Os anéis das árvores
O conceito da determinação da idade de uma árvore através da contagem dos
seus anéis está apenas parcialmente correto – a maioria das árvores em regiões
temperadas produz um único anel visível por ano. A madeira é composta de
células mortas de xilema (seiva bruta rica em água e sais minerais) – longas,
tubulares e verticais, transportam nutrientes das raízes ao resto da planta. No
início da época de crescimento anual da árvore, as células de xilema possuem
paredes mais finas, produzindo a seção mais clara dos anéis, chamada alburno.
No final da época de crescimento, as células já se tornaram mais espessas densas, formano a caraterística faixa escura
(ou cerne) que separ os anéis árvore. De
acordo com os dendrocronologistas, que estudam e datam os anéis das árvores, o
problema da contagem dos anéis é que os falsos anéis e os anéis em falta são
comuns. Mais: a contagem dos aneis inviduais só nos dá a idade da árvore no
momento do corte ou da morte. Como determinar a idade da árvore no contexto do
tempo geológico?
A solução é a datação cruzada, que começa com uma árvore jovem de idade
conhecida. Talvez se conheça a data precisa da plantação ou os seus anéis
contenham evidências de uma seca ou vulcão bem documentados. Os cientistas
extraem uma amostra transversal da árvore e medem a largura de cada anel. A
sequência de medições pode depois ser comparada, a olho ou com a ajuda de
software, com amostras de árvores ligeiramente mais velhas, da mesma zona
geográfica. Recuando no tempo, é possível criar uma cronologia da região – um
registo das espessuras dos anéis desde o presente até séculos ou milénios
atrás.
Fonte: quero
saber Novembro 2010
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