A chia, uma planta sul-americana, foi acrescentada à lista dos
"superalimentos" que, por si só, trazem inúmeros benefícios para a
saúde. As sementes da chia apresentam níveis elevados de vários antioxidantes além
de minerais, ómega 3 e fibras.
A espécie, também conhecida por "sálvia hispânica L", é
originária do México e pertence à família da menta. Em 100 gramas de sementes
de chia existem 20,7 proteínas (aproximadamente o mesmo que 100 gramas de
carne), 32, 8 gramas de gordura vegetal, 41,2 gramas de fibra, além de
quantidades consideráveis de cálcio, ferro e vitaminas B2, B2 e B3.
Nos últimos anos, de acordo com dados da empresa de marketing
"Mintel", produtos feitos à base de chia explodiram em número no
mercado: em 2006 surgiram sete novos alimentos preparados a partir da planta,
contra os 72 surgidos em 2011.
Planta quase desapareceu durante 500 anos
Planta quase desapareceu durante 500 anos
Christopher McDougall, autor do livro "Born to Run", que relata a
vida de uma tribo mexicana, assegura: "Se tivesse que escolher um alimento
numa ilha deserta, não haveria melhor do que a chia, pelo menos se está
interessado em construir músculo, baixar o colesterol e reduzir os riscos de
doenças cardíacas".
À BBC, um dos coautores do livro "Chia: Rediscovering a Forgotten Crop
of the Aztecs", Wayne Coates afirma: "Detesto chamar-lhe uma comida
milagre porque existem demasiados milagres que no final revelam não o ser, mas
esta é quase". E acrescenta: "Literalmente, poderíamos viver só com
isto porque tem sensivelmente tudo aquilo que é necessário".
O autor escreve que já as tribos astecas adoravam as sementes e usavam-nas
em cerimónias religiosas e com propósitos medicinais. Entretanto, a planta
quase desapareceu durante 500 anos, mantendo-se apenas em algumas
pequenas vilas mexicanas e guatemaltecas.
Chia não é "comprimido mágico"
Chia não é "comprimido mágico"
O conteúdo nutricional da chia, assim como o seu impacto para a saúde,
foram analisados pelo investigador da Universidade Appalachian State, nos EUA,
David Nieman. À BBC, o cientista refere que uma alimentação que inclui chia é
nutricionalmente rica, mas que a planta não é um "comprimido mágico".
Também Elisabeth Weinchselbaum, da Fundação de Nutrição Britânica, sublinhou que "não há uma única comida que possa oferecer tudo o que é necessário", pelo que "a melhor maneira de ser saudável é comer com variedade".
Também Elisabeth Weinchselbaum, da Fundação de Nutrição Britânica, sublinhou que "não há uma única comida que possa oferecer tudo o que é necessário", pelo que "a melhor maneira de ser saudável é comer com variedade".
Fonte: Boas Noticias
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