domingo, 11 de novembro de 2012

Produção de biodiesel


O processo de produção de biodiesel a partir de óleo vegetal usado é complexo. Começa com a filtragem do óleo, para remover as partículas de alimentos, o que é conseguido após um processo de filtração exaustivo. No final, toda a água tem de ser eliminada, o que se faz fervendo o óleo a 100°C, de forma a evaporá-la. Em seguida, é iniciada a titulação que determina a concentração de lixivia e metanol necessárias. O processo requer um catalisador alcalino para aumentar a velocidade da reacção química entre o metanol e o óleo vegetal. O hidróxido de sódio é a substância mais utilizada, mais o hidróxido de potássio também serve. A substância estimula a produção de metóxido de sódio, criando um resíduo que é depois aquecido até uma temperatura que pode chegar aos 55°C. O produto é depois misturado, para que a forma arrefeça mais rapidamente. Após o arrefecimento a glicerina produzida nesta reacção química acaba por ficar no fundo devido á sua densidade. Os biocombustíveis produzidos flutuam para cimo. O catalisador, o glicerol e o óleo vegetal podem então ser separados facilmente nesta fase da produção. No entanto como o processo de reaquecimento pode causar a desagregação dos ácidos gordos do glicerol, aumenta-se a quantidade de catalisador no processo de transesterificação, de forma a neutralizar os ácidos gordos livres. Este passo gera a criação de sabão, como subproduto adicional. O biodiesel deve ser, em geral, compatível com a maioria dos motores a gasóleo, mas o maior obstáculo serão as outras peças, nomeadamente as de borracha. A capacidade solvente deste combustível é preocupante, pelo que as tubagens e outras peças de borracha devem ser substituídas por alternativas mais modernas em nylon. O biodiesel não se adequa a motores de ignição por faísca e é provável que provoque neles danos graves.
Fonte: quero saber Outubro 2010

Sem comentários:

Enviar um comentário