Na prática, todos os tubarões são carnívoros, mas as diferentes espécies
adaptaram-se em função de quase todos os nichos marinhos. O tubarão-anjo
aguarda camuflado no fundo do mar e suga pequenos peixes repentinamente. O
tubarão-martelo usa os seus receptores eléctricos para apanhar solhas e
crustáceos escondidos sob a areia. O tubarão-de-Port-Jackson [foto] possui
dentes semelhantes a molares para esmagar e abrir moluscos. Alguns tubarões
alimentam-se sobretudo de plâncton e pequenos peixes. Para coar os vastos
volumes de água necessários para obter alimento suficiente, podem engolir
grandes goles e sugar a água, como faz o tubarão baleia, ou nadar através de
grandes quantidades de plâncton com as bocas abertas, como faz o
tubarão-elefante. A água é expelida pelas guelras laterais, mas a comida fica
presa em guelras fibrosas, sendo depois engolida. O tubarão-tigre é um caçador
indiscriminado e já foram encontrados espécimes como focas, aves, golfinhos,
tartarugas, pneus e placas de matrícula no seu estômago. A maioria das espécies
caça, porém, apenas um determinado tipo de presa. O cação, por exemplo, possui
dentes que apontam para fora da boca e usa-os para trespassar pequenas lulas,
antes de as engolir inteiras. O tubarão-raposo usa a sua longa cauda para
chicotear cardumes, juntando-os em grupos menores, até conseguir abocanhá-los
todos. O estereótipo do tubarão como um predador solitário do mar alto só se
verifica num reduzido número de espécies, incluindo o tubarão-touro, o
tubarão-tigre e o tubarão-branco. Sendo estes também os mais passíveis de
atacar humanos, são os que atraem mais atenção. Estas espécies são altamente
territoriais e costumam rondar a superfície. Desta forma as presas ficam por
baixo dos tubarões, tendo dificuldade em detectar as suas barrigas brancas
contra o céu. O tubarão-touro tem rins adaptados que lhe permitem lidar com a
água doce, podendo assim nadar até grandes rios em busca de alimento.
Fonte: quero
saber Outubro 2010
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