sábado, 24 de novembro de 2012

Magusto em Coimbra com castanhas assadas ao sol


actualizado: Sat, 10 Nov 2012 15:35:11 GMT | de Lusa
Uma dezena e meia de pessoas fizeram, em Coimbra, um magusto com castanhas assadas ao sol, através de fornos que concentram a energia solar.Participantes assistem a uma demonstração de construção de cozinha solar tipo funil., numa iniciativa para assinalar o Dia de S. Martinho, em Coimbra, 10 de novembro 2012. (© ACOMPANHA TEXTO)
Participantes assistem a uma demonstração de construção de cozinha solar tipo funil., numa iniciativa para assinalar o Dia de S. Martinho, em Coimbra, 10 de novembro 2012. (ACOMPANHA TEXTO) PAULO NOVAIS / LUSA
Coimbra, 10 nov (Lusa) – Uma dezena e meia de pessoas fizeram hoje, em Coimbra, um magusto com castanhas assadas ao sol, através de fornos que concentram a energia solar.
A iniciativa integrou-se numa ação de formação sobre a construção de fornos solares (também conhecidos por cozinhas solares) para a confeção de alimentos, com recurso a esta energia, promovida pelo docente da Universidade do Algarve Celestino Ruivo.
As condições climatéricas, dominadas, ao início da manhã, por chuva e neblina, fizeram com que a ação decorresse nas instalações da Associação para o Desenvolvimento Aerodinâmico Industrial (ADAI), em Coimbra, em prejuízo do Jardim Botânico da cidade, como estava previsto.
Os participantes na sessão não deixaram, no entanto, de ensaiar a capacidade e eficiência do equipamento que aprenderam a construir, assando castanhas em fornos solares, colocados no passeio da rua, em frente à ADAI, pois, a partir do meio da manhã, a chuva parou e houve sol, embora, por vezes, o céu estivesse encoberto por nuvens.
Depois de, ao fim de alguns minutos, ter sido estrelado um ovo, com recurso aquele meio, não havia, ao final da manhã, quem não acreditasse, entre os frequentadores do curso, que iria saborear castanhas assadas ali, à custa dos raios solares.
“É uma questão de tempo”, assegurava, à agência Lusa, Teresa Ribeiro, reformada, depois de ter fotografado o ovo “quase estrelado, para mostrar às filhas”.
Alice Santos partilhava o otimismo de Teresa e do marido, António, sublinhando que esta não seria a primeira vez que iria comer alimentos confecionados neste sistema.
Cláudia Marques participava no curso não por duvidar “dos meios alternativos à energia a que normalmente recorremos”, mas para aprender a construir um forno e a utilizá-lo, “por exemplo, em piqueniques”, enquanto Alexandra Nogueira admitia instalar um forno solar na casa que possui na Serra do Açor.
“O tempo não ajuda”, reconhecia o promotor da iniciativa, salientando, no entanto, que, apesar disso, “importante é demonstrar” que estes fornos funcionam e que é possível recorrer a eles, mesmo no dia-a-dia, bastando, para isso, “organizar a vida”.
Em sua casa, exemplifica Celestino Ruivo, os alimentos são cozinhados por este meio, sendo, frequentemente, conservados em recipientes isolantes da temperatura até à hora de serem consumidos.
O docente de engenharia mecânica “veio do Algarve, de propósito” para esta sessão, gratuita para os participantes, essencialmente “por amor à causa”, por “um amor talvez um pouco doentio à causa”, disse à agência Lusa.
Mas “nunca se sabe se amanhã, não terei de recorrer” a estas sessões e à construção de fornos solares para viver, admitiu.
Um forno de construção artesanal custa entre 15 e 20 euros em materiais, calcula o docente da Universidade do Algarve, sublinhando que se trata de uma estrutura simples (pode mesmo ser feita de cartão) revestida por um refletor (desde o chamado papel brilhante ao alumínio, por exemplo), mas ele comprou um no México por cerca de 150 euros.
Celestino Ruivo, que tem feito este tipo de sessões noutros países, como em Espanha, Brasil e Índia, estará no domingo, dia 11, a partir das 11:00, na Feira do Porco e do Enchido, em Meruge, no concelho de Oliveira do Hospital, a “conversar sobre o tema” e, se o tempo ajudar, a “degustar castanhas ‘solarmente’ assadas”.
JEF // HB
Fonte: msn

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