Apesar do tamanho reduzido e do aspeto tímido, as suas
defesas podem revelar-se extremamente mortíferas.
Os fatos:
Peixe-balão
Tipo: peixe
Dieta – omnívoro: invertebrados, algas, moluscos e crustáceos
Esperança de vida: 4 – 8 anos
Poder: reator de água pressurizada
Peso: 150 gramas
Tamanho: 2.5 – 90 cm
Os peixes-balão são um grupo de mais de cem espécies, assim chamados
devido ao seu método de defesa único.
Quando encurralado, o peixe balão engole água, que bombeia para o
estômago, expandindo-se e atingindo uma dimensão até três vezes superior ao
tamanho normal. Dessa forma, não só dissuade potenciais predadores como ganha
segundos cruciais para escapar, se for necessário.
Para conseguir fazê-lo de forma rápida e eficiente, assim que engole a
água, as suas brânquias e uma poderosa válvula no interior da boca fecham-se. Mal
a cavidade bucal é comprimida, a água é empurrada para o estômago. Apesar do
resultante aspeto cómico, os tecidos e orgãos de muitos peixes-balão não são
brincadeira, estando minados de tetrodotoxina – um potente veneno que, mesmo em
doses ínfimas, é capaz de matar um homem adulto. Isto torna o peixe-balão dez
vezes mais mortífero que a viúva-negra. O veneno é produzido como parte de uma
relação simbiótica com bactérias comuns, numa troca de nutrientes por uma
defesa implacável.
Algumas espécies como o peixe-balão-espinhoso, são mais estranhas que
outras, cobertas de espinhos que oferecem proteção extra e que servem de aviso
a potenciais atacantes.
Cada espinho está preso á pele por uma engenhosa base em forma de tripé.
Quando a pele estica, uma das pernas é puxada para a frente e duas para trás,
“abrindo” os espinhos – o suficiente para que os predadores percebam o aviso.
Tetrodotoxina
Depois da rã-dourada, o peixe-balão é considerado o vertebrado mais
mortífero da Terra. O seu veneno, a tetrodotoxina (TTX), não é produzido por
si, mas sim por dinoflagelados e bactérias marinhas relativamente comuns.
Em animais suscetíveis, a TTX liga-se aos canais de sódio das células
nervosas, cortando o fluxo de sódio e interrompendo a função nervosa; isto
provoca a paralização do diafragma, asfixia e a morte da vítima. Não se conhece
qualquer cura.
Os humanos costumam ser expostos ao seu efeito mortal ao ingerirem fugu (uma iguaria japonesa) mal
preparado. Os sintomas incluem dormência na boca, tonturas, vómitos e
dificuldade em respirar. Sem tratamento imediato, falha respiratória e coma ou
morte ocorrem nas 24 horas seguintes.
Fonte: quero
saber Novembro 2010
Sem comentários:
Enviar um comentário