sábado, 14 de janeiro de 2012

Descontaminação dos solos na Quimiparque e Siderurgia já retirou 52 mil toneladas de resíduos


Actualizar: 08-01-2012
Barreiro, 8 jan (Lusa) - O processo de descontaminação dos solos na Quimiparque, no Barreiro, e da Siderurgia, no Seixal, já permitiu a retirada de 52...
Descontaminação dos solos na Quimiparque e Siderurgia já retirou 52 mil toneladas de resíduos
Barreiro, 8 jan (Lusa) - O processo de descontaminação dos solos na Quimiparque, no Barreiro, e da Siderurgia, no Seixal, já permitiu a retirada de 52 mil toneladas de resíduos, indicou o administrador da Baia do Tejo, Luís Tavares.
"O primeiro passo foi uma definição sobre a descontaminação dos solos, de onde surgiu um plano de ação. No Barreiro avançou-se para a retirada de 52 mil toneladas de lamas de zinco e no Seixal para a recolha de resíduos no chamado vazadouro 1", explicou.
Luís Tavares referiu que foram abertos dois novos concursos, ambos para o Seixal, para prosseguir a retirada de resíduos e explicou que no futuro serão efetuados outros concursos para continuar a intervenção.
Segundo o administrador da empresa Baia do Tejo, que surgiu em 2009 num processo de fusão, em que a Quimiparque incorporou a SNESGES e a URBINDÚSTRIA, os dois processos estão a decorrer como o previsto.
"O processo de descontaminação dos solos já começou há quase 20 anos, mas ao longo dos últimos dois anos o processo desenvolveu-se e foi reforçado com a candidatura ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). Está a decorrer bem e conforme o previsto", disse em declarações à Lusa.
O ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território anunciou em abril de 2010 um investimento de mais de 18 milhões de euros no processo de descontaminação e reabilitação dos solos na Siderurgia Nacional, no Seixal, e na Quimiparque, no Barreiro.
As ações estão inseridas no âmbito de uma candidatura ao QREN, para a "Recuperação do Passivo Ambiental".
A operação na antiga Siderurgia Nacional tem um financiamento previsto superior a 12 milhões de euros, sendo a taxa de cofinanciamento de 70 por cento. Para o território da Quimiparque, o financiamento é superior a seis milhões de euros e taxa de cofinanciamento é também de 70 por cento
Em fevereiro de 2011 iniciou-se a retirada das lamas de zinco, num investimento de quatro milhões de euros, tendo também começado a descontaminação dos terrenos da ex-Siderurgia Nacional, com um custo de 2,8 milhões de euros.
O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto (PCP), disse à Lusa que a autarquia tem acompanhado o processo e que a próxima fase é o tratamento dos solos, consoante o seu grau de contaminação.
"Temos acompanhado o processo e podemos dizer que as lamas de zinco estão quase todas retiradas e vamos entrar numa fase seguinte que é a caracterização do que existe. A curto prazo teremos um plano para a periodização do tratamento do que ainda existe nos solos. Tem avançado e pensamos que ainda em 2012 se dê um passo significativo, que é a caracterização dos solos", explicou.
O autarca do Seixal, Alfredo Monteiro (PCP), disse à Lusa que a recuperação ambiental dos territórios é fundamental e está satisfeito com os progressos.
"O plano que foi estabelecido pela anterior ministra [Dulce Pássaro] está quase cumprido e no Seixal podemos dizer que a 1ª fase está quase concluída, o que deverá acontecer em 2012. Depois desta candidatura temos que avançar com a restante intervenção que é necessária e estamos a trabalhar nisso", defendeu.
Os dois territórios fazem parte, tal como a Margueira, em Almada, do projeto Arco Ribeirinho Sul, que prevê a requalificação das três antigas áreas industriais.
AYL/MCL.
Lusa/fim

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