“Foi no coração da metrópole mais populosa da União Europeia (Londres),
com quase tantos habitantes como a nação portuguesa, que observei pela primeira
vez, e sem necessidade de binóculos, corvos, gralhas, gansos selvagens, patos
bravos de diferentes espécies, esquilos e chapins, que vinham comer às mãos dos
transeuntes, e até veados e gamos que se passeavam livremente pelos relvados,
bosques e jardins. Também me falaram das raposas que existiam (e ainda existem)
aos milhares nos jardins londrinos, mas os seus hábitos nocturnos impediram-me
de as lobrigar, tendo acabado por conhecê-las anos mais tarde através de um
documentário da BBC.” … “A capital portuguesa não é excepção. Também ela acolhe
animais selvagens que coabitam connosco sem que, muitas vezes, nos apercebamos
da sua presença. É claro que não podemos encontrar os veados e gamos de Oxford,
as raposas e esquilos de Londres, os texugos de Copenhaga, os javalis de
Berlim, os lobos de Brasov (Roménia), os falcões peregrinos de Nova Iorque, os
urubus-pretos de São Paulo, os macacos hanuman do Rajastão (Índia) ou os Ursos
polares de Churchill (Canadá), mas Lisboa é igualmente uma urbe selvagem, bem
como todas as outras cidades e vilas portuguesas.” … “O guia das aves publicado
em 1997 pela autarquia alfacinha [.] Nas páginas desse livro de bolso, pode
descobrir-se que, à época, já tinham sido observadas 133 espécies dentro dos
limites da cidade (35 nidificantes, 65 migradoras e 33 de ocorrência
esporádica.”… “É o exemplo da avifauna portuguesa, que pode ser descoberta em
aves de Lisboa (lisboa.avesdeportugal.info).”
Fonte: Super interessante
Sem comentários:
Enviar um comentário