quarta-feira, 9 de março de 2011

Tartarugas marinhas

Tartarugas marinhas:

O Programa de Captura Incidental de Tartarugas Marinhas criado pela WWF para o Pacifico Oriental, nomeadamente para as costas da América Central e do Sul é tão simples como trocar os anzóis tradicionais em forma de J por outras circulares em forma de C, o primeiro tende a introduzir-se no esófago de peixes demasiado pequenos porque são estreito, ao invés disso os circulares só cabem na boca de peixes maiores deixando os jovens crescer e atingir a maturidade sexual, esses anzóis também não entram com facilidade na boca das tartarugas e mesmo que engulam algum este não lhes rasga o esófago, são fáceis de retirar usando um instrumento parecido com um saca-rolhas e as tartarugas conseguem libertar-se das redes.
A sua alimentação rica em alforrecas e lulas ricas em sal é compensada pela eliminação destes através de lágrimas de cloreto de sódio.
Sabemos que as tartarugas são répteis, que passam a maior parte da vida debaixo de água, que também respiram ar e que habitam todos os oceanos do mundo á excepção do Árctico, há 200 milhões de anos. Sabemos também que as sete espécies de tartarugas marinhas ocupam algum lugar na lista de espécies ameaçadas, nadam muitos quilómetros para desovar em terra, e pelo menos a tartaruga-verde (foto) passa a sua juventude refugiada em algas ou pedaços de madeira á deriva junto com outros bebés oceânicos, alguns com menos de 5 centímetros. Outros estudos mostram que os pulmões estão adaptados para permitir um rápido intercâmbio de oxigénio e evitar que o gás se acumule perigosamente durante a sua imersão a grande profundidade que pode durar entre 4 a 5 minutos mergulhando algumas espécies até aos 300 metros.
Os quelónios podem viver mais de 80 anos e orientam-se pelo campo magnético terrestre, tal como o pombo ou o salmão, além disso as fêmeas regressam á área onde nasceram e por vezes ao próprio areal onde isso aconteceu. Há também grandes dúvidas sobre certos aspectos essenciais do sistema sensorial das tartarugas, por exemplo, como procedem para localizar alforrecas transparentes na superfície do mar ou identificarem tubarões como possíveis predadores?
 No Pacífico e nas Caraíbas, verifica-se uma pandemia de tumores, fibropapilomas que enfraquecem e matam milhares de tartarugas todos os anos, serão provocados por um vírus ou têm origem genética? Como combatê-los?
As tartarugas marinhas são campeãs da adaptação, habitam o planeta há 200 milhões de anos, souberam sobreviver a extinções e catástrofes naturais. Hoje restam sete espécies.
Fonte: Super interessante.

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