Fica a 6014 metros de altitude, na fronteira entre a Bolívia e o Chile. É ali que se situa o vulcão Licáncabur, que encerra na sua cratera o lago mais alto e desconhecido do mundo. Além de sofrer os efeitos térmicos e geológicos típicos de uma zona vulcânica, o lago possui baixas concentrações de oxigénio, recebe uma radiação ultravioleta extrema e suporta baixas pressões atmosféricas. Apesar deste ambiente hostil, a vida microbiana abunda nas suas águas. A sua situação, em pleno deserto de Atacama, tem uma influência desfavorável porque as lagunas salgadas são engolidas pouco a pouco pelo deserto, já que, devido ao calor estão sujeitas a uma forte evaporação. Por conseguinte, a massa de água no interior do vulcão está a diminuir, o que obriga a que os microrganismos a suportar uma dose de radiação maior e a ter de desenvolver mecanismos para se adaptarem a condições tão extremas, como os bivalves do género Cocconeis. Crê-se que este ambiente tão difícil pode ser semelhante ao que existiu nos antigos lagos marcianos.
Fonte: Super interessante.
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