O processo de produção
de biodiesel a partir de óleo vegetal usado é complexo. Começa com a filtragem
do óleo, para remover as partículas de alimentos, o que é conseguido após um
processo de filtração exaustivo. No final, toda a água tem de ser eliminada, o
que se faz fervendo o óleo a 100°C, de forma a evaporá-la. Em seguida,
é iniciada a titulação que determina a concentração de lixivia e metanol
necessárias. O processo requer um catalisador alcalino para aumentar a
velocidade da reacção química entre o metanol e o óleo vegetal. O hidróxido de
sódio é a substância mais utilizada, mais o hidróxido de potássio também serve.
A substância estimula a produção de metóxido de sódio, criando um resíduo que é
depois aquecido até uma temperatura que pode chegar aos 55°C. O produto é depois misturado, para que a forma arrefeça
mais rapidamente. Após o arrefecimento a glicerina produzida nesta reacção
química acaba por ficar no fundo devido á sua densidade. Os biocombustíveis
produzidos flutuam para cimo. O catalisador, o glicerol e o óleo vegetal podem
então ser separados facilmente nesta fase da produção. No entanto como o
processo de reaquecimento pode causar a desagregação dos ácidos gordos do
glicerol, aumenta-se a quantidade de catalisador no processo de
transesterificação, de forma a neutralizar os ácidos gordos livres. Este passo
gera a criação de sabão, como subproduto adicional. O biodiesel deve ser, em
geral, compatível com a maioria dos motores a gasóleo, mas o maior obstáculo
serão as outras peças, nomeadamente as de borracha. A capacidade solvente deste
combustível é preocupante, pelo que as tubagens e outras peças de borracha
devem ser substituídas por alternativas mais modernas em nylon. O biodiesel não
se adequa a motores de ignição por faísca e é provável que provoque neles danos
graves.
Fonte: quero
saber Outubro 2010
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