domingo, 25 de agosto de 2013

A desflorestação da floresta do Bornéu e a distribuição dos orangotangos

Em cima, a evolução da desflorestação do Bornéu desde 1950, com projeção para 2020.
Em baixo, a distribuição do orangotango desde 1930 até os nossos dias

Uma casa a mirrar
A maior fatia de desflorestação que se tem verificado no Bornéu, e que se prevê para a próxima década, coincide em larga medida com a área de distribuição do orangotango, não deixando margem para os animais se alimentarem convenientemente ou se deslocarem livremente nos seus territórios sem, além disso, serem alvo de caçadores, agricultores e madeireiros.
O aumento dramático do número de orfãos recolhidos nos santuários e centros de recuperação de vida selvagem locais tem conduzido à sua sobrelotação. Apesar da proclamação do presidente indonésio, em 2007, de concordância com os objetivos do Indonesia Orangutan Conservation Action Plan 2007- 2017 (nomeadamente, a libertação na Natureza de todos os orangotangos existentes nos centros de reabilitação, até 2015), o certo é que estes animais apenas devem ser libertados após anos de cuidados humanos e de adaptação vigiada à sua nova vida em meio selvagem, e nunca antes dos cinco anos de idade. Têm sido realizadas iniciativas de reintrodução de orangotangos em áreas protegidas, mas, apesar dos esforços das agências de conservação e do interesse político destas iniciativas, a realidade é que o destino dos animais é mais do que incerto, tendo em conta que os seus fatores de ameaça não estão a ser contrariados de forma minimamente encorajadora.

Super interessante nº169 – Maio de 2012

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