quinta-feira, 26 de maio de 2011

Brasil aposta na produção de biocombustível através de cana-de-açúcar


2011-05-18
Depois da soja, mamona e amendoim o Brasil aposta agora na produção de biocombustível através de cana-de-açúcar. Testes realizados pela Universidade de São Paulo concluíram que a cana-de-açúcar pode alcançar uma produtividade de 4000 litros de biodiesel por hectare, um número exponencialmente maior que os 300 litros por hectares conseguido através da soja, por exemplo.
A cana-de-açúcar é plantada em vários Estados brasileiros, estimando-se em cerca de 5,5 milhões de hectares, a área colhida em 2004. São Paulo é o maior produtor nacional com cerca de 60% do total. Durante quase meio século o Brasil desenvolveu pesquisas sobre biocombustível, promoveu iniciativas para uso em testes e foi um dos primeiros a registar a primeira patente sobre o processo de fabrico de combustível em 1980.
Em 2004, o presidente Lula da Silva lançou oficialmente o programa nacional de produção e uso do biodiesel (PNPB), que veio organizar a cadeia produtiva, definir as linhas de financiamento, estruturar a base tecnológica e criar a regulação.
Para estimular o processo, o executivo lançou o selo combustível social, um conjunto de medidas cujo objectivo é estimular a inclusão social da agricultura na cadeia produtiva, através de acesso a melhores condições de financiamento.
Só em 2004/2005 foram gastos 16 milhões de reais (cerca de 7 milhões de euros) dos fundos sectoriais geridos pelo ministério de ciência e tecnologia no desenvolvimento de pesquisas na área dos biocombustíveis e os processos de produção industrial. Deste esforço nasceu a rede brasileira de tecnologia de biodiesel, constituída por 23 Universidades do país, instituições como o centro de pesquisas da Petrobras, instituto nacional de tecnologia (INT) e o pólo nacional de biocombustíveis.
Autor/fonte: Diana Catarino/AmbienteOnline

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