A lampreia do Nabão, espécie recentemente identificada por investigadores das universidades de Évora e Lisboa, está em risco de extinção, alertou hoje o presidente do núcleo regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus, Domingos Patacho.
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PAULO NOVAIS/LUSA
O uso abusivo de produtos agroquímicos, cujos nutrientes podem contaminar as linhas de água, limpezas das margens agressivas, ausência de saneamento em algumas áreas, bem como possíveis descargas de pequenas unidades industriais, são “ameaças reais às lampreias”, sublinhou o ambientalista.
Domingos Patacho frisou que, com uma população escassa na sub-bacia do Nabão, nas ribeiras de Caxarias, Seiça e Olival, e “agora que se reconheceu que esta lampreia é exclusiva do norte do concelho de Ourém”, a situação “traz responsabilidades acrescidas a todos os cidadãos do concelho e demais entidades para a sua conservação”.
Em comunicado, a Quercus “apela à necessidade de se conservarem as florestas ribeirinhas e os leitos dos cursos em toda a bacia hidrográfica, para que não subsistam ameaças que coloquem a espécie no limiar da extinção”.
Na semana passada, o Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa anunciou a descoberta de três novas espécies: a lampreia da Costa de Prata (Lampreta alvariensis), a lampreia do Nabão (Lampreta auremensis) e a lampreia do Sado (Lampreta lusitanica).
A Quercus recorda que, em 1989, dois investigadores, Pedro Cortes e Carlos Almaça, realizaram um “Estudo Ecológico da Ribeira de Seiça” e chegaram a identificar a lampreia como uma nova espécie, mas essa confirmação surgiu apenas 23 anos depois.
JYMC // JLG.
Fonte: msn
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