segunda-feira, 11 de julho de 2011

O mistério do narval:


 
Muito do que sabemos sobre este animal deve-se aos 10 anos que Kristin Laidre se dedicou a estudá-lo. As zonas habitadas pelo narval são as costas setentrionais do Canadá e Gronelândia e a baía de Baffin situada entre território norte-americano e a Dinamarca. Este é um dos animais mais difíceis de observar, costuma passar a maior parte do tempo em mar alto e a mergulhar a grandes profundidades, vive entre as fendas do espesso gelo oceânico e parece saber fugir das redes e esconder-se. As suas presas mais comuns são o hipoglosso (ou alabote), o bacalhau e a lula do género Gonatus e a sua principal predadora, a orca. Estima-se que possam existir de 70 a 80 mil exemplares, na estação fria o narval acasala e consome grandes quantidades de hipoglossos (peixes gordos) de modo a preparar-se para o Verão, estima-se que a população da baía de Baffin consuma 880 toneladas de hipoglosso em 24 horas. Procuram as fendas no gelo para respirar e em Abril iniciam uma viagem de 2 meses mais a norte. Pensa-se que o dente espiralado sirva para estabelecer hierarquias ou para atrair fêmeas (não possuem o dente). O destino destes cetáceos está relacionado com o gelo, pois aí protegem-se das orcas e alimentam-se. No entanto, desde 1979 o Árctico perdeu uma superfície de massa gelada equivalente a 2 vezes a superfície do Alasca, assim a quantidade de luz que penetra no oceano perturba a química das águas, tem implicações na distribuição do plâncton e consequentemente na distribuição das presas do narval.
 O narval caracteriza-se por uma longevidade de cerca de 100 anos, os machos podem alcançar 5 metros (sem contar com o chifre), as fêmeas 4 metros e os machos podem pesar 1800 quilos dos quais 1/3 é gordura.
·         Cauda – A barbatana caudal tem cerca de 1 metro e tal como outro cetáceo, esta permite-lhe grande impulso e velocidade.
·         Caixa toráxica – Devido á elasticidade do tórax o mamífero consegue mergulhar a 1800 metros de profundidade ou durante 30 minutos.
·         Barbatana dorsal – Praticamente não tem, o vestígio é uma pequena crista de 60 a 90 centímetros de extensão.
·         Dente – Possui 2 dentes no maxilar, o esquerdo desenvolve-se até atingir 3 metros (só os machos o possuem) e é costume esfregarem-nos uns contra os outros.
·         Pele – Narval significa baleia cadáver, na antiga língua escandinava, a epiderme é branca ou cinzenta com manchas negras.
·         Focinho – É achatado, como o da baleia branca e emite constantemente guinchos e estalidos enquanto se desloca.

As populações dos narvais parecem, neste momento, estáveis embora a rigidez dos seus costumes como rotas de migração ou a fraca diversidade a nível de alimento não jogam a seu favor.
Fonte: Super interessante

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