de cogumelos (os chamados "cogumelos-ostra") e observaram que estes conseguiram destruir em 90% o material das fraldas em apenas dois meses. Após quatro meses, as fraldas encontravam-se decompostas por completo.

A explicação para esta ação está no facto de os cogumelos utilizados na experiência se alimentarem de celulose, o material principal na composição das fraldas descartáveis.

Embora a possibilidade gere algumas controvérsias, a coordenadora da investigação defende ainda que estes cogumelos são comestíveis, limpos e seguros independentemente de terem sido utilizados no processo em questão. 

O cultivo desta espécie de cogumelos em fraldas descartáveis poderá, então, vir a assumir-se como uma alternativa para o problema, diminuindo drasticamente o seu tempo de decomposição em benefício do ambiente.

[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]
Fonte: Boas notícias.pt

Desenvolvido material que absorve poluição


Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2012
Uma equipa de investigadores da Universidade do Sul da Califórnia desenvolveu um material inovador com grande potencial na absorção de dióxido de carbono (CO2) diretamente da atmosfera. A investigação foi publicada, no passado mês de Novembro, no Journal of the American Chemical Society. 

Segundo o estudo, o grupo criou um material sólido à base de ácido silícico pirogénico impregnado com um polímero denominado de 'polietilenimina' que funciona como um filtro capaz de absorver CO2.

O material apresenta uma alta capacidade de absorver o excesso de CO2 que resulta do uso de combustíveis fósseis, podendo, por isso, vir a ser útil no combate às alterações climáticas resultantes da crescente concentração de dióxido de carbono, gás responsável pelo efeito de estufa do planeta.

Recorrendo a um filtro de polietilenimina, o material pode ainda ser utilizado para remover CO2 de fontes diluídas como, por exemplo, lares onde se utiliza aquecimento e escapes de carros. Depois será possível a extração do gás para utilização industrial ou armazenamento e reutilizar o filtro sem que se perca qualquer eficácia.

Com esta nova descoberta foram obtidas “algumas das maiores taxas de remoção de dióxido de carbono da atmosfera de que há registo em conduções húmidas”, lê-se no artigo publicado no Journal of the American Chemical Society.

O material funciona em condições ambientais amenas e em ambientes secos e húmidos e o facto de ser sólido contorna “os problemas associados às atuais tecnologias de separação do CO2 que dependem do uso de depuradores à base de aminas líquidas”.

O seu recurso torna-se especialmente vantajoso por ser barato (uma vez que o polímero utilizado não é dispendioso), não exigir o consumo de muita energia e poder ser regenerado.

Clique
 AQUI para aceder ao artigo publicado na publicação científica Journal of the American Chemical Society.

[Notícia sugerida por Ana Guerreiro Pereira]
Fonte: Boas notícias.pt

Chimpanzé sabe acender uma fogueira e cozinhar


Segunda-feira, 02 de Janeiro de 2012
Clique no link abaixo para ver um vídeo de Kanzi a cozinhar numa fogueira
Um chimpanzé de 31 anos que vive no estado norte-americano do Iowa adora acender fogueiras e cozinhar a sua própria comida. Kanzi é um dos oito chimpanzés que vivem com Sue Savage-Rumbaugh, uma das maiores especialistas mundiais em linguagem e comportamento dos primatas.

Segundo o jornal britânico Daily Mail, Kanzi, o chimpanzé, começa por recolher os galhos, partindo-os em pedaços mais pequenos logo de seguida e amontoando-os no chão. É então que acende um fósforo e ateia fogo à pequena montanha de madeira. Quando as chamas começam a crepitar, Kanzi coloca uma grelha por cima, sobe a qual dispõe os alimentos que pretende grelhar.

Para a investigadora, o fascínio de Kanzi pelo fogo é sinal de uma grande inteligência. “Ele faz fogo só porque quer. Já viu o filme ‘Quest for Fire’, que conta a forma como o Homem começou a tentar controlar o fogo, centenas e centenas de vezes, e adora-o. Fica completamente encantado!”, conta Sue, também responsável pelo Great Ape Trust, em Des Moines, Iowa.

Para além da televisão, Kanzi (que significa ‘Tesouro’ em swahili) fica deslumbrado com as fogueiras montadas no campo pelos seus tratadores, para cozinharem. Com apenas cinco anos, foi encorajado a fazer os seus pequenos montes de galhos secos, aprendendo logo de seguida a acender um fósforo.

“Fazer fogo é um dos mais importantes momentos da evolução da nossa espécie”, lembra Sue Savage-Rumbaugh. “Quando o Homem aprendeu a controlar o fogo e a domesticar os cães começou a sentir uma outra segurança que o libertou e o permitiu tornar-se ainda mais criativo”.

Embora Kanzi não fique muito próximo da fogueira para ver se esta continua a arder, vai-lhe colocando mais madeira sempre que a vê enfraquecer.

Adora cozinhar marshmallows (goluseima norte-americana), espetando-os na ponta de um galho para que assem devagar, sem se queimarem. Além disso, sabe como colocar uma frigideira sob a chama e fritar hambúrgueres. No fim de tudo cozinhado, Kanzi segue as instruções dadas por Sue e apaga o fogo com a ajuda de água.

[Notícia sugerida por Raquel Baêta e Vítor Fernandes]

BOAS NOTÍCIAS

Borboleta-azul ganha reserva protegida em Portugal


Segunda-feira, 09 de Janeiro de 2012
Uma borboleta rara no nosso país e protegida a nível europeu, a borboleta azul, tem agora uma reserva em Portugal. A Quercus adquiriu um terreno de 3.500 metros quadrados, em Castro Daire, para preservar esta espécie que conta com a colaboração das formigas para sobreviver.

A nova micro-reserva está situada na Serra de Montemuro, no norte do país, onde foi recentemente identificada uma população da espécie, cuja ocorrência é muito rara em Portugal, sendo considerada uma espécie quase ameaçada de extinção.

A estratégia de sobrevivência da borboleta-azul é, talvez, a mais surpreendente de todas as 135 espécies de borboletas diurnas conhecidas em Portugal, segundo explica a Quercus em comunicado.

Quando os ovos destas borboletas eclodem dão origem a minúsculas lagartas que vão consumindo a cápsula floral durante duas ou três semanas. Depois, as lagartas deixam-se cair ao solo e esperam ser adoptadas por formigas do género Myrmica, que as irão transportar até ao formigueiro, pensando tratar-se de larvas de formiga perdidas.

Uma vez no formigueiro, as lagartas da borboleta-azul vão consumindo centenas de larvas de formiga, dando em troca uma substância açucarada ao formigueiro.

No ano seguinte ao da adopção, no Verão, dá-se o processo de transformação em crisálida, sendo que uma semana depois eclode a borboleta, que rapidamente procura uma saída do formigueiro, pois a química que iludiu as formigas deixa de funcionar e rapidamente passa a ser considerada um inimigo.

Os urzais-tojais e os cervunais, prioritários para a conservação da biodiversidade por parte da União Europeia, são os únicos habitats onde se encontra esta borboleta.

Em Portugal apenas são conhecidas populações da espécie no Parque Natural do Alvão e na Serra de Montemuro. Esta população da Serra de Montemuro, que vai agora ser objeto de proteção, foi descoberta pelo TAGIS – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, organização com a qual a Quercus tem um protocolo de cooperação.

[Notícia sugerida por Vítor Fernandes e Maria de Sousa
Fonte: Boas notícias

Tecido que se lava sozinho


Sexta-feira, 16 de Dezembro de 2011
E se a roupa passasse a ter o poder de ser lavar sozinha? Esta solução mágica pode estar bem perto de acontecer já que um grupo de cientistas chineses conseguiu desenvolver um tecido de algodão que elimina manchas de sujidade e bactérias quando fica exposto à luz do sol.
Se o seu cesto da roupa suja está sempre cheio de roupa por lavar, esta pode ser a solução ideal para si. O novo tecido criado pela Universidade Shanghai Jiao Tong, na China, liberta um cheiro desodorante, além de eliminar a sujidade em apenas duas horas de exposição ao sol.
O tecido está coberto com um composto especial de dióxido de titânio que desfaz a sujidade e as manchas quando entra em contacto com a luz do dia.
O composto já está a ser usado em vários equipamentos como janelas, casas de banho, cozinhas e até em meias contra os maus odores.

Esta invenção de tecidos que se "autolimpam", já tinha sido desenvolvida mas estava dependente dos raios ultravioleta, que representam apenas uma fração da luz solar.

Agora os cientistas adicionaram nitrogénio, prata e iodo ao composto, o que intensifica e acelera o processo de limpeza à luz do sol. Com o novo composto, bastaram apenas duas horas de luz solar para que uma nódoa de laranja desaparecesse do tecido “mágico”, segundo informação publicada no jornal Applied Material & Interfaces.

Outra nota positiva desta invenção, é o facto de o composto continuar ativo mesmo que o tecido seja submetido a várias lavagens.

Citados pelo jornal Daily Mail, Mingce Long e Deyong Wu, os autores do estudo, afirmam que em breve se poderá aplicar este composto em todo o tipo de vestuário – desde calças de ganga a meias e camisolas - que assim passarão a necessitar de muito menos lavagens.

Clique
 AQUI para aceder ao resumo do estudo publicado na Applied Material & Interfaces.
Fonte: Boas notícias.pt

Cientistas descobrem novas espécies no Índico


Sexta-feira, 30 de Dezembro de 2011
Um grupo de investigadores da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, encontrou novas espécies marinhas nas zonas mais profundas do mar, enquanto pesquisava as aberturas de vulcões submarinos no Oceano Índico, avança a BBC.

As imagens capturadas na cadeia de montanhas submarinas no sudoeste do Oceano Índico, foram efetuadas com a ajuda de um robô, o Kiel 6000, do Instituto de Ciências Marinhas de Leibniz, na Alemanha. E, de acordo com a BBC, os investigadores encontraram novas criaturas de várias espécies como moluscos e crustáceos.

"Esperava encontrar nestes respiradouros do Índico algumas semelhanças com as espécies que habitam em ecossistemas idênticos no Atlântico e em outras aberturas do Oceano Índico, mas também encontrámos animais que não são conhecidos em nenhuma destas áreas, e isto foi uma grande surpresa", referiu o professor Jon Copley, investigador responsável pelo projeto, em declarações à BBC.

"Uma das (novas) espécies descobertas foi um tipo de caranguejo yeti. Atualmente estão catalogadas duas espécies de caranguejo yeti no Oceano Pacífico. Esta espécie descoberta no Indico não é como as outras, mas é o mesmo tipo de animal, com braços longos e cabeludos", revelou o investigador.

"Também encontramos alguns pepinos-do-mar, desconhecidos dos respiradouros do Atlântico ou da Cadeia Central Índica, mas que são conhecidos no Pacífico", acrescentou.

A diversidade e a ameaça da manutenção dos respiradouros vulcânicos

Com estas descobertas os cientistas britânicos estão confiantes de que podem descobrir mais sobre a vida destas espécies que se movimentam nas aberturas vulcânicas submarinas. Isto porque, os respiradouros têm vida curta e caso as criaturas que habitam a área não tenham habilidade de se mover de um ecossistema para outro, a vida nestas regiões seria extinta.

Por outro lado, os investigadores temem pelo futuro desta região, uma vez que a China obteve uma licença  concedida pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, entidade que regula a exploração nos oceanos, para explorar o potencial de mineração destes respiradouros.

Os respiradouros hidrotermais foram descobertos inicialmente em 1977. Estes são fissuras no fundo do oceano que expelem água a elevadas temperaturas e muito rica em minerais. Mesmo contendo água muito quente estas áreas podem conter ecossistemas variados.

[Notícia sugerida por Raquel Baêta]
Fonte: Boas notícias.pt

População de linces ibéricos triplica em Espanha


Quinta-feira, 22 de Dezembro de 2011
A população do Lince Ibérico, espécie em vias de extinção, triplicou na província de Andaluzia, em Espanha, anunciou recentemente o Departamento do Meio Ambiente da região no seu site oficial.
 
Os dados do censo anual realizados por este organismo revelaram que o número de espécies subiu de 94, em 2002, para 298 em 2011 o que, de acordo com os responsáveis, é um excelente resultado.
 
O aumento da população de linces deve-se aos projetos de conservação desenvolvidos na Andaluzia, em particular o projeto Life Iberlince, apoiado pela União Europeia e que junta 18 empresas e organizações não-governamentais com o objetivo de fazer crescer em 66% o número de animais da espécie nos próximos cinco anos.
 
Em última instância, o que se pretende é restaurar a distribuição histórica do lince ibérico nas áreas da Andaluzia, Castilla-La Mancha, Extremadura e Portugal e estabelecer novas áreas identificadas como apropriadas.
 
A este propósito, é de realçar que, embora muitos dos linces se encontrem em cativeiro por razões de segurança, também a superfície de distribuição da espécie em vida selvagem aumentou. O território dos linces ibéricos alargou-se para os 816 quilómetros quadrados este ano, quando em 2010 tinha apenas 709.
 
Apesar das boas notícias, o Departamento do Meio Ambiente alerta para o facto de o Lince Ibérico, um dos animais mais representativos da Península, continuar a precisar de enorme proteção e correr sérios riscos de extinção, pelo que muitas mais campanhas serão necessárias
Fonte: Boas notícias.pt

sábado, 14 de janeiro de 2012

Fontes hidrotermais da Antárctida revelam espécies desconhecidas


Ana Hilário, da Universidade de Aveiro, participou neste estudo internacional
2012-01-10
Por Luísa Marinho
Alex Rogers, coordenador do estudo, e Ana Hilário, do CESAM
Além da sua “forte importância geológica”, pois encontram-se nas zonas de junção de placas tectónicas, as fontes hidrotermais são também importantes pela sua diversidade biológica. Ana Hilário, da Universidade de Aveiro (Centro de Estudos do Ambiente e do Mar – CESAM), participou numa investigação que a levou a fontes hidrotermais nos fundos marinhos do East Scotia Ridge, Antárctida, no âmbito do Programa Census of Marine Life.
O estudo, que foi coordenado por Alex Rogers, professor do Departamento de Zoologia da Universidade de Oxford, está agora publicado na revista «PLoS Biology».
Em conversa com o «Ciência Hoje», a investigadora explicou que “foram encontradas espécies até agora desconhecidas”, como o chamado ‘caranguejo yeti’ ou uma estrela predadora com sete braços. Foram também encontradas “combinações de espécies ainda não registadas, como a existência, no mesmo habitat, de caranguejos e percebes”.
Nas fontes hidrotermais as condições são extremas. “O fluído que sai da chaminé está 400 graus célsius e a água ao seu redor ronda os 8/12 graus”, explica. Além disso, são libertados químicos tóxicos. “A maior parte das formas de vida usa-os como fonte de energia. Dependem não da fotossíntese, mas sim da quimiossíntese”, diz a investigadora.
“Havia razões biogeográficas para querermos estudar estas fontes. Já conhecíamos o Atlântico, o Pacífico, o Índico. Faltava a conexão que seria a Antárctida”. Aqui, as fontes hidrotermais albergam  “fauna completamente diferente” da que se conhecia até agora.
“Não só encontramos espécies que não conhecíamos como demos conta de combinações de espécies que não tínhamos ainda registado”. A investigação envolveu três missões em três anos sucessivos – 2009, 2010 e 2011. “No primeiro foi só feita observação e nos dois seguintes recolhemos amostras. Estamos agora a fazer a descrição formal das espécies novas e tentar obter financiamento para continuar as investigações”.
O estudo engloba, além da investigadora do CESAM/UA, a única portuguesa a assinar o artigo, investigadores das universidades de Oxford, Southampton, Bristol, Newcastle e St Andrews, bem como o centro de investigação norte-americano Woods Hole Oceanographic Institution e o espanhol Institut de Ciències del Mar.
Artigo: The Discovery of New Deep-Sea Hydrothermal Vent Communities in the Southern Ocean and Implications for Biogeography
Fonte: Ciência hoje