sábado, 10 de dezembro de 2011

Clima: UE consegue apoio de 90 países para plano de novo acordo


Actualizar: 08-12-2011
Durban, África do Sul, 08 dez (Lusa) - A União Europeia anunciou hoje ter conseguido apoio da Associação de Pequenas Ilhas Estado e dos Países Menos D...
Clima: UE consegue apoio de 90 países para plano de novo acordo
Durban, África do Sul, 08 dez (Lusa) - A União Europeia anunciou hoje ter conseguido apoio da Associação de Pequenas Ilhas Estado e dos Países Menos Desenvolvidos, totalizando 90 nações, para o seu plano para um acordo global de redução de emissão de gases com efeito de estufa.
"Temos um objetivo comum", afirmou o ministro do Ambiente polaco, Marcin Korolec, cujo país tem a presidência rotativa da UE, falando numa conferência de imprensa, em Durban.
"Necessitamos de um roteiro que nos leve a um acordo legalmente vinculativo no futuro", salientou o responsável que participa na conferência das Nações Unidas para as alterações climáticas, que decorre até sexta-feira, em Durban.
Marcin Korolec precisou que "a proposta da UE é a condição" para que o grupo dos países europeus possa assinar a renovação do protocolo de Quioto, em vigor até 2012.
O ministro do Ambiente da Dinamarca, Martin Lidegaard, que esteve junto do ministro polaco, reafirmou o "compromisso da Europa com um segundo período do Protocolo de Quioto", para conseguir em Durban "um mandato para um novo acordo legalmente vinculativo para todos os países, com responsabilidades comuns dependendo da sua capacidade".
Martin Lidegaard indicou ainda que a UE, a Associação de Pequenas Ilhas Estado (AOSIS) e os Países Menos Desenvolvidos pretendem tornar operacional o Fundo Verde para o clima para que se concretize o financiamento dos países mais pobres na adaptação às alterações climáticas.
Falando em nome dos Países Menos Desenvolvidos, o ministro do Ambiente da Gâmbia, Jato Sillah, disse partilhar o objetivo da UE e recordou que os países pobres são "mais vulneráveis", pelo que chegar a um acordo em Durban é uma "questão de sobrevivência".
A UE propõe, como condição para assinar a renovação do protocolo de Quioto, um roteiro que exige um mandato para começar a negociar um acordo global e vinculativo que inclua os países que emitem mais gases com efeito de estufa.
Segundo o plano europeu, o novo tratado deveria assinar-se em 2015 e entrar em vigor em 2020.
A China, o país com mais emissões, transmitiu em Durban a sua disponibilidade para assinar um futuro acordo legal de redução, mas não antes de 2020 e sob determinadas condições.
Os EUA já advertiram que não assinam um novo acordo global de redução de emissões sem "paridade legal" relativa a países emergentes como a China.
EA.
Lusa/Fim

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