domingo, 12 de maio de 2013

Plantas exóticas em Portugal

Legislação:
O decreto-lei n.º 565/99 é muito claro: “É proibida a disseminação ou libertação na natureza de espécies não indígenas visando o estabelecimento de populações selvagens.” Isto porque as plantas alienígenas podem tornar-se infestantes (reproduzindo-se rapidamente e ocupando áreas extensas, sem a intervenção do homem) e, quando tal acontece, tornam-se uma ameaça para a biodiversidade e ecossistemas naturais, afetando igualmente a produção agrícola e florestal, a saúde pública e a economia. Além disso, são muito difíceis de eliminar e o seu controlo é muito dispendioso.
A criação e atualização da legislação é um primeiro passo fundamental para lidar com este problema. A maior crítica feita á lei vigente é que não inclui todas as espécies verdadeiramente perigosas, apresentando exceções que permitem a introdução de espécies estrangeiras para fins agrícolas e florestais. Mas existem outras medidas igualmente importantes, como a preparação de técnicos capazes de detetar e aplicar metodologias de controlo e erradicação de espécies invasoras ou a formação e informação dos comerciantes de plantas ornamentais. Através de um questionário realizado pelo PIP a empresas ligadas ao manuseio de plantas (viveiros, floristas, etc.) ficou a saber-se que 43% das que responderam tinha disponível antes da publicação daquele decreto-lei, algumas espécies consideradas como invasoras, e 59% referiram que os seus clientes continuavam a mostrar interesse por algumas espécies consideradas invasoras como a terrível mimosa (Acacia dealbata).

 
Cada cidadão pode também dar o seu contributo através de comportamentos informados e responsáveis. Eis algumas coisas que pode fazer:

Não transporte espécies para fora dos locais de onde elas são nativas.

Ao comprar plantas, prefira as espécies autóctones; se optar por exóticas, informe-se previamente do seu caráter invasor (é importante aprender a identificar as espécies infestantes e evitar a sua utilização).

Quando limpar o seu jardim ou terrenos de cultivo, não deite restos de vegetais exóticos na Natureza.

Participe em ações de controlo de espécies invasoras (quanto mais cedo for a sua deteção, mais fácil e barato se tornará a sua erradicação.

Super interessante nº168 – Abril de 2012
Telene útil - SOS ambiente: 808200520

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Comissão Europeia proíbe parcialmente três pesticidas que afectam as abelhas

Portugal foi um dos oito países que votou contra a proibição, aprovada com 15 votos a favor

2013-04-30
As abelhas são vitais para o equilíbrio dos ecossistemas
Três pesticidas comuns que estão relacionados com a morte massiva de abelhas em todo o mundo foram agora proibidos (parcialmente) pela Comissão Europeia. Segundo diversos estudos científicos, os insecticidas da família dos neonicotinóides – clotianidina, tiametoxam e imidacloprida – podem afectar o sistema nervoso dos insectos, provocando-lhes paralisia e morte. Não têm, no entanto, riscos para a saúde humana.
O desaparecimento de milhões de abelhas, vitais para o equilíbrio dos ecossistemas, é desde há vários anos uma grande preocupação. O chamado “distúrbio do colapso das colónias” já diminuiu em grande percentagem a população destes animais. A decisão baseia-se no princípio de precaução e foi tomada a partir das conclusões de um relatório da Agência Europeia da Segurança Alimentar (European Food Safety Authority - EFSA).

Na votação levada a cabo, a Comissão Europeia decidiu a favor da proibição, com 15 Estados a votarem a favor (Espanha, Alemanha, França, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Estónia, Chipre, Letónia, Luxemburgo, Eslovénia, Malta, Países Baixos, Polónia e Suécia) e oito contra (Reino Unido, Itália, Portugal, República Checa, Áustria, Hungria, Roménia e Eslováquia).
O comissário europeu da Saúde, Tonio Borg, recordou que as abelhas são “vitais para o ecossistema, pois desempenham um papel fundamental na polinização, sendo que a sua contribuição para a agricultura europeia estima-se, anualmente, em 22 mil milhões de euros”.
O relatório da EFSA, publicado em Janeiro, relaciona os insecticidas com neonicotinóides (substâncias derivadas da nicotina) com a alta mortalidade das colónias. A Comissão Europeia sugere a modificação das condições de aprovação da clotianidina, tiametoxam e imidacloprida, restringindo o seu uso aos cultivos que não atraiam as abelhas e aos cereais de Inverno, já que a exposição aos pesticidas durante o Outono não é considerada perigosa.
Planeia também proibir a venda e o uso de “sementes tratadas” com produtos que contenham essas três substâncias (excluindo igualmente as sementes das plantas que não atraiam esses insectos e as dos cereais de Inverno).
As excepções limitar-se-ão à possibilidade de tratar cultivos em estufas ou campos ao ar livre após a floração. As restrições começam a ser aplicadas a partir de 1 de Dezembro.
Fonte: ciência hoje.pt

Ser vivo único mais velho do planeta é um pinheiro da Suécia

Por em 25.04.2013 as 14:00                         

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Por muitos anos, um certo abeto foi considerado um recém-chegado na região montanhosa da Suécia. Agora, análises acabaram mostrando o contrário – que se tratava de uma das árvores mais antigas do local.
A árvore, ou melhor dizendo, o pinheiro, que recebeu o nome de Velho Tjikko, foi encontrado na montanha Fulufjället, em Dalarna, Suécia. Sob a coroa do pinheiro, foram encontradas quatro “gerações” da árvore, na forma de cones e madeira produzidos nas partes mais altas.
A análise com carbono-14 mostrou que os restos encontrados tinham 375, 5.660, 9.000 e 9.550 anos. Como os abetos podem se multiplicar através de raízes penetrantes, eles podem produzir cópias exatas, ou clones. A árvore que está crescendo naquele local e os pedaços de madeira com 9.550 anos tem o mesmo material genético.
Os recordistas anteriores de “árvore mais velha do mundo” eram alguns pinheiros nos Estados Unidos, com idade entre 4.000 e 5.000 anos. Nas montanhas suecas, foram encontrados abetos com mais de 8.000 anos. Apesar dos verões terem sido mais frios nos últimos 10.000 anos, estas árvores sobreviveram graças à sua capacidade de criar um novo tronco depois que o antigo morria.
O curioso é que estes abetos podem ter sido plantados pelo homem 10.000 anos atrás, no fim da última era do gelo. “O homem imigrava para perto do gelo que estava recuando. Encontramos também bolotas fossilizadas, e as pessoas podem ter carregado algumas enquanto viajavam”, aponta o professor Leif Kullman, da Universidade Umeå, Suécia.
Ironicamente, a planta pode ter sobrevivido por ter ficado longe do ser humano, já que a região é de clima frio e seco, com poucos incêndios florestais, e relativamente poucos humanos vivem na área.
Mais antiga que esta árvore única, só mesmo uma floresta inteira, chamada Pando, no estado de Utah (EUA). Essa floresta de clones de choupos trêmulos (Populus tremuloides) tem 80.000 anos e é considerada como um só organismo. Neste caso, ela é o ser vivo mais antigo na Terra, além do mais pesado, com 6.000 toneladas.[Wikipedia, Scientific American, Green Living, Telegraph, Universidade Umeå]
Fonte: hypescience.com

Por que o Brasil está sendo desmatado?

Por em 18.04.2013 as 11:34                 

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Soja e criação de gado continuam sendo os vilões principais da devastação na Amazônia. É o que revela um estudo do Centro de Pesquisas Ambientais e Climáticas Internacionais de Oslo (CICERO, na sigla em inglês), da Noruega. Os cientistas explicam, no entanto, que a culpa está longe de caber exclusivamente ao Brasil. Todos os países com elevados níveis de consumo e emissões de gases têm responsabilidade sobre o problema.
Grande parte da guinada que o Brasil teve em sua economia, na última década, se deve à soja e à carne. A ampla janela de exportações (em boa parcela para países também emergentes, como a Rússia e China) ocasionou um aumento brutal do número de latifúndios e pastos, o que deu margem a níveis alarmantes de desmatamento.
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Como se não bastasse a devastação da fauna, tais atividades econômicas impulsionam a emissão de CO2. Nos últimos dez anos, o Brasil emitiu 2,7 bilhões de toneladas de gás carbônico. Deste valor, 29% estão associadas ao plantio da soja e 71% à criação de gado.
Nem só de russos e chineses, no entanto, se faz o consumo acelerado destes produtos. O próprio mercado interno brasileiro absorve ampla porcentagem da produção. Estas discussões estiveram em alta durante a tramitação do Novo Código Florestal Brasileiro, aprovado no dia 25 de maio de 2012.
Ambientalistas de várias organizações criticaram a flexibilização das leis de proteção da floresta em prol do aumento de produtividade do agronegócio. No acordo, os parlamentares brasileiros preveem anistia a empresas que desmatarem, livrando-os da obrigação de recompor a mata. A proteção sobre as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) fragilizou-se com a nova lei.
Os cientistas noruegueses afirmam que a Europa vê a proteção da floresta amazônica como um problema global, não mais limitado ao Brasil. Por essa razão, deve aumentar nos próximos anos a pressão da comunidade internacional para que as leis de proteção existentes, ainda que distantes do que os ambientalistas desejariam, sejam cumpridas. [Science Daily / Mongabay / Diário do Grande ABC]
Fonte: hypescience.com

Saúde: Três estudos confirmam benefícios das nozes

Quarta-feira, 01 de Maio de 2013   
Saúde: Três estudos confirmam benefícios das nozes
Peso mais saudável, menos açúcar no sangue e menos riscos cardiovasculares são apenas alguns dos benefícios do consumo de frutos secos de casca rija. A conclusão é de três estudos que foram apresentados no encontro Experimental Biology Meeting, em Abril, nos EUA.
 
Os estudos concentraram-se nos benefícios de frutos secos de casca rija oriundos de árvores (como nozes, amêndoas, cajus, avelãs, pinhões e pistáchios). Um dos estudos, da Universidade Loma Linda (EUA), analisou o consumo destas nozes entre um grupo de 800 adultos através de inquéritos. 
 
Os resultados indicaram que as pessoas que consumiam pelo menos uma dose de nozes por dia (28 gramas) tinham menos 7% de probabilidade de sofrer doenças cardiovasculares, diabetes e outros problemas metabólicos, independentemente da sua idade, estilo de vida ou dieta. 
 
Um segundo estudo, realizado pelo centro de Agricultura da Louisiana State University (EUA), analisou dados de mais de 14 mil adultos, registados entre 2005 e 2010, pelos serviços nacionais de saúde.

A análise dos dados revelou que os participantes que consumiram mais frutos secos registavam um peso mais saudável e menos gordura abdominal (aquela que representa mais riscos para a saúde). Além disso, tinham níveis mais elevados de colesterol bom (HDL) e uma pressão arterial mais equilibrada.

Por fim, o terceiro estudo, realizado pela Universidade de Toronto (Canadá), analisou os marcadores cardiovasculares associados ao consumo destes frutos, confirmando que o consumo diário de nozes aumenta o colesterol bom e controla os níveis de glucose (açúcar) no sangue.
 
"Estes três estudos, independentes entre si, reforçam as provas de que o consumo de nozes melhora a saúde," diz em comunicado Maureen Ternus, diretora do centro de pesquisa International Tree Nut Council Nutrition Research & Education Foundation, recomendando o consumo de "uma mão cheia" (cerca de 40 gramas) de frutos secos por dia. 

Clique AQUI para aceder ao comunicado que resume os três estudos.
Fonte: boas noticias.pt