domingo, 6 de novembro de 2011

Spin-off da UMinho quer conquistar os PALOP e a Ásia

Simbiente quer criar rede mundial
2011-11-03
Sérgio Costa e Pablo Kroft
Simbiente, spin-off da Universidade do Minho na área de I&D em engenharia do ambiente e biotecnologia, quer criar uma rede mundial de spin-offs. O crescimento da empresa levou ao aparecimento de estruturas específicas nos Açores e no Chile, que deverão ser respectivamente a primeira spin-off da Universidade dos Açores e da Pontifícia Universidad Católica de Valparaíso (pioneira neste país). Perspectiva-se que o grupo se possa expandir para Moçambique, Angola, Cabo Verde, China, Japão ou Vietname, diz o director executivo Sérgio Costa.

“Temos que saber lidar com o facto de vivermos num mundo vasto e de crescente complexidade. Temos a visão estratégica de integrar cada micromercado potencial numa rede global de spin-offs académicas”,sublinha. A actividade inicial incidia nas tecnologias ambientais. Hoje juntam-se três novas áreas – sustentabilidade e planeamento estratégico; gestão e valorização de ecossistemas; formação e comunicação ambiental.
A internacionalização é “obrigatória” na Simbiente. Basta citar as colaborações com a Environmental Leverage Inc. (EUA), Bioprocess Control AB (Suécia), GHG Limited (Reino Unido), Universidade Técnica da Dinamarca e com entidades da Macaronésia (Cabo Verde, Canárias, Açores, Madeira).

Intramuros, o rol de clientes inclui a Águas de Portugal, Governo Regional dos Açores, Administração dos Portos do Douro e Leixões, Quaternaire, Administrações das Regiões Hidrográficas do Norte e do Centro, autarquias, entre outros. A empresa tem 11 funcionários e facturou quase 400 mil euros em 2010.

Pretende ter ainda patentes nas áreas de tratamento e valorização de águas residuais, valorização de subprodutos e resíduos orgânicos, gestão de sistemas lagunares e fluviais, avaliação de riscos ambientais ou sistemas de informação e de monitorização ambiental.

Soluções vantajosas

Sérgio Costa considera que, desde a Conferência de Estocolmo em 1972, muito caminho foi trilhado na consciencialização para os problemas ambientais:
 “Os conceitos estão enraizados, mas na prática há ainda muito a fazer, para os cidadãos e os agentes socioeconómicos estarem dispostos a implementar são precisas soluções não só ambientalmente eficazes, mas simultaneamente social e economicamente vantajosas”.

Sediada na SpinPark/AvePark, nas Caldas das Taipas, em Guimarães, a Simbiente foi fundada em 2004 a partir de projectos inovadores no Centro de Engenharia Biológica (CEB) da UMinho,
 “conjugando várias perspectivas, oportunidades e necessidades comuns”. A empresa foi lançada numa lógica de interface: mostrar ao mercado o que se fazia nos laboratórios e, por outro lado, trazer do mercado o feedback ao estilo“precisamos disto que não está disponível em lado algum”.

As pessoas gastavam tempo de vida e recursos do Estado a criar conhecimento para a sua progressão científica, mas não para o mercado e o 'mundo real'. Faltava inovação:
 "agarrar no conhecimento e transformá-lo em dinheiro para retornar o investimento em investigação”, vinca Sérgio Costa, ladeado pelo director de I&D da empresa, Pablo Kroff.

Fonte: Ciência hoje.pt
Brunaites diz boa sorte!

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