sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O Atlântico português como nunca antes se viu

Foto: Ampere
Metais preciosos, cordilheiras subaquáticas, biodiversidade e até um “ovo estrelado”. São várias as riquezas e os mistérios naturais que se escondem nas águas que rodeiam Portugal, mas só recentemente os investigadores começaram a desancorá-los. Proteger e dar uso a estes recursos é a grande ambição.
Olhando para um mapa do Velho Continente, ficamos com a sensação de que Portugal está de costas viradas para os seus vizinhos europeus. O mesmo já não acontece com a enorme mancha azul que se estende mesmo à sua frente: o oceano Atlântico. Dotado de uma linha costeira que se prolonga por 1187 quilómetros, o nosso país tem ao seu dispor uma das maiores zonas económicas exclusivas (ZEE) do continente europeu. Ou seja, toda a zona marítima que vai até às 200 milhas náuticas (370 km), para além da linha de costa, está debaixo da sua soberania, dando-lhe o direito de explorar, conservar e administrar os recursos que aí se encontrem. Deste modo, e em grande parte por causa dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, Portugal possui uma ZEE espalhada por 1,7 milhões de quilómetros quadrados, o que equivale a 18 vezes a área em terra do país. Uma enormidade.
Em 2009, o governo português entregou à ONU uma proposta para aumentar a sua área de soberania marítima para além das 200 milhas náuticas, o Projeto de Extensão da Plataforma Continental. O veredicto final não será conhecido antes de 2013, mas, caso seja aceite, permitirá que o litoral de Portugal continental, a Madeira e os Açores fiquem ligados por uma enorme faixa de água (sob jurisdição nacional) que corresponde a 3,6 milhões de quilómetros quadrados. Contudo, e para que fosse possível chegar até aqui, primeiro foi necessário investigar e conhecer melhor o fundo do oceano que nos cerca. E assim começa a nossa epopeia pelo fundo dos mares.
As primeiras campanhas científicas destinadas a fazer levantamentos hidrográficos e a estudar a superfície do fundo marinho das áreas que Portugal pretende reclamar para si marcaram o ano de 2005. Após 2009 (com a entrega da proposta de extensão da plataforma continental à ONU), as investigações prosseguiram, embora com menos vigor. A última campanha decorreu entre os meses de Junho e Julho, nas ilhas Desertas e no Porto Santo (arquipélago da Madeira), assim como nos ilhéus das Formigas (Açores). E antes? Em que outros lugares do Atlântico estiveram os cientistas portugueses? E a fazer o quê?
Metais preciosos e o ovo estrelado
O foco de todas as atenções tem sido o Atlântico Norte, sendo de destacar “uma área muito grande que envolve a Madeira, um segmento igualmente grande da dorsal Meso-Atlântica (a fronteira de placas tectónicas que separa a placa norte-americana da euroasiática e a sul-americana da africana), toda a zona dos Açores e a margem ibérica localizada a oeste”, explica Nuno Lourenço, coordenador da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM,http://www.emam.com.pt), a entidade governamental responsável pelas campanhas marítimas de investigação científica.
Dentro das áreas que foram estudadas, uma das grandes fontes de interesse tem sido a dorsal Meso-Atlântica, uma cordilheira subaquática que vem desde a Islândia e corta ao meio (de norte a sul) todo o Atlântico. Esta linha de fratura faz “que a América do Norte se esteja a separar de nós [Europa] a cerca de dois centímetros por ano, pois é uma zona de vulcanismo intenso onde há fenómenos hidrotermais muito importantes”, esclarece Nuno Lourenço. Todavia, estes fenómenos hidrotermais escondem alguns segredos bem preciosos, muito por culpa dos processos de interação que os caraterizam, em que a água do mar entra nas rochas e sai depois através de chaminés submarinas, ficando “carregada de sulfuretos” que muitas vezes estão associados a metais como o ouro, a prata, o zinco ou o cobre. Como consequência, “isto provoca grandes concentrações de metais no fundo do mar que são muito importantes para mineração submarina, pois começam a estar exauridas as reservas em terra”. Um potencial económico que urge não deixar escapar.
Contudo, e de um modo geral, “a grande descoberta foi a existência de crostas”, adianta o coordenador da EMAM: “Já se sabia que havia crostas ferromanganesíferas, ricas em níquel e cobalto, numa zona que é a crista Madeira Tore, a sudoeste de Portugal continental, mas conseguimos também descobrir crostas, abundantes e com altos teores de metais (níquel e cobalto), na zona a sul dos Açores.” Ao mesmo tempo, foram também documentados no arquipélago vários corais negros.
Para acrescentar um pouco de mistério às investigações, os cientistas portugueses deram ainda de caras com “uma estrutura muito interessante, que é o Fried-egg (em português, ovo estrelado), também a sul dos Açores”. Basicamente, esta estrutura parece-se mesmo com um ovo estrelado, com uma gema a salientar-se no meio e a clara em redor (mais abaixo), com a diferença de que este enorme “ovo” tem quase seis quilómetros de diâmetro e está a dois mil metros de profundidade. Depois de ter sido descoberta, em 2008, chegou a especular-se que teria origem num meteorito, mas a verdade é que nada parece indicar que seja essa a explicação, pelo que as razões para a sua existência e a sua estranha forma ainda estão em fase de estudo.
Robô lusitano
Para que as campanhas científicas sejam um sucesso, é essencial a recolha massiva dos mais diversos tipos de dados. Para o estudo da hidrografia, as amostras de rochas são decisivas, tanto mais que servem os interesses do projeto de extensão da plataforma continental. Um pouco a reboque deste objetivo principal, surge a componente de biologia, com diversos especialistas a aproveitarem as expedições do projeto de extensão para estudarem a fauna e a flora dos locais submarinos visitados. Os mergulhadores são aqui uma peça importante, na medida em que têm em mãos a tarefa de recolher as amostras que se encontram debaixo de água, sejam eles peixes ou calhaus submersos, além de terem a responsabilidade de fotografar o belíssimo ambiente marinho que os rodeia. Junte-se ainda outro tipo de tarefas a que os cientistas têm de acudir, como medir os níveis de metano e dióxido de carbono na água do mar, a temperatura e a densidade, ou analisar as propriedades físicas do local visitado, entre muitas outras tarefas. No fim, a informação obtida é “toda listada, documentada e armazenada em bases de dados, estando disponível para a comunidade científica”. É o caso do Sistema de Informação para a Biodiversidade Marinha (mais conhecido por ­M@rbis), o qual contém todos os dados e imagens obtidos nas expedições científicas, estando aberto ao público em geral (http://www.campanhasmarbis.org).
Os meios técnicos e tecnológicos que foram reunidos nos últimos anos para estudar o fundo dos mares deram finalmente aos cientistas portugueses uma vantagem que antes só era acessível através dos colegas estrangeiros. Com os novos meios ao dispor, passa a ser possível obter dados batimétricos, de forma a avaliar a profundidade e forma (geomorfometria) do fundo do mar. Neste caso, é necessária uma fonte de sinais acústicos que são enviados para as profundezas do oceano, com o eco que retorna ao sensor a definir os diferentes tipos de altitude encontrados. A estes dados juntam-se as informações geofísicas e geológicas, obtidas através de equipamentos mais sofisticados, que permitem avaliar a natureza, a geometria e as origens do fundo oceânico.
Porém, a jóia da coroa é, de longe, o veículo de operação remota (ROV) Luso, um robô submarino capaz de alcançar profundidades de seis mil metros. Animado por quase três mil watts de corrente elétrica e armado de dois braços mecânicos que são capazes de capturar o mais diversificado tipo de amostras, o Luso tem ainda o poder de obter imagens e vídeos a profundidades inalcançáveis para os mergulhadores humanos. “É uma ferramenta poderosíssima para fazer este trabalho de pormenor no fundo do mar”, resume Nuno Lourenço.
Montanhas de biodiversidade
A pedido dos biólogos, navios da Marinha portuguesa, em articulação com a EMAM, têm-se deslocado até às zonas do Atlântico onde se encontram alguns dos montes submarinos mais importantes ao nível da biodiversidade. Plenos em habitats florescentes, destacam-se por terem faunas e floras bastante específicas, podendo encontrar-se nas zonas mais fundas desses montes as já mencionadas crostas ferromanganesíferas. Quando e como foram criados? Qual a sua evolução geológica? Mais uma vez, as perguntas multiplicam-se, à espera de virem a ser totalmente respondidas pelos investigadores que as perscrutam.
Todavia, os biólogos portugueses não são os únicos a mostrar-se interessados nas maravilhas que se escondem nestas águas, pois a fama destes lugares (e dos seus montes) chegou aos ouvidos dos especialistas lá de fora. De tal modo que, em 2005, um grupo de marinheiros cientistas da Oceana (http://eu.oceana.org), uma organização internacional de conservação marinha, decidiu cruzar o oceano Atlântico a bordo do catamarã Oceana Ranger, com o objetivo de documentar os fundos submarinos pouco profundos que se espalham pelas águas do Atlântico, tendo ficado garantida uma passagem pelos Açores.
No que concerne às águas territoriais portuguesas, e tal como explica a investigadora Ana de la Torriente, que participou na expedição, “fizeram-se imersões nos Açores, mais concretamente na ilha do Faial e no banco João de Castro, um vulcão submarino ativo que se ergue desde os mil metros de profundidade e cujo cume se encontra a somente 13 metros da superfície do mar, assim como à montanha submarina de Gorringe”.
Recorrendo a fotografias e vídeos obtidos no fundo do mar, os cientistas da Oceana descobriram, nas águas que banham o arquipélago dos Açores, enormes concentrações de caravela-portuguesa (a Physalia physalis), uma colónia de cnidários conhecida pela sua cor azulada e por flutuar à superfície, o que a leva a ser confundida, muitas das vezes, com uma medusa. No entanto, esta espécie é mais temida do que admirada, por culpa dos seus inúmeros e longos tentáculos capazes de provocar efeitos neurotóxicos nas vítimas em que toca. A evitar, portanto! No vulcão submarino do banco João de Castro, as filmagens reforçaram uma velha ideia: ele é um dos poucos casos registados de uma fonte hidrotermal em águas pouco profundas. Para a tríade ficar completa, a equipa da Oceana detetou ainda diversos habitats marinhos que estão numa situação de grande vulnerabilidade, logo, a precisar de proteção. É precisamente o caso dos bosques de laminárias (algas de cor parda) e dos corais que existem na montanha de Gorringe.
Uma Babel debaixo de água
Acima de tudo, Gorringe é um lugar impressionante, com vários picos (outros pequenos montes) a adornarem um cume que se fica pelos 30 metros de profundidade. O que o torna especial é o facto de a sua base estar assente a mais de cinco quilómetros abaixo da linha de água. E especial porque? Porque “desta forma tanto se podem encontrar espécies que vivem em zonas iluminadas (perto da superfície marinha), como espécies que vivem em fundos escuros e profundos”, salienta a investigadora espanhola. Eis, portanto, uma grande Babel subaquática capaz de albergar, no mesmo local, diferentes espécies de fauna e flora. Além do mais, a grande produtividade, precisamente em fauna e flora, que se pode encontrar em zonas como o Gorringe, leva  a que ele seja um efervescente ponto de encontro para as espécies migratórias poderem alimentar-se e reproduzir-se, tal como acontece com o peixe-relógio, os tubarões ou o atum. Entre os outros visitantes habituais destes lugares, há que contar ainda com as tartarugas e algumas variedades de golfinhos.
“O Gorringe é uma das montanhas submarinas mais bem conhecidas, ao nível da biologia”, diz Ana de la Torriente, isto porque, “na maioria das montanhas submarinas atlânticas, apenas se realizaram amostragens, e muitas delas nunca foram investigadas”. O assombro de muitos cientistas e investigadores relativamente a este lugar provém dos níveis de produtividade “inusitadamente altos” que aí se registam. A culpa é, como já foi dito, das caraterísticas geológicas do Gorringe (com zonas abissais profundas e áreas próximas da superfície), as quais propiciam a concentração de uma enorme biodiversidade.
Desta forma, marcam ali presença espécies que se podem encontrar no Mediterrâneo, no Atlântico Ibérico, no mar norte-africano ou até na Macaronésia (os arquipélagos da Madeira, das Canárias e de Cabo Verde), havendo ainda o registo de peixes que habitualmente nadam nas zonas costeiras, nas regiões demersais (os fundos arenosos), e endémicas (em que determinadas espécies estão restritas a uma região). Tudo isto acaba por fazer do Gorringe uma importante “zona de descanso” para a distribuição das espécies costeiras que vêm do Atlântico e que se acercam do golfo de Cádis. Uma espécie de hotel junto à autoestrada.
Perante esta “enorme riqueza biológica e geológica”, compreende-se que a montanha de Gorringe seja “merecedora” de proteção, adianta Ana de la Torriente, pois a ameaça humana está logo ali à espreita. “Com as inovações tecnológicas pesqueiras, incluindo métodos muito destrutivos como o arrasto, existe o perigo de que muitas montanhas submarinas sejam mais acessíveis à pesca.”
Rede Natura 2000
Este não é o único caso em água territoriais portuguesas a merecer uma atenção cuidada. Tanto a oeste e sudoeste de Portugal continental como nas águas dos Açores e da Madeira, são numerosas as montanhas submarinas que se destacam pela sua riqueza ecológica. Entre essas preciosidades subaquáticas, há que contar com o monte de Ampere e com o banco Coral Patch, situados 220 e 180 milhas náuticas, respetivamente, a sudoeste do cabo de São Vicente. Também longe da costa, mas desta vez a oeste do Algarve, escondem-se os montes Herradura e Hirondele, a quase 200 milhas náuticas de distância. E não se pense que estes centros de biodiversidade só existem longe do continente, pois mesmo frente a Setúbal, a apenas 27 milhas náuticas da cidade, destaca-se um grupo de montes que têm a peculiaridade de deverem o seu nome a alguns dos mais ilustres príncipes do nosso passado histórico (chamam-se Infante Dom Henrique, Infante Santo, Príncipes de Avis e Infante Dom Pedro).
Uma forma de proteger todos estes oásis de biomassa e diversidade passa por integrá-los na Rede Natura 2000, uma rede europeia de espaços protegidos que tem como fito salvaguardar habitats e espécies. Fruto de uma diretiva da UE, a Rede Natura 2000 destina-se, na sua essência, a criar zonas especiais de proteção ecológica que estejam sob uma atenta vigilância dos estados-membros. Para Portugal, o desafio de proteger a sua biodiversidade marinha é enorme, tal como avisa Ana de la Torriente: “Portugal é o país da UE que mais montanhas submarinas alberga, pelo que a sua responsabilidade em protegê-las é indiscutível.” Apesar deste alerta, a Oceana é da opinião de que a Rede Natura “está muito mal representada em águas portuguesas”: apesar de terem passado quase 20 anos sobre o lançamento da diretiva comunitária que deu luz a esta rede ecológica (a Diretiva Habitats), apenas 0,1 por cento da superfície marinha portuguesa se encontra integrada nela.
Um número irrisório, que faz de Portugal o país da UE com menor percentagem de superfície defendida por esta rede de proteção ecológica. “É muito pouco!”, confirma Nuno Lourenço. Contudo, esta situação está longe de ter solução fácil: se tivermos em conta que a ZEE portuguesa ocupa 1,7 milhões de quilómetros quadrados, nota-se de imediato que “é uma área muito, muito grande, que requer um investimento considerável e um esforço muito grande de pessoas e meios”. Recentemente, a Oceana exortou as autoridades portuguesas a ampliarem a sua Rede Natura, com especial atenção para a montanha de Gorringe, um pedido que, segundo o coordenador da EMAM, acabou por ter eco, na medida em que já está “a caminho de ser” uma área protegida.
J.P.L.

Sobre-exploração
No que respeita ao futuro do setor pesqueiro em Portugal, este terá de se focar, cada vez mais, na implementação de medidas destinadas à conservação da biodiversidade e dos recursos comerciais marinhos. Em suma, a sustentabilidade do meio marinho e da economia ligada ao mar deverá ser um objetivo a alcançar, segundo a Oceana, pois “85 por cento das atividades de pesca na União Europeia encontram-se num estado de sobre-exploração”. Para impedir que se mate a galinha dos ovos de ouro, a criação de áreas marinhas protegidas é um importante garante para que o número de espécies aumente e o tamanho dos peixes seja maior, com os efeitos positivos a repercutir-se tanto no interior das zonas protegidas como nas que lhes são adjacentes. Deste modo, diz Ana de la Torriente, “as populações que tiveram uma maior recuperação exportam a sua descendência através das correntes oceânicas e os peixes adultos e juvenis emigram desde a zona protegida até aos arredores”, potencializando a atividade pesqueira nessas zonas mas deixando intactas as que estão sob proteção. O objetivo é criar uma área de reserva, de onde se possam extrair benefícios a médio prazo para a conservação das espécies comerciáveis, o que ajudaria a solucionar a crise pesqueira que a sobre-exploração acarretou. Curiosamente, e perante a tomada de consciência de que é necessário garantir a proteção da fauna marítima, acabam por ser os próprios pescadores a “solicitar aos respetivos governos a criação de zonas protegidas, nas quais as atividades que aí se desenvolvem estão adequadamente reguladas”.
Logo no início deste verão, a Oceana deu início a uma nova expedição a águas portuguesas, com a missão de estudar os fundos submarinos das montanhas de Gorringe e Ampere, e ainda o fundo do mar de algumas áreas costeiras do Algarve, como Sagres e Portimão. O interesse em explorar as águas do nosso país continua ao rubro, portanto, pois os tesouros que eles escondem, em biodiversidade e em recursos com potencial económico, estão longe de ser negligenciá­veis. A título de curiosidade, fique o leitor a saber que um dos recursos associados ao mar com maior potencial é a denominada “biotecnologia azul”, a tecnologia basea­da na biologia de diversos organismos marinhos. Da indústria química e farmacêutica ao tratamento das águas e do lixo, passando pela indústria alimentar, as suas aplicações são bastante diversas. Mas para as explorar há que conhecer melhor a biologia do mar.
E eis que chegamos ao busílis da questão. “Nós sabemos tão pouco do fundo do mar que cada campanha que fazemos, cada interacão com o fundo, cada documentação da topografia, está a trazer-nos novidades e resultados novos que têm de ser explorados do ponto de vista científico”, sintetiza Nuno Lourenço. Ao contrário do que se possa pensar, quando se obtém uma observação não se chega logo a uma explicação científica; isso carece de mais estudos, de mais e melhores informações, assentes no trabalho multidisciplinar de diferentes campos da ciência, como são o caso da geologia e da biologia. Por outras palavras, é necessária mais ciência para que o sonho de devolver os oceanos a Portugal passe a ser uma realidade. Quinhentos anos depois dos Descobrimentos.

SUPER 162 - Outubro 2011

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