terça-feira, 24 de junho de 2014

O nível do mar

O que é o nível do mar e como se mede?
Um marcador do nível do mar, em Israel, na estrada de Jerusalém.
Quando os cientistas mencionam o nível do mar, referem-se à altitude média da superfície oceânica, uma cifra que é útil para determinar a altitude do terreno e tendências de alterações climáticas. Esta média é difícil de calcular, devido ás forças mutáveis exercidas na Terra pelo sistema solar (gravidade, radiação,etc.), que criam ondas e marés, além de alterarem a temperatura do oceano e, logo, a sua densidade e volume. Assim, o oceano está constantemente a subir e a descer, a aquecer e a arrefecer. A sua altitude média deve, portanto, ser medida num ponto fixo, durante um largo período de tempo.
Para obter estas medições, os cientistas usam indicadores de marés (grandes tubos cilíndricos com pequenos orifícios na parte de baixo através dos quais a água passa, sendo registada por sensores eletrónicos). Graças ao seu formato simples mas engenhoso, permitem medir o nível da água, minimizando, porém, os efeitos das marés e ondas. Apesar da utilização de indicadores de marés, a força e a natureza imprevisível do oceano dificultam bastante a obtenção de medições milimétricas, pelo que, agora se recorre ainda à utilização de topologia via satélite.
O atual consenso no meio científico, com base em décadas de previsões, é que o nível do oceano está a subir a uma taxa de dois milímetros por ano.

Fonte: quero saber Dezembro – 2011 

Anemómetros de copos: velocidade dos ventos

Os anemómetros encontram-se com frequência em estações meteorológicas, mas como fornecem informações acerca da velocidade do vento?
Vários tipos de anemómetros são utilizados para medir a velocidade do vento mas o mais conhecido de todos é, talvez, o anemómetro de copos. Integra três copos, colocados a distâncias iguais nos braços perpendiculares ao eixo central. Os copos apanham o ar á medida que este passa, fazendo rodar o eixo. Ao contar o número de voltas num segundo, é possível calcular a velocidade média do vento.
Alguns anemómetros de copos integram ainda minúsculos geradores elétricos que calculam a velocidade do vento analisando a quantidade de energia criada pela rotação, em vez de contarem o número de voltas.

Fonte: quero saber Dezembro – 2011 

Tornados explicados

Porque descem os ciclones do céu e traçam um rasto de destruição
Os tornados nascem em grandes nuvens de tempestade chamadas supercélulas. Se as nuvens de tempestade normais se formam e dissipam em 30 minutos, já as supercélulas podem durar horas e espalhar mau tempo por centenas de quilómetros. Porém, a sua principal característica é a sua potente rotação no sentido contrário aos ponteiros do relógio. As supercélulas começam como trvoadas normais: o ar quente e húmido junto á superfície é empurrado para cima por uma força física, como uma frente fria. O ar condensa-se em gotas de água, ao atingir altitudes mais elevadas, formando nuvens verticais. As supercélulas crescem devido a um abundância de ar quente e húmido em baixo e de ar frio e seco em cima. Já a sua rotação deve-se a um fenómeno chamado cisalhamento do vento, uma mudança repentina da velocidade e direção. Geralmente quanto maior a altitude, mais depressa sopram os ventos. Isto cria um efeito de rodas de pás na atmosfera, gerando colunas de ar que giram em eixos horizontais. Com as supercélulas, o ar quente e baixo é sugado para cima para a tempestade, com tal força que “pega” numa destas colunas horizontais e a faz girar na vertical. O resultado é um mesociclone: uma coluna de rápida rotação no âmago da supercélula. Entretanto, a chuva e granizo que caem da supercélula são apanhados por estes ventos rotativos. Muita da precipitação evapora-se, libertando bolsas de ar frio que puxam para baixo o vórtice rodopiante. !!! À medida que estes rápidos ventos atingem o solo, o atrito abranda os efeitos da força centrífuga, estreitando o funil. A pressão de ar extremamente baixa no interior do funil age como um vácuo. Quanto mais ar é sugado para o vórtice, mais a velocidade da rotação aumenta . O tornado resultante pode gerar ventos superiores a 480Km/h, rasgar estruturas reforçadas como uma motosserra, elevar veículos pesados e arrasar casas.

Fonte: quero saber Janeiro 2011

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Florestas húmidas, alterações climáticas e desflorestação

A desflorestação das florestas húmidas está a alastrar a um ritmo alarmante, com efeitos devastadores



Os efeitos da desflorestação da Terra são graves: climas regional e global em alteração descontrolada, cheias mais frequentes e extinção de milhares de espécies de plantas e animais. As causas desta destruição são muitas, mas as mais graves são a exploração florestal e a criação de gado.
A exploração florestal resulta no derrube sistemático de árvores para serem usadas em mercados locais e internacionais. Os ambientalistas estimam que mais de 75% das florestas mundiais já foram destruidas ou degradadas devido à exploração florestal.
A criação de gado esbate os limites das florestas e aumenta cada vez mais as zonas propensas a inundações: quando as árvores são abatidas para criar pastagens, o efeito de esponja proporcionado pela floresta desaparece. Assim, em vez de absorver e distribuir aos poucos a grande quantidade de chuva que a floresta recebe, a nova zona área inunda e canaliza água para os rios próximos, que acabam por transbordar.
A redução do número de árvores também afeta os climas locais e o global: quando se perde parte da floresta, o oxigénio aí produzido, devido á fotossíntese, diminui. O sequestro (captura e armazenamento) de CO2 também é reduzido, tal como a biomassa florestal e o respetivo potencial energético, importantes para o futuro bem-estar da Terra.
Florestas húmidas
Frente a frente
Grande – Gondwana
Não é de todo a maior, mas com 3.665 Km², há muito que proteger na longa faixa de florestas tropicais húmidas da Austrália.
Maior – África

Com 3,6 milhões de Km², as florestas húmidas de África poderiam ser muito maiores, não fosse a sua intensa exploração e desflorestação.
A maior – Amazónia
Com 7 milhões de Km², a floresta húmida amazónica é a maior de todas e estende-se por vários países, incluindo o Brasil e a Venezuela.

Fonte: quero saber Novembro 2010 

terça-feira, 10 de junho de 2014

Florestas húmidas

Com uma precipitação anual de dois mil milimetros, as florestas húmidas são um ambiente único e riquissímo em vida. Lar de mais de 50 por cento das espécies da Terra, continuam a ser largamente desconhecidas.
As florestas húmidas localizam-se fundamentalmente em regiões tropicais, onde o clima é quente e húmido, permitindo a rápida e prolífera expansão de todas as formas de vida, seja flora ou fauna. Desde o coração da América do Sul, passando pelas selvas de África e da Índia, até à costa norte da Austrália, as florestas húmidas são um cenário de reprodução fantástico para processos evolutivos e desempenham um papel crucial na manutenção dos ciclos naturais a nível mundial, sendo responsáveis por mais de 28% da produção de oxigénio.
Apesar da enorme diversidade de de formas de vida que albergam e da sua importância na produção de oxigénio, as florestas húmidas ocupam menos de 6% da superfície da Terra – e devido à constante desflorestação, esta percentagem diminui todos os dias, contribuindo para a extinção de muitas espécies e provocando alterações radicais no clima de muitas regiões. Pode não ser evidente à primeira vista, mas as florestas húmidas são sistemas altamente complexos e intricados, constituídos por múltiplos estratos que escondem um fervilhar de actividade. De fato, foi só graças a recentes avanços na ciência e tecnologia que biólogos e outros investigadores puderam estudar as florestas húmidas em todo o seu esplendor, registando imagens e resultados que revelaram o quanto ainda não sabemos sobre elas.
Felizmente, já muitas descobertas foram feitas, abrindo uma janela para este mundo desconhecido. Saiba como funciona a floresta húmida, com especial foco na sua composição, nas diversas espécies de plantas e animais, nos processos naturais e na ameaça da desflorestação.
Cinco fatos sobre florestas húmidas
1 – Biodiversidade – Os cientistas estimam que até 75% das espécies da Terra possam viver nas florestas húmidas – um dado espantoso – e que milhões estarão ainda por descobrir.
2 – Medicinal – As florestas húmidas são o habitat da um elevado número de plantas das quais derivam medicamentos modernos para a febre e as queimaduras, por exemplo.
3 – Entre trópicos – As florestas húmidas tropicais situam-se sobretudo entre os trópicos de Câncer (23ᵒ 27’ de latitude Norte) e o de Capricórnio (23ᵒ 27’ de latitude Sul).
4 – Está aí alguém?... – Apesar do avanço do Homem, pensa-se que vivam mais de 40 tribos indígenas incontactadas nas florestas húmidas, sobretudo no Brasil e na Papua Nova-Guiné.
5 – Destruição massiva – Devido á violenta desflorestação, muitas das florestas húmidas estão a desaparecer. Destruiu-se mais de 90% da floresta húmida da África Ocidental!

Fonte: quero saber Novembro 2010 
Qual será o valor destas florestas no que diz respeito aos serviços prestados na manutenção dos ciclos naturais a nível mundial?

domingo, 1 de junho de 2014

Como se forma o… petróleo

A fonte energética mais preciosa e precária da Terra, o petróleo tem uma enorme procura mundial e vários países lutam ferozmente pelo direito de explorar as suas reservas.
O crude (petróleo bruto) forma-se quando organismos ricos em carbono morrem e são comprimidos num ambiente pobre em oxigénio, durante milhões de anos. A zona mais comum para o início da formação do crude é o fundo do mar, quando o plâncton e outros microrganismos morrem e se afundam no oceano. Estes organismos são depois comprimidos por novas camadas de sedimentos, que se acumulam por cima deles, bem como pela enorme pressão da água que ocorre a tais profundidades.
Ao longo de milhões de anos, inúmeras reações químicas decompõem os organismos em várias moléculas de hidrocarboneto, formando, as mais leves, gás natural, e as mais pesadas, petróleo bruto. Depois de criado, o crude sobe através da rocha,  medida que esta se desfaz e cede so a pressão extrema (ao contrário da rocha o liquido não pode ser comprimido), antes de acumular-se numa rocha porosa. Chamada reservatório, esta rocha é tapada por outra, não porosa, que impede que o crude continue a sua viagem. A perfuração da rocha selante é condição para aceder ao crude e bombeá-lo para a superficíe, de forma a que seja processado e refinado.
Os números
Composição do petróleo
Carbono: 83% a 87%
Hidrogénio: 10% a 14%
Azoto: 0,1% a 2%
Oxigénio: 0,1% a 1,5%
Enxofre: 0,5% a 6%
Metais: <0,1%

Fonte: quero saber Novembro 2010