domingo, 18 de agosto de 2013

Olinguito é o novo carnívoro agora descoberto

Nº 32
agosto 2013
16-08-2013 19:00
© Mark Gurney
Cientistas do Smithsonian Institute descobrem nova espécie de carnívoro e a primeira em 35 anos no Continente americano. Recebeu o nome de olinguito e o nome científico de Bassaricyon neblina.









Tem apenas 900 gramas, uma aparência que parece resultar do cruzamento entre um gato doméstico e um urso, é ativo principalmente à noite, come sobretudo fruta, raramente desce das árvores e têm apenas uma cria de cada vez.

O olinguito é nativo das florestas da Colômbia e do Equador, mas esconde uma história curiosa, já que apesar de só agora ter sido descrito e identificado pela ciência, com a publicação da descoberta na edição de 15 de Agosto da revista científica ZooKeys, sabe-se que este pequeno animal já foi observado na natureza, esteve em jardins zoológicos e museus e que a sua identidade foi confundida durante 100 anos com a dos olingos.

Olinguito recebe nome científico </i>Bassaricyon neblina</i>
Olinguito recebe nome científico Bassaricyon neblina
© I. Poglayen-Neuwall
Kristofer Helgen, investigador que liderou a equipa de cientistas que publicou agora a descoberta diz, citado em comunicado doSmithsonian Institute que, «a descoberta do olinguito mostra-nos que o mundo ainda não está completamente explorado e que os seus segredos mais básicos não foram ainda revelados».

O investigador adianta que «se novos carnívoros podem ser descobertos, que outras surpresas nos esperam? Muitas das espécies no mundo ainda não são conhecidas da ciência. Documentá-las é o primeiro passo para compreender a completa riqueza e diversidade da vida na Terra».

Para a descoberta desta nova espécie foram precisos dez anos, sendo que o resultado foi surpreendente, já que os cientistas estavam envolvidos num estudo sobre olingos com o objetivo de saber quantas espécies de olingos eram conhecidas e como é que estas estavam distribuídas.

Para isso levaram a cabo uma vasta investigação que envolveu a deslocação a museus em todo o mundo, testes de ADN e revisão de informação histórica. Foi então que os cientistas descobriram um esqueleto e dentes de um animal que eram mais pequenos e apresentavam formas diferentes das dos olingos.

Olinguito nativo das florestas da Colômbia e do Equador
Olinguito nativo das florestas da Colômbia e do Equador
© Mark Gurney
«Exames a peles em museus revelaram que esta nova espécie era também no geral mais pequena e que possuía uma longa e densa capa», indica a instituição em comunicado e adianta que «registos no campo mostraram que a espécie ocorria numa única área das Montanhas de Andes entre 1500 metros e os 2700 metros acima do nível do mar – altitudes muito mais elevadas do que as conhecidas para o olingo.

Para Kristofer Helgen esta descoberta «é o primeiro passo» que «prova que a espécie existe e dar-lhe um nome é onde tudo começa».

O cientista diz ainda que «este é um belo animal, mas sabemos tão pouco sobre ele. Em quantos países vive? O que mais podemos aprender sobre o seu comportamento? O que precisamos de fazer para assegurar a sua conservação?».
Fonte: tvciência

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