domingo, 10 de julho de 2011

Dez soluções para arrefecer o planeta:


 fito plâncton
1.       Cobrir o gelo dos glaciares – A Terra tem em média um albedo (percentagem da radiação solar que reflecte para o Espaço) de 36%. Em comparação a neve reflecte 90% enquanto que o carvão tem um índice de apenas 4%. Porém, com o aquecimento global a albedo terrestre está a diminuir de forma drástica, já que restam menos zonas geladas. Será possível travar o degelo nas regiões mais frias do planeta? Segundo um glaciólogo de Universidade do Ohio, a resposta é sim. Jason Box pretende evitar que os glaciares derretam, recorrendo á cobertura dos glaciares com lâminas de polipropileno, que é um polímero termoplástico resistente às temperaturas do Árctico, e que já é utilizado pistas de esqui suíças e austríacas para evitar que a neve desapareça com o calor. Outras das propriedades desse tipo de capas é que podem aprisionar o vento gelado que aumenta a sua eficácia. É por isso que Box não recorreu ao alumínio, pois não tem tanto poder isolante, além disso este tipo de plástico é muito flexível (podendo esticar até 55% do seu tamanho original) e suporta muito peso.
2.       Criar tornados artificiais – Sob a premissa que um tornado tem a mesma potência que uma central eléctrica no mesmo período de tempo o canadiano Louis Michaud concebeu um sistema, o atmosferic vortex engine, para produzir energia através de um tornado controlado. Os vórtices (turbulência em rotação numa espiral) que são criados de forma natural por meio de ar quente, podem também ser criados artificialmente com recurso a fontes de calor. “Se a Natureza consegue produzir vórtices a partir de água salgada de apenas 30°C devíamos ser capazes de aproveitar água residual de 40°C para criar um tornado artificial e extrair a sua energia” afirma Michaud. Este fenómeno natural produz-se quando ocorrem chuvas torrenciais, temporais ou furacões.
3.       Barcos para fabricar nuvens – Cientistas como John Latham do centro nacional de estudos atmosféricos de boulder (Colorado) e engenheiros como Stephen Salter da Universidade de Edimburgo (Escócia), sugeriram a utilização de barcos para lançar na troposfera água do mar em gotas minúsculas para reflectir os raios do Sol resultando num efeito refrigerante, em virtude do efeito Twomey, este explica o motivo pelo qual as nuvens se tornam mais brancas, quanto maior for o número de gotículas super concentradas e diminutas que compõem o seu volume e por que razão as nuvens escurecem como é o caso das grandes nuvens das tempestades, quando as gotas se tornam maiores e a possibilidade de chuva é maior. As gotas pulverizadas teriam um diâmetro de 0,8 mícrons favorecendo o efeito Twomey.
4.       Injecções de enxofre – Depois da erupção do Pinatubo (Filipinas) em 1991, as temperaturas á escala global desceram 0,5°C, e não se verificou o habitual degelo estival da Gronelândia. Recentemente a ideia de injectar enxofre na estratosfera foi ressuscitada por Paul Crutzen, no entanto o canadiano Jason Blackstock refere que antes de ser feito é necessário conhecer o impacto que a medida provocaria.
 1.       Fertilizar os oceanos – A teoria diz que se se alimentar o oceano com partículas de ferro, o fito plâncton, microrganismos verdes que captam Co2 proveniente da atmosfera) multiplicar-se-ia, pelo que a capacidade de absorção seria muito maior. Em consequência de estudos ambientais esta experiência só pode ser levada a cabo junto a zonas costeiras e em pequena escala. 
2.       Sombras espaciais – A ideia é colocar no Espaço, numa zona denominada por L-1, triliões de discos de 50 centímetros de diâmetro, semi-transparentes de nitreto de silício auxiliados por sistema GPS com recurso á energia solar, impedindo a entrada de 1,8% de radiação, suficiente para travar as alterações climáticas.
3.       Plantas reflectoras – Como as que existem nos desertos poderiam baixar a temperatura na região onde fossem implantadas devido a reflectirem a radiação infravermelha do Sol de modo a manterem-se frescas, porém a humidade do ar também iria diminuir podendo modificar a circulação do ar e o aumento da temperatura na superfície terrestre. Outras ideias passam por cobrir os desertos com material reflector como alumínio ou polietileno, projectando a radiação num ponto de modo a produzir energia eléctrica (via heliotérmica). Ou obter energia solar no Espaço e enviá-la para receptores de microondas na Terra.
4.       Moinhos voadores – Estes engenhos para altos voos poderiam desempenhar um papel fundamental na prevenção do aquecimento global, segundo as conclusões da HAWP 2009, a primeira conferência internacional sobre energia proveniente de ventos de alta altitude. Alguns dos especialistas do sector consideram mesmo que o poder gerador das correntes eólicas, que sopram a 350km/h a mais de 4500 metros de altitude, é suficiente para satisfazer as necessidades energéticas mundiais.
5.       Árvores sintéticas – Proposta de Klaus Lackner, professor de geofísica da Universidade de Columbia (Estados Unidos), foi a única considerada pelo IPCC. A 30 metros de altura é colocada uma persiana feita de um polímero cujos aniões (iões de carga negativa) ficam no exterior incumbidos de captar Co2, enquanto que os positivos (os catiões) ficam no interior, o Co2 depois de humedecido será libertado, sendo liquefeito por via de compressão e armazenado. Cada unidade é capaz de eliminar 90 mil toneladas anuais desse gás, a energia precisa pode ser obtida por vários meios eléctricos sendo a relação de poluição de 200 quilos por tonelada absorvida ou seja uma eficiência de 80%, o equivalente a cerca de 1000 árvores. Outra aplicação prende-se com o fabrico de combustíveis sintéticos (hidrocarbonetos líquidos). Sendo o Co2 o combustível + energia este seria um ciclo renovável e eficaz.
6.       Chuva de sementes – Mark Hodges (ambientalista) pretende reflorestar grandes áreas de terreno, de difícil acesso ou que foram devastadas pelo fogo utilizando meios aéreos e cápsulas especiais para as sementes para que a operação tenha sucesso. Os principais contras são precisamente o uso de meios aéreos.
 Fonte: Super interessante

Sem comentários:

Enviar um comentário