Poderão estes combustíveis ajudar a salvar o planeta?
Os biocombustíveis são tidos como carburantes limpos e facilmente
disponíveis, uma vez que derivam da biomassa e dos biorresíduos. Podem ser
produzidos através de colheitas, árvores, detritos animais e até algas, o que
os torna mais renováveis que os combustíveis fósseis. Como podem derivar de
resíduos, promovem melhores atitudes em relação á reciclagem; e ao contribuírem
para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, são considerados
“amigos do ambiente”. Em certas regiões do mundo, são utilizados produtos
agrícolas específicos para criar os bio ou agrocombustiveis: os EUA apostam na
produção a partir de switchgrass
(gramínea nativa da América do Norte), soja e milho, enquanto a Europa
contribui com beterraba e trigo, o Brasil utiliza a cana-de-açúcar, a China
recorre á mandioca e ao sorgo, o Sudoeste Asiático prefere óleo de palma e o
miscanto, e a índia opta pela purgueira. Utilizados em veículos, aquecimento
doméstico e pequenos electrodomésticos, existem, contudo, reservas em relação
aos biocombustíveis, que acarretam riscos para o ambiente e a biodiversidade. O
óleo de palma, por exemplo, é cultivado á custa da “limpeza” de habitats
biologicamente ricos, como as florestas tropicais. Por outro lado, questiona-se
a exploração agrícola para a produção de energia em vez de alimentos-
cientistas da Universidade Estadual do Michigan (EUA) concluíram este ano que o
cultivo alimentar é energeticamente mais eficiente. Estas reservas têm dado
lugar, contudo, a uma exploração mais científica dos biocombustíveis. As algas,
por exemplo, podem ser produzidas com terra e água impróprias para outras
utilizações, de forma a preservar os terrenos férteis. São ainda biodegradáveis
e relativamente inócuas, já que consomem dióxido de carbono, ajudando a mitigar
os efeitos dos gases com efeito de estufa.
Fonte: quero
saber Outubro 2010
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