sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Nova espécie de primata descoberta na ilha do Bornéu


N. kayan


A 'Nycticebus kayan' é totalmente nova para a ciência

2012-12-14

N. kayan
A equipa de cientistas que está a estudar oNycticebus (de primata da família Lorisidae) nas selvas de Bornéu encontrou uma espécie até agora desconhecida. A análise das suas marcas faciais e do pelo está já publicada no«American Journal of Primatology». Duas outras espécies, consideradas, antes, subespécies do Nycticebus, foram também reconhecidas como espécies distintas.
Os avanços tecnológicos têm melhorado o nosso conhecimento acerca da diversidade dos mamíferos nocturnos”, diz Rachel Munds, da Universidade de Missouri Columbia. Historicamente, muitas espécies não eram reconhecidas pois confundiam-se com outras, sendo catalogadas erroneamente.

Nos últimos 25 anos, o número de espécies de primatas duplicou; no entanto, as espécies nocturnas continuaram escondidas da ciência. O Nycticebus (também conhecido como lóris lento) é um género de primata próximo do lémur. Encontra-se no sudeste asiático e tem uma característica rara entre os primatas: a sua mordidela é tóxica. Na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais o seu estado é tido como 'vulnerável' ou 'em perigo'.

Os lóris lentos podem ser reconhecidos pela coloração única do pelo do corpo e do focinho. Os padrões do pelo são muitas vezes utilizados para fazer a distinção entre espécies. As espécies nocturnas têm uma coloração mais enigmática e menos diferenças externas óbvias.
A equipa de investigação focou-se nas cores distintivas do lóris lento, cujo focinho tem a aparência de uma máscara, com os olhos cobertos por manchas e a cabeça com várias formas de chapéu. As diferenças entre essas marcas resultaram no reconhecimento de quatro espécies: a já conhecida N. menagensis, a N. bancanus e a N. borneanus (antes consideradas sub-espécies da primeira) e N. kayan, nova para a ciência.
O estudo sugere que haverá ainda mais diversidade para descobrir nas selvas do Bornéu e nas ilhas próximas. No entanto, muito deste território está ameaçado pela actividade humana, o que levanta muitas questões acerca da preservação destas espécies.
Fonte: Ciência hoje

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